Taí uma camisa que estava fadada ao desapego, esquecida numa bolsa que poderia ser o equivalente ao limbo das roupas da dúvida, hehe. Ganhei há um ano após uma ação que fiz mas na época não agradei desse tom vermelho ultra vibrante na seda brilhosa e por isso não reservei a ela a chance de ver a luz do dia.
Após esse tempo todo soterrada, a redescobri separando as peças que eu não queria mais e vi mais uma injustiça que eu estava cometendo, sou mesmo uma pessoa cruel às vezes. Material dos bons (seda! Tecido natural!), cor ótima, não precisava estar ali – acredito que foi mais por desorganização na época do que por outro motivo.
Ok, vamos considerar que provavelmente achei o modelo caretinha, mas nada como a experiência e um outro olhar. A primeira coisa que fiz para reverter esse lugar comum foi levantar a gola, depois abri mais os botões deixando o colo à mostra e modernizei com a pantalona curta amada da coleção da Andrea Marques para C&A. Aliás, das poucas coleções que animei em comprar mais de um item! O último arremate para finalizar com chave de ouro a produção inusitada foi ter dado o nózinho ao invés de colocar a camisa pra dentro. Um detalhe despretensioso que deixou tudo com um jeito de final de semana delicinha.
Camisa Cantão que ganhei da marca
Calça Andrea Marques para C&A – 129,90 (to certa?)
Sandália Via Mia – 64,00
Bolsa Ateen para C&A que ganhei da marca
Relógio Casio e anel Sobralfotos: Paulo
Não estou acreditando no que fiz com essa camisa e de me privar da maravilha que foi sentir esse toque suave da seda na minha pele. Podem me julgar, podem apontar o dedo: existe uma fagulha de injustiça morando em nós. E que bom que, em contrapartida, existe também a chance do arrependimento, da experiência imagética e da vontade de experimentar ser maior que a de errar. Que bom que voltei atrás, que bom.