Manifesto pelas cores

Como semana passada estreamos nosso canal de Podcasts falando sobre cores e como coordená-las de um jeito fácil – além de dar a orientação pra todo mundo perceber sua cartela de cores – nada mais oportuno que chegar aqui com um look beeeeeeeeeemmmm coloridão! hahaha!
O look de hoje não tem nada a ver com essa estação, mas fizemos a produção pensando mais em uma sugestão atemporal (e, sim, sempre que eu puder eu vou ignorar que é verão, hahaha). Aliás a coordenação dos tons ficou elétrica, acesa e eu adorei isso! Coloquem os óculos escuros para evitarem ofuscar a vista de vocês, hehe!
O look traz uma coordenação de cores análogas, que são cores vizinhas do círculo cromático, logo, têm pigmentos próximos e funcionam quando combinadas. Por cima colocamos meu novo queridinho do armário, um Jil Sanders garimpado em brechó (já falei que amo brechós hoje?), todo de cashmere (raridade!) e num tom castanha, que é um neutro colorido (expliquei sobre neutros nesse post), que é basicamente uma cor híbrida, que vai com todas as outras.
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O casaco não é de uma cor da minha cartela de cores (amarelado demais pro meu tom mais rosado, que é um tom frio), mas coloquei por baixo uma blusa de uma cor que me favorece e tá tudo certo, ela acabou compensando.
Basicamente não compro mais nada que saia da minha cartela de cores, que é um inverno puro, porque é mais fácil de coordenar cores que são harmônicas, mas não existem regras que não possam ser quebradas e compensadas, né não?

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minha cartela de cores: tons frios e cores puras

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Casaco Jil Sanders no O Grito Bazar
Calça Andrea Marques de bazar da marca
Blusa do Brechó Toco Sol (SP)
Scarpin antigo e batido da Santa Lolla
Brincos Montageart
fotos: Denise Ricardo
produção: Manuella Antunes e Phillipe Rudnick

O legal de colocar uma terceira peça – no caso, o casaco –, é que ele reduz também a área total do look, acalmando um pouco esse coloridão e deixando ele menos (um pouco menos, vai) histérico e reluzente, hahaha!
Acho um desafio propor coordenações de cores pois sei que ficamos inibidos com o impacto disso no dia a dia, principalmente quando avistamos a maioria das pessoas de cinza, preto e branco. Mas acho também uma lástima brincarmos pouco com o que nosso armário pode oferecer por conta de olhares de pessoas que na verdade não estão nem aí pra gente, só querem que fiquemos dentro da caixinha junto delas, amedrontados sei lá com o que.
Com isso ficamos sem nossa identidade, nos limitamos por receio e perdemos a oportunidade de nos divertirmos, de experimentarmos e trazermos essa dose criativa e artística tão necessárias para nossas vidas. Por mais cor e menos medo de ser quem se é!

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