As últimas postagens a respeito das coleções da C&A agradaram e também desagradaram. Algumas pessoas pontuando justamente sobre eu estar mais reclamona sobre essas collections, se eu não curto mais, tudo bem, que é melhor eu deixar de cobrir, que é pra “deixar em paz” as fast fashions, que elas estão promovendo um giro grande de produtos e isso agrada e por aí vai. Ressalto que os comentários foram feitos numa forma de diálogo e conselho, obrigada por argumentarem!

Primeiro, quero falar sobre a coleção da Blue Man para a rede: parabéns. Finalmente o que eu reclamo tanto (eu e as leitoras) há algumas coleções, se concretizou ontem: coleção interessante e bonita, com estampas autorais, modelos diferentes do que costumamos ver na loja, lycra com aparência de qualidade, preços bem razoáveis (mais justos!), itens pertinentes, em sua maioria a cara da grife de moda praia.

(detalhe do biquini dupla face, ótima sacada e bem impresso por 79,90 cada peça)

É disso que eu estou falando, entendem? Se é pra se propor a apresentar uma coleção com ~etiqueta grifada~, que seja com qualidade, coerência, que dê vontade de comprar, que gere identificação e que as pessoas possam pagar por ela o que se espera de uma coleção especial numa fast fashion.

Quando reclamo e continuo indo cobrir é porque é do meu interesse reverberar esse pensamento crítico, que vai além do simples fotografar as peças no cabide e que todos sejam felizes se endividando porque eu to fazendo minha parte que é mostrar pra vocês e pronto, que lindo. Acredito que o meu papel como disseminadora de informações pode e deve ir além.

Ontem eu me assustei: vi muitas e muitas roupas amontoadas, inclusive no chão, no provador da loja. Uma quantidade embolada assim é sempre mais chocante que penduradinhas bonitas nas araras. Uma montanha quase chegando ao teto. Atendentes cansadas, clientes histéricas dando piti pelo seu pedaço de pano. Fiquei pensando se é esse o modelo de consumo que desejamos ainda para daqui a alguns anos. Mas é só um pensamento mesmo, sem criticar quem consome, mas do fundo do coração desejando uma nova percepção pra gente sobre o assunto.

Voltemos a Blue Man: não pude experimentar tudo pois minha coluna ainda está bem dolorida, então peguei algumas coisas que curti e o resto observei do cabide. Lamento mesmo não ter ido na segunda ver com mais exclusividade, mas infelizmente o tempo estava curto. Quem comprou já comprou, mas na loja ainda tinha bastante coisa e no site também, para quem muito carinhosamente aguardava as minhas considerações.

A jaqueta estava uma coisa LINDA! Não devia em nada àquelas da Farm para Adidas, estampa baphônica, telada por dentro e preço bem ok: 129,90! Os maiôs estavam divertidos, estampas berrantes e coloridonas com irreverência como é bem a cara da grife. Vestiam bem e tinham recortes diferentes: repare nesse maiô colorido e as costas dele! Custavam 129,90

Achei a modelagem sem grande diferença entre os tamanhos: desse maiô experimentei do PP ao M e todos serviram bem. Claro que o PP ficou mais justo, mas nada que não desse pra disfarçar. Algumas peças tinham grade do PP ao GG.

A outra foto de costas é desse vestido de baixo: malha bem grossinha de viscose, justinho (vesti o M) e uma graça! Custava 129,90. A saída de praia é outra bapho, uma coisa meio Dudu Bertholini no cruzeiro, eu sou rhyka até me molhando na mangueira do quintal de casa, hahaha! Essa era das peças mais caras, 159,90.

O único porém dessa saída de praia é ser de poliéster – isso esquenta pra burro! Algumas eram do mesmo sentido, vale a pena ficar de olho na etiqueta de composição.

A jardineira era outra graça, mas muito curtinha, se não me engano também por 129,90

Os acessórios pareciam bem feitinhos também e interessantes, adorei essas espadrilhes, que custavam 139,90.

A coleção tinha muuuuuita coisa além dessas que mostrei, um maiô que era uma blusa de tule acoplada, outros modelos engana-mamãe muito bacanas, bolsas bonitas…taí. Fechou o ano com chave de ouro!

E vocês, o que acharam dessa última coleção de 2016?