Uma conversa sincera sobre carreira + looks nos brechós!

Começar numa carreira nova não é fácil, subverter a lógica que colocam na nossa mente desde novos ao entrarmos pra faculdade, escolhermos uma carreira, seguirmos ela e permanecermos assim, seguros, mesmo que sentindo um incômodo. Eu sou designer, amo a profissão e sempre tive todas as questões do mundo ao trabalhar em agências. Saí delas, hoje escolho pra quem eu desenvolvo projetos e me sinto muito confiante e dona de si como consultora de estilo.

Em 2012 vocês me viram anunciar uma nova empreitada, e esse ano consegui colher muitos louros da construção de um nome e da minha reputação. Foi e é difícil – não vou esconder que preciso trabalhar e me dedicar o dobro de quando eu trabalhava como designer, não sobrando tempo nem pra procrastinar. Afinal, não estamos falando sobre arriscar em algo duvidoso: eu tenho MUITA convicção da profissão que escolhi. Eu nunca tive dúvidas – incertezas, muitas; medos, até hoje – mas sempre segura do meu talento e feeling na área.

Não é sobre apenas sair falando que está muito atarefada, trabalhar exige não só construir a carreira como pagar as contas. Não se trata somente de se colocar como alguém que venceu em algo e exibir isso pro mundo, as contas chegam e é preciso pagá-las, o que é mais estressante ainda e isso independe de ter seu nome pintado de dourado.

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Essa introdução toda para falar o quanto estou feliz nessa ralação, apesar de cansada e demorando pra responder mensagens. É um processo que exige arregaçar muito as mangas, colocar tijolo por tijolo sob o sol escaldante, ficar com a visão um pouco turva às vezes, mas depois apertar bem os olhos para avistar melhor um norte. E esse norte é reluzente e é pra lá que eu sigo, passos cada vez mais firmes, acreditando em mim, distribuindo o que de melhor meu trabalho oferece: dar a minha mão e guiar com carinho quem precisa. Seja com consultoria, seja pra onde eu sentir vontade de mudar.

No sábado e domingo estive em São Paulo para atender clientes de análise de cores, essas mulheres espertas que não querem se aprisionar a uma cartela, mas pretendem usá-la como direcionamento para terem a sua melhor versão, fazerem compras mais conscientes, perceberem como podem se libertar do receio do olhar do outro e brilharem todos os dias, porque a vida não tem rascunho.

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Algumas das 10 mulheres que atendi nesse finde 🙂

E porque eu estou mostrando as fotos e falando sobre carreira? Não se trata apenas de fazer propaganda do meu trabalho, mas muito porque eu quis compartilhar essa alegria que estou vivendo, a oportunidade de tomar as rédeas do que realmente me torna completa, realizada. E isso tem muito a ver com as ideias que dissemino aqui e com o tanto que ainda quero aprender pra passar e inspirar vocês.

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Eu dou uma aula sobre coordenação de cores e ensino todas a usarem suas cartelas!

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Antes do batidão de trabalho, eu tentei continuar o roteiro de brechós de São Paulo, mas o trânsito me fez fracassar miseravelmente. De qualquer maneira, guardei alguns registros para quando voltar em outubro (pro nosso workshop, já se inscreveu?) e completar mais uma etapa do roteiro!

Só consegui visitar o À la Garçonne, antiquário/brechó do Fábio Souza, marido do estilista Alexandre Herchcovitch. O espaço é incrível (em breve postarei sobre), mas eles não possuem mais um acervo vintage; agora o espaço, além de antiquário, é dedicado somente às peças desfiladas na última SPFW, desenvolvidas pelo Alexandre após deixar a marca que levava seu nome.

Todas as roupas foram feitas a partir de roupas vintage, como essa pantacourt de silhueta bem desconstruída, que antes era um smoking dos anos 20. A proposta se baseia no reuso dessas peças e toda a coleção foi desenvolvida desconstruíndo e criando até novas peças a partir do acervo do brechó. Uma pena que eu não tenha cacife para os mais de R$1.000 de cada uma delas, em média…hahaha!

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A camiseta básica era a peça mais em conta, da coleção da ALG com a Hering: 119 reais.

E aqui embaixo outro registro de look, em mais um brechó a ser incluído no roteiro, o Cabideria Brechó, que me recebeu para as análises de cores! O espaço seleciona as peças de acordo com as estações do ano: agora as peças que remetem a coleção primavera estão nas araras e as mais quentinhas da coleção de inverno foram para a liquidação e, posteriormente, doação. Esse processo de renovação desconstrói o estereótipo de brechós serem apenas depósito de roupas velhas.

Cada peça custava no máximo 79 reais (a bota saía a 49 reais) e a blusa de tricô já voltou comigo pro Rio. 🙂 Em breve falarei dele no roteiro!

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Look pechincha no Cabideria!

Ah! Quem quiase saber mais sobre a análise de cores para descobrir as cores que mais te fazem lindona (ou lindão!), me escreve: [email protected] 😉

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