Look de casamento diferente

Fui a um casamento, semanas atrás de uma amiga que teve um tema fora do padrão das festividades matrimoniais: rock’n roll! A cerimônia começou às 23h e o dresscode dos convidados era esporte fino rocker. Muito preto, tachas, caveiras, sapatos pesados e tudo mais que remetesse ao trevoso. QUE MARAVILHA, GENTE!
Aproveitei para, finalmente, usar um look que não fosse padrão desse tipo de evento, abusando de um lado mais sexy. Eu já tinha todas as peças em mente, mas queria muito uma blusa com transparência – por sorte, a poucos dias da festa, encontrei essa blusa comprida, do jeito que eu queria, e numa super promoção! 🙂
Como estaria entre amigos, optei por ir sem sutiã. Ousadia, eu sei, mas eu quis sentir essa liberdade e fiquei super à vontade na festa, que já começou dentro de uma pista de dança. O resto das peças eu já tinha e foi um ótimo exercício para pensarmos que não precisamos seguir como reza a cartilha, se ela não diz muito sobre a gente.
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Apesar de estar toda de preto, misturei várias texturas, como verniz, o brilho da legging, a tela da blusa. O brincão serviu pra iluminar o look e eu tirei o blazer mais no finzinho mesmo, pra dançar. 🙂
Como já abandonei o salto em festas há muito tempo, esse oxford veio bem a calhar! Confortável e que ainda detém uma altura, vai, hehe!
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Blusa de marca gringa na Dona Coisa
Blazer de bazar da Andrea Marques
Legging mega antiga do Reinaldo Lourenço para C&A
Oxford Moleca
Clutch Adô Atelier
Brinco Erika Z
Fotos: Denise Ricardo

Eu amei tanto esse look que já quero repeti-lo em outro momento. Me achei linda, livre e feliz de estar comemorando a felicidade dos meus amigos. 🙂
Alguém aí já foi num casamento com tema fora da curva? 🙂

Minha experiência usando calcinha absorvente

Nesse sábado fui a uma feira de novos designers em Porto Alegre/RS, após o workshop que dei na cidade, e um dos expositores era a marca de minas que desenvolveram calcinhas absorventes, próprias para o nosso período menstrual.
Eu estava menstruada, início mesmo, e não me adaptei muito bem ao coletor – diga-se de passagem, às vezes fico com preguiça de usá-lo no final do período – por isso aproveitei para comprar algumas para testar. Como trabalho boa parte do tempo de casa, achei que seria uma boa para não precisar ficar nessa função e me livrar de vez dos absorventes convencionais, que também me dão alergia e não são também seguros (sempre vazam comigo).

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Uma das que comprei e já usei 🙂

A Herself foi desenvolvida por estudantes de Porto Alegre, com tecnologia 100% brasileira. As peças são laváveis e reutilizáveis por até dois anos, respiráveis, antimicrobianas e antifúngicas. Achei os modelos muito similares a uma calcinha comum, só que com forro mais reforçado, bem costuradas e bem acabadas, com um material muito bom.
Comprei três para testar: duas do modelo Frida, só que uma com camada de absorção mais leve e outra com camada dupla, para dias de fluxo mais intensos, e uma do modelo Zuzu, que fica bem calçola, quase um short, com camada de absorção bem grossa, para dormir nos primeiros dias da menstruação. Elas também têm um modelo tipo tanga, a Ceci, mas prefiro calcinhas mais altas. As camadas são compridas também, de uma ponta a outra da frente da vagina até o bumbum.
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Eu visto 38 e a recomendação foi levar um tamanho maior do que uso, o 40, para ficar mais confortável, já que fico bem inchada quando menstruo. Testei as três de sábado até hoje e eu fiquei MUITO satisfeita com elas! Achei interessante compartilhar com vocês, porque a experiência foi incrivelmente positiva.
Dormi com a Zuzu e acordei com a sensação de estar sequinha, sabem? Sem nada escorrendo, sem me sentir encharcada, sem odores. A calcinha não ficou ensopada de sangue, o que significa que o forro segurou bem o fluxo nas minhas 8h de sono. Como não tem costuras aparentes, também não comprimiu e não apertou.
Pro dia a dia testei os dois tipos da Frida: peguei voo, me locomovi, passeei, e tudo certo. Zero acidentes e uma sensação boa, fresca, sem nada apertando e sem aquele incômodo de um absorvente que sai do lugar e que deixa aquela sensação de precisar trocar toda hora, insegurança mesmo.
Ganhei uma necessaire revestida de lona, também reaproveitada da indústria, que serve para guardar a calcinha se eu estiver na rua, trocando por outra. Fiquei 12h com essas, e zero vazamentos, nenhum incômodo nem mau odor. Também não marcaram nas roupas que usei.
Elas só tem na cor preta (o forro também é preto) e vi no site que vestem até o manequim 48. A grade poderia ser maior e torço para que consigam ampliá-la logo. Custaram entre 75 e 85 reais o modelo maior – não achei caras, principalmente por conta do custo x benefício.
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Para higienizar eu deixei a calcinha durante uns 15 minutos em água morna e, depois dá pra lavar normalmente, inclusive na máquina. A de reforço mais leve secou rápido, então é bom comprar mais de uma para ir alternando mesmo.

Vou deixar algumas imagens que mostram o esquema do produto, além do vídeo institucional para vocês conhecerem mais sobre as calcinhas. Para mais informações sobre, dá pra acessar o e-commerce da marca, que vende online pra todo Brasil. 

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Quando duvidamos da nossa capacidade criativa

Em janeiro tiramos fotos para alguns projetos, e esse look fazia parte delas. Pela minha cara deu pra ver que eu não estava muito confortável; apesar do look ter sido montado pela minha equipe e aprovador por mim, eu não estava muito no clima nesse dia para usar tantas cores e, por isso, não via potencial de usá-lo novamente.
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Blusa do brechó Toco Sol, em SP, de seda, por 35 reais
casaco Jill Sander no O Grito, por 350 reais
Calça Andrea Marques no bazar da marca, acho que custou 190 reais
foto: Denise Ricardo
produção: Phillippe Rudnik e Manuella Antunes

Pois esfriou – finalmente! – aqui no Rio e comecei a desenterrar meus casacos, querendo aproveitar e usar um por dia. Estou indo agora pra Porto Alegre, pra mais um workshop, e soube que lá já foi o contrário, as temperaturas subiram e poderei usar uma roupa que não seja de esquimó.
Anteontem subi essa produção no instagram (tinha esquecido de postá-la por lá) e, para minha surpresa, fez muito sucesso, com elogios e menções pela coordenação de cores harmoniosa. Não que eu não estivesse achando o look bonito, mas sabe quando associamos algo a um momento em que não estávamos tão bem no dia? Se eu não tivesse revisitado as ideias anteriores, devidamente registradas, olhado com um olhar menos crítico e mais generoso quando falamos em exercício de estilo e ideias, eu não teria noção do quanto as pessoas curtiram.
Não que eu precise do aval do outro para usar o que gosto, mas vamos combinar: é bom quando não estamos muito confiantes e alguém vem dizer, espontaneamente, que você tá linda, interessante e qualquer outro adjetivo que nos faça descortinar essa cisma que tínhamos sobre a gente ou o que usamos. O olhar do outro pode ajudar a dissipar aquela dúvida, trazer outras novas ideias, pegar na nossa mão mesmo que involuntariamente.
Então proponho que, mesmo quando não estamos lá nos sentindo muito confiantes da nossa capacidade criativa, vale o registro, vale resgatar aquelas ideias e pensar em uma nova roupagem ou uma chance, mesmo. O tempo passa, mudamos nosso humor, melhoramos em relação a alguns momentos que não estávamos tão dispostos e, assim, aprendemos que algumas oportunidades já estão prontinhas ali, nos esperando. Só precisamos mesmo não desistir delas e aprendermos a sermos mais suaves conosco. 🙂

Onça como curinga

Teve uma época que usar estampa de oncinha tava super em alta: todo mundo desfilava a sua com uma calça vinho, de preferência, hahaha! Associada a uma peruíce, a pobre ficou estigmatizada como padronagem de estilo sexy e – infelizmente – quase sempre associado ao vulgar.
Já falei que odeio essa referência sobre vulgaridade quando se fala de estilo? Até porque esse termo só é usado para mulheres, reparem.
O que quero trazer aqui é esse exercício sobre sairmos um pouco dessa associação para enxergarmos que existem também formas e peças diferentes para cada estampa de acordo com o estilo da gente. Por exemplo, eu não usaria um casaco de onça, mas adoro nos acessórios. Assim como poás; não amo em blusas com estilo romântico, gola peter pan redondinha e laços, mas curto muito numa camisa mais estruturada.
Fato é que oncinha coordena com todas as cores e estampas que temos, porque basicamente é composta por cores neutras: marrons, preto, branco. Por isso ela é tão curinga e versátil. 🙂
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Blusa Andrea Marques comprada no enjoei

E aí todo mundo pode achar uma onça (roaaarrrrr) pra chamar de sua: gosto dessa da blusa acima, com as pintas maiores, bem gráficas, mais espaçadas, com o fundo branco ocupando maior parte, já que marrom não é lá uma cor que me favoreça muito, daí o fundo, num tom bacana pra mim, ameniza!
Mas minha forma preferida de usar a estampa felina é nos acessórios e sapatos: cintos, bolsas e sapatos.
Separei alguns looks antigos para exemplificar melhor sua versatilidade: nesse aí tem uma mistura entre estampas, lenço e scarpin, mas que não é tão marcante por conta da distância entre as peças, usadas também numa produção mais neutra.
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Esse aqui já mostra melhor como ela casa bem com outras cores/estampas, coordenada com a calça azulona. Imagina só se eu tivesse optado por um sapato tom de pele ou qualquer outra coisinha mais discreta, que pouca interessância esse look teria.
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De novo naquela blusa, só que seguindo mais meu estilo, com casaco estruturado, alfaiataria e sapato pesado. Desassociei completamente a estampa daquele ar sexy que muita gente enxerga nela. O barato reside também nas composições que criamos de acordo com o que curtimos usar.
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Mais uma amostragem do que a danada é capaz, de mostrar que seu protagonismo não interfere em nada numa produção mais arrumada ou com necessidade de adequação ao ambiente. Coordenada com listras – outro padrão bem curinga – corroborada pela saia estruturada e de comprimento midi, elegante. E olhem que essa blusa nem é de grandes qualidade, mas a saia e os acessórios ajudam a equilibrar a mensagem de estilo.
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Look meeeeeeega antigo, de 2012, que mostra também o equilíbrio das mensagens com um sapato de inspiração masculina, como o mocassim. Essa proposta torna a peça mais funcional e, ainda por cima, super prática.
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Para vestirmos/usarmos oncinha não precisa necessariamente associá-la a um vestido colado no corpo ou saltos altos, sabem? E tudo bem e tudo lindo para quem ama e se joga nessa proposta, mas o lance aqui também é desmistificar alguns estigmas que criamos quando falamos de certas peças e estampas.
Detalhes que ajudem a incorporar outras maneiras de transmitir essa proposta de criatividade, muito para olharmos alguns dos nossos looks com um novo olhar, sem medo de experimentar, sem essa de entender que o básico se resume a peças no tom da pele, marrom e preto lisas.

Clareei as ideias? Quem aí já animou de arriscar composições e se jogar na selvagem que habita seu armário? 🙂

Entendendo harmonia de cores com batons

Uma pista legal pra entender as cores que melhor têm harmonia conosco, é o teste do batom. Eu faço esse teste durante o workshop Conheça suas Cores e é sempre um momento muito esclarecedor!

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Fotos workshop: Bruna Pontual

Calma que não é sobre passar batom e sair beijando por aí, hahahaha, mas de observar mais sobre o que chamo de harmonia – quando acreditamos que apenas o contraste seja interessante, que é a diferença tonal do conjunto.
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Sabe aquela moda do batom Snob, um rosa muito frio, quase azulado, que parecia boca de palhaço em algumas pessoas? Elas certamente tinham um subtom de pele muito quente ou escuro para essa cor.

Observe suas caracteristicas

Sei que parece complicado, tanto que muita gente se assusta quando mostro a cartela, porque se via em outras cores, mas tente perceber se sua pele tem um fundo amarelado ou mais rosado – isso vale pra peles claras, médias e escuras.
A partir disso, se você tem um conjunto mais escuro, profundo, tipo Juliana Paes, ou mais delicado, claro, como Paloma Oliveira.

As cores do batom precisam ter harmonia com suas características

Isso interfere no seguinte: temos rosas quentes, como pêssego ou mais puxado pro coral – bom pra peles bronzeadas, amareladas – e rosas frios, mais azulados e bem pinks – bons pra peles rosadas, que não bronzeiam.
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À direita, as cores mais frias, em cima para quem tem características mais claras, abaixo para quem tem cabelos escuros, olheiras profundas, características profundas.
À esquerda, tons mais quentes, sendo que na parte de baixo são mais fechados, bom pra quem sente suas cores mais escuras.
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Outro bom exemplo é saber que todo mundo pode usar batom rosa, mas existe um rosa que vai ficar melhor em quem é mais para cores quentes e o que vai ficar melhor em quem têm harmonia para cores frias.

Harmonia

As cores tem sua versão quente (warm) e fria (cool) – as quentes parecem ter mais pigmento amarelo na composição, enquanto as frias parecem ser mais azuladas.
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Entender essa diferença ajuda na hora de escolher a cor do batom – ele tem que ter HARMONIA com suas cores, parecer que faz parte do conjunto, sem muito destaque – aquele destaque estranho, que digo, que parece que a cor está destoando, descolada do conjunto.
O exercício é assim: passo o batom atrás dos dedos, simulando uma boca e percebo se aquela cor parece estar integrada ou descolada da minha harmonia.
Nessa primeira foto eu passei um batom rosa:
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Na segunda, um laranja:
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Quem aí chuta qual ficou mais harmônico?

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Rosa X Laranja

Antes de dizer a resposta certa, explico por que é legal esse teste.
Para não comprar batom errado, gente! Simples, hahahaha! Aquele que a gente não consegue usar, acha estranho, que amarela os dentes.
A partir dessa análise da até pra ampliar esse olhar para as roupas e acessórios. 🙂
E acertou quem respondeu ROSA – sou pele fria, combino com esse tom. Laranja é cor quente por natureza, não tem como esfriar, por isso jamais consegui usar um batom laranja. 🙂
O laranja me deixou avermelhada, o que não é legal – bom é parecer conjunto da harmonia, tipo base que precisa uniformizar a pele, sabe? E não avermelhar ou acinzentar ou empalidecer.
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As cartelas de cores já vem com as sugestões de cores de batons, mas da pra observar também nas imagens acima: o primeiro valorizou muito mais que o segundo.
Quem animou aí de fazer o teste com aqueles batons que não consegue usar de jeito algum? 🙂

Vamos falar desse teste de cores ao vivo no Instagram?

Nessa terça, dia 19/06, às 20h, vou mostrar na prática como seria o teste e esclarecer várias dúvidas sobre!
Segue lá @hojevouassimoff e já pensa nas perguntas para a nossa live! 🙂

Manifesto contra a imposição

Recentemente eu participei de um bate papo em que a pessoa dizia que jeans era algo necessário no armário de todo mundo. Na mesma hora eu retruquei que não, não era. Eu mesma não curto os visuais básicos demais, então tenho usado pouco os meus jeans.
Aliás, que coisa castradora essa ideia do tem-que-ter-peça-clássica. Somos muito mais do que esse reducionismo do que seria a base do guarda roupa convencional. Não amo t-shirt e não compraria mais calça jeans hoje em dia, assim como tem quem prefira uma jaqueta a blazer ou um top como peça curinga a uma camisa branca.
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Lá no nosso grupo Moda pé no chão, foi a Joyce quem iniciou o assunto, e desabafou:

Ouço muito:
“Se joga”
“Ouse”
“Encontre seu estilo”
Mas…
Isso me cansa, às vezes, pois há quem prefira a discrição, o visual mais puro, simples. Para mim, nesse universo tenho poucas referências, poucas marcas.
A sensação é que se vc preferir ser discreta, básica é pq vc não se achou ou se é insegura. E se tem uma coisa que não me acho é insegura. Só não gosto de ser muito feminina, porque, de fato, não sou….

Joyce, no nosso grupo Moda Pé no Chão

“Encontre seu estilo” pode soar como algo motivacional, mas também cabe aí uma postura impositiva. Tem quem curta demais não se forçar ser algo que está na cartilha, como parecer “feminina” ou se montar toda vez que tiver que sair. E isso não tem a ver com insegurança, mas muito de não querer tomar pra si algo que, de verdade, não faz diferença.
Outro dia encontrei uma colega da época da faculdade, que se vestia muito de jeans e camiseta e nenhum acessório e, 20 anos depois, lá estava ela de jeans e camiseta e nenhum acessório. Na hora fiquei pensando se caberia vê-la de outra forma e, não, não a imaginei com outro look que não fosse aquele. Era ela, ali, inteirinha, em toda a sua interessância, só que sem precisar de muitos adornos para isso.
Entender sobre o que se gosta é também lutar contra convenções sociais e verdades absolutas em moda, que são macaqueadas à exaustão, sem um pensamento crítico, sem considerar-se o indivíduo. Todo mundo está sempre pronto para opinar, mas poucos estão dispostos a compreender escolhas baseadas no estilo de vida e nas convicções ou de contribuir para que haja uma lapidação, dentro dos desejos e necessidades de cada pessoa.
Estamos vivendo um momento muito importante em que excessos são questionados, padrões estão sendo quebrados e, mais do que nunca, queremos simplificar parte das nossas vidas. Por isso compartilho aqui algumas propostas para repensarmos o que convencionamos ser quando se fala em moda e estilo pessoal:

– Não acho que shoppings sejam espaços de passeios e inspirações para perceber seu estilo;
– Não acredito que devamos andar sempre maquiadas; hoje, enxergo muita beleza no meu rosto lavado;
– Não acho que todo mundo tem que seguir um modelo de peças básicas, mas de entender quais são os SEUS básicos (e isso vale para um top de paetês);
– Mulher não precisa passar uma mensagem de feminilidade;
– Mulheres não precisam parecer altas e magras para serem incríveis;
– Ninguém precisa lotar o armário de tendências para se sentir dona do seu estilo;
– Ninguém tem que ter nada que não se identifique só porque uma lista decretou necessário;
– Apesar de amar o potencial transformador dos acessórios, inguém precisa ter uma gaveta cheia se só curte usar uma ou outra peça;
– Ninguém precisa usar salto para se sentir elegante ou apropriada;
– Conforto, sentir-se bem em frente ao espelho e amor próprio definitivamente independem de looks ditos incríveis.

Monocromático branco total

Se tem uma coisa meio difícil de se vestir, é um look branco total. Pessoal cisma com o tal do “engordou você’, como se só tivéssemos que parecer esguias e magras, ou então a brincadeira de parecer médico. Mas a real é que eu acho podre de chic. Sinto que minha conta bancária aumenta uns 20 dígitos quando uso um monocromático em tons claros, kkkkkk!
O que eu tenho feito é recorrer a peças que tenham recortes diferentes, como essa saia, que mostrem mais pele e deixem o monocromático menos certinho. Bom, tem cores também na blusa, estampa, o que também dá essa quebrada esperta no visual.
Outra dica boa é misturar mais texturas, uma saia leve e esvoaçante ou uma pantalona estruturada com uma blusa mais fininha, de tecido brilhoso.
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As fotos também foram feitas em Olinda, quando estive pro workshop de Recife, um calor desgramento, hahaha, mas deu pra manter a pose frente ao colorido daquelas casas. 🙂
Por isso vocês podem estranhar o look meio verão em tempos de clima fresco de outono, mas lá no Nordeste é praticamente verão o ano inteiro!
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Saia Wymann
Sapato Ávida
óculos Gus Eyewear
Fotos: Bruna Pontual

Também estou num momento obcecada pela minha cartela de cores, então dá-lhe azul nesses meus looks, gente. Tô mergulhada nesse meu projeto de cores, então estou investindo pesado em produções que mostrem bem a possibilidade que um bom uso das nossas cartelas não traz. 🙂

Conheça suas Cores Porto Alegre e SP!

Ainda temos vagas para o Workshop Conheça suas Cores de São Paulo, dia 16 de junho, sábado, e Porto Alegre, dia 23 de junho, também no sábado!
ESGOTADAS
Já temos o link de inscrições para quem quiser garantir antecipadamente sua vaga – temos limite por turma, mas dependendo da demanda abriremos mais outras! 🙂
Aqui nesse link vocês acessam o conteúdo do workshop, como se inscrever, valores e locais!
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Ep 7 Podcast Moda Pé no Chão: Armário Cápsula!

E chegamos ao sétimo episódio do nosso podcast Moda pé no chão! Que desafio maravilhoso tem sido falar sobre moda através de um veículo que não é visual – dá-lhe didática pra levar essas ideias de um jeito bom de se ouvir! 🙂
O tema desse foi também muito pedido por vocês no nosso grupo Moda pé no chão do facebook: Armário Cápsula! Tema super em voga, que virou febre e ganhou adeptos que buscam um armário mais prático e, assim, um estilo de vida simplificado.
A ideia do AC é limitar seu armário a um número menor e coordenáveis de peças de roupa, para usá-las por 3 meses, sem comprar e usando a criatividade. Vamos investigar a origem do conceito, como aderir sem dramas a um esquema de guarda roupa mais reduzido, o que seria, afinal, o minimalismo, só valem peças básicas ou dá pra pirar nas cores; além de muito mais dicas para sair do comum quando se fala nessa proposta!

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Minha oficina sobre armário cápsula durante o Veste Rio

Já falei sobre meu armário cápsula nesse post!

O Moda pé no chão trará quinzenalmente temas práticos para quem quer ser feliz com o que tem sem gastar muito, com convidados para discutirmos assuntos pertinentes sobre consumo consciente para todos os tamanhos, bolsos e idades. Para quem quer vestir-se de si mesma sem complicação, com ideias simples, dicas certeiras, críticas e opiniões sempre muito sinceras.

Esse e todos os episódios anteriores estão disponíveis nos aplicativos de podcast pra IOS e Android, como Soundcloud, Castbox, Overcast, We Cast e muito mais.
Aqui já tem o link direto para ouvir todos os episódios e baixar no Itunes!
 

PARA OUVIR OS OUTROS EPISÓDIOS, BASTA OUVIR NO PLAYER QUE TEMOS AQUI NO BLOG, AÍ DO LADO! 🙂

Especial 10 anos: quem somos, hoje

Encerrando o especial de uma década do blog, não tinha como não falar no que ele se tornou. Durante muito tempo eu relutei em investir nele. Improvisava com amigos queridos e família como fotógrafos dos looks, durante anos o layout ficou desatualizado – mas, mesmo com poucos recursos, sempre primei pelo conteúdo e escrita sincera.
Só que chegamos em 2018, o ano que peguei as rédeas desse espaço e decidi que ele merecia crescer. Aliás, o que aconteceu foi que meu nome cresceu: Ana Soares superou o HVAOFF, e muito disso também se deve ao fato de estar trabalhando como nunca nos meus projetos pessoais, que se desmembrarão em muitos outros. E, para isso, foi mais que necessário chamar mais gente pra me ajudar nisso.
Com minha força e ação, mantenho hoje em dia uma equipe que presta serviços pra mim, ajudando a deixar o conteúdo redondinho, com belas imagens, looks interessantes e pautas pertinentes. Estamos com um podcast pioneiro no tema no ar, em breve chegaremos ao YouTube, assim como já teremos datas para mais cursos e cursos online, e os workshops estão bombando.
Trabalho hercúleo, mas que consigo executar graça a esse time lindo que formamos, essa galera que me ajuda a voar mais alto!
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O time Moda pé no chão, é: 
Denise Ricardo, fotógrafa; Manuella Antunes, assistente de workshops; Mari Rodrigues, colaboradora, assistência de projetos e admin do grupo Moda pé no chão; Philippe Rudnik, assistente de styling; Blogstorming, gerência de projetos e criação; Manoel Magalhães, editor dos podcasts; Gabi Barbosa, designer gráfico; Eliane Martins, financeiro e cursos.

Em breve teremos mais gente conosco e isso me dá uma alegria sem fim. Nunca, nunquinha, eu pensei que chegaria aqui, e que estou vislumbrando voos mais altos.
Vocês, que me acompanham, será há muito ou pouco, tempo: o nosso MUITO obrigada.
Vocês, que divulgam o blog e prestigiam o conteúdo.
Vocês, que falam do meu trabalho e workshops para as amigas e nas suas empresas.
Vocês, que acreditam no conteúdo dos meus cursos e se inscrevem.
A todo mundo que me apoiou nessa jornada, que já passou pegando na minha mão, amigos, prestadores de serviços.
Mais uma vez, meu muito obrigada. Minha gratidão eterna. Meu amor mais genuíno.