Podcast Moda Pé no Chão EP 12: Maternidade e estilo pessoal

Muitas e muitas mulheres enfrentam desafios após se tornarem mães, e um deles é o de não se reconhecerem mais em suas roupas. Com tantas mudanças acompanhadas de um turbilhão de emoções e hormônios, é bem comum abrirem seus armários e observarem que o conteúdo não reflete mais esse novo estilo de vida, que precisa ser mais prático, funcional e confortável. Mas como entender agora o que vestir? Como perceber esse ajuste no estilo, sem perder sua identidade, ainda mantendo o que gosta?
Convidei duas companheiras queridíssimas de internet nesse episódio: a jornalista Fernanda Alves, mãe da Ana Elis e do Caetano, e a psicóloga e empresária Pri Josefick, mãe do Valentim, (que gravou conosco de São Paulo!) para discutirmos esse assunto com propriedade! Que honra que foi conversar com elas. Que honra!

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Pri, Fernanda e eu, felizes e emocionadas!

A conversa se estendeu para empreendedorismo materno, como se reconhecer no seu estilo, mudança de carreira, feminismo e muito mais! Um dos papos mais lindos e emocionantes que já tivemos por aqui. 🙂


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Aqui em casa, vez ou outra, a gente tem o costume de brincar: “filha, sabia de uma coisa?” E completar com “você é linda”, ou “eu te amo”. _ Eis que dia desses, enquanto me ajudava na cozinha, Ana Elis fez o mesmo comigo. “Eu te amo, mamãe”. E eu, ao ouvir e me derreter com a declaração, fui além: “por quê, filha?”. “Porque você é divertida. Você brinca comigo”. E eu, que nunca fui uma pessoa paciente; eu, que não gosto muito de brincar; eu, que ultimamente só vejo os meus defeitos como mãe dessa menina, levei essa sacudida. _ “Você acha, filha? Eu não grito muito?” “Só às vezes”. _ E nessa hora eu me dei conta que, gritando muito ou de vez em quando, brincando sempre ou pouco, eu sou a única mãe que a Ana Elis conhece. Mais do que isso: eu sou a única mãe que ela tem! E isso me dá um poder e uma responsabilidade incríveis. Como criança, ela me vê, me perdoa e me aceita do jeito que eu sou. Pq eu não posso me perdoar também? _ #anaelis4

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Café da manhã no sofá 🖤

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Para quem não sabe, podcasts são conteúdos em audio, transmitidos pela internet através de apps. Aqui no Brasil ainda estamos nos iniciando nessa forma de comunicar conteúdo, que têm várias categorias, de humor a notícias. O meu é um dos poucos sobre moda, já que é uma mídia mais difícil de passar um tipo de informação que se apoia muito em imagens.
Dá pra ouvir na academia, enquanto amamenta, lava a louca, a caminho do trabalho, durante uma viagem. Pausar, ouvir mais tarde, re-ouvir algum trecho. 🙂
O Moda pé no chão trará periodicamente temas práticos para quem quer ser feliz com o que tem sem gastar muito, com convidados para discutirmos assuntos pertinentes sobre consumo consciente para todos os tamanhos, bolsos e idades. Para quem quer vestir-se de si mesma sem complicação, com ideias simples, dicas certeiras, críticas e opiniões sempre muito sinceras.

O episódio já está disponível nos aplicativos de podcast pra IOS e Android, como Spotify, Soundcloud, Itunes, Castbox, Overcast, We Cast e muito mais.
Aqui já tem o link direto para ouvir todos os episódios e baixar!
 

PARA OUVIR OS OUTROS EPISÓDIOS, BASTA OUVIR NO PLAYER QUE TEMOS AQUI NO BLOG, AÍ DO LADO! 🙂

Minhas impressões pela metade da coleção 5 Mares C&A

Sim, pela metade. A coleção que reune as marcas Trya, Cia Marítima, Água de Coco, Lenny e Blue Man é gigante e nem se eu estivesse com todo o tempo livre do mundo (coisa escassa nessa semana de reta final de cursos), eu daria conta de provar tantas peças! Acho que tinha tempos que eu não me deparava com uma quantidade tão grande de peças. Isso por um lado é bem legal, porque oferece mais opções para cada estilo, inclusive com moda infantil.
Escolhi as peças que mais me identifiquei (ok, as que estavam mais perto de mim) e fui pro provador. Achei bonitas nas araras, mas quando peguei a etiqueta interna…
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Poliéster? Num vestido que foi feito pro verão?
Entendo e sei que para estamparia, essa fibra sintética é a que melhor absorve o processo e permite que ele seja mais rico de detalhes, mas nesse caso acredito muito mais em uma produção com custos menores para aumento de margem de lucro na produção. Por mais que seja uma fibra que seque mais rápido quando molhada, ela esquenta demais, o que é inapropriado para dias muito quentes.
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É o caso desse vestido estilo saída de praia e da pantalona abaixo. São de poliéster, mas parecem frescos e inofensivos por conta das cores claras, da textura similar ao linho (fibra natural nobre) e dos motivos tropicais. Atenção a isso.
Os preços dessa coleção também estão acima da média, na faixa dos 150-180 reais uma peça. Acho que por isso ainda encontrei as araras cheias no meu bairro, mesmo um dia após o lançamento.
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A blusa acima está um número menor do meu, 36, porque não tinha mais meu tamanho – isso explica os botões não fechando muito bem. Ela é bonita, é uma mistura de fibras mais frescas, como as sintéticas Liocel e viscose, feitas em laboratório a partir de fibras celulósicas, com algodão e linho, fibras naturais, mas mesmo assim acho o modelito quente pra uma temporada veranil.
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Não provei os maiôs e biquinis, só esse mesmo, porque achei ele o mais curioso de todos com essas mangas morcegão tropical. Interessante essa proposta editorial de cruzeiro, mas isso molhado de água deve pesarrrrrrr, hahahaha! De repente funciona mais como body, né? Mas, contudo, todavia, entretanto, achei caríssimo: 229 irreais. Tá bem que são modelos que foram reproduzidos de coleções regulares das marcas por preços menores, mas penso sempre no custo x benefício mesmo assim.
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É isso, gente. Vestidos longos eu também avistei, um de viscose, outro de poliéster…aí desisti. Entreguei a toalha. Confesso que não tava no melhor dia para avaliar nada, deu preguiça, lembrei do tanto de marca bacana que faz uma moda praia inclusiva e autoral, sem essa de made in China.
Talvez eu volte a loja outro dia pra avaliar melhor. Mas a real é que eu não vou voltar, não.

Você tem muita calça jeans?

A pergunta do título serve também pra mim: eu tenho muita calça jeans. Muita pra quem mora numa cidade quente, para quem não sai mais para trabalhar todo dia – quando saio, quero usar outras calças mais interessantes que jeans. Eu amava jeans, achava a peça mais curinga e prática do universo, me sentia super confortável nelas. Queria modelos diferentes para poder variar, fora o vício que adquiri com o modelo flare, aquele estilo boca de sino, antes tive um apego com as skinnys, que são mais justinhas. Ganhei algumas delas, outras comprei porque achava que precisava, acreditava que usaria muito, principalmente as de fast fashion.
Depois veio a vontade de ter jaqueta jeans, e, na busca, trouxe três pra casa. Todas foram de segunda mão, uma custou 20 reais, mas mesmo assim, são muitas.

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Hoje em dia não uso nem 1/5 dessas calças

Usei bem muitas delas, mas repara só como jeans é uma peça muito difícil de se acabar. Você usa, usa, usa, e, no máximo, ficam mais surradinhas, ou então aqueles rasgos propositais aumentam e ficam esquisitos, mas, no geral, não é um item que vai encher de bolinha, dá pra mandar tingir e repor a cor, dá para cortar e transformar em short, cortar as mangas da jaqueta e fazer colete. Jeans é versátil até nisso, mas a questão, é: enjoei, não quero mais, mas a calça ainda está boa para o uso. E aí, o que fazer com elas?

A lenda dos básicos necessários

Foi divulgado à exaustão, tanto em revistas, quanto em livros de consultoras de moda, que TODO MUNDO tem que ter itens básicos no armário e o jeans estava lá. Nessa crença de que todo mundo precisa de uma peça jeans, achamos também que, mudando a variação delas, em lavagens e modelagens, teremos um guarda roupa mega versátil e prático. Aí dá-lhe ter mais de 30 calças, mas acreditando nessa super variação só porque tem todas as escalas de tons, do claro ao escuro; dos modelos super skinny até as boyfriend, destroyed, flare, pantacourt. Uma infinidade. Muito mais calça do que você pode dar conta nos seus dias.
Daí também entender que é uma peça que coordena com tudo e que resolve rapidamente suas questões no vestir, é um pulo. Tá na dúvida da camisa estampada, com o que usar? Não precisa quebrar a cabeça pensando qual saia combina mais, se fica melhor com um short ou calça alfaiataria: pega a calça jeans e tá tudo certo! Camisa estampada? Com jeans. Jaqueta colorida? Com jeans. Blusa naquela cor berrante? Idem.
A falta de prática em tentar novas ideias de coordenação, a correria do dia a dia, a falta de tempo e até a preguiça de pensar muito contribuem para o vício em usar o jeans para resolver todas as suas questões de estilo. Não, você não precisa ter uma calça jeans se você não curte tanto a peça. Sim, você monta looks incríveis com uma ou duas calças desse material em seu armário.
Outro porém é a transição da vida universitária para o mercado de trabalho. O jeans sempre funcionou na faculdade e colégio, de repente nos sentimos na obrigação de investir em alfaiarias, peças estruturadas em melhores tecidos. O despojamento da peça muitas vezes não cabe na adequação do código de vestir empresarial e é substituído, assim, pelas calças pretas. Seis por meia dúzia, sem dúvida.
Claro que temos as pessoas mais básicas, que aderem mesmo ao visual sem melindres, mas o que trago aqui como pensamento é que não precisamos ter tanto jeans no armário. A confecção de uma única calça jeans consome 11 mil litros de água, fora a química usada no tingimento, além do gasto em água na fibra do algodão. É muito desperdício de recursos hídricos dentro dos nossos armários.

Marcas que reaproveitam jeans

Uma alternativa para não gerar demanda da indústria e aproveitar os jeans que já existem é a sua transformação em peças novas. Listei algumas marcas que cumprem com maestria esse papel, trazendo alternativa possível para que tantas peças não se acumulem no mundo, a partir de sobras têxteis, peças doadas e compradas em bazares de igreja e brechós.

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Oficinas da Think Blue

Think Blue Upcycling

A marca carioca de reuso da designer Mirella Rodrigues garimpa peças jeans em bazares de igreja para transformá-las, em um processo de criação e modelagem que resulta em roupas criativas e fashionistas. Recentemente fizeram um desfile-protesto no Brasil Eco Fashion Week, em São Paulo, reforçando que não tem como falar de sustentabilidade sem ativismo.
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Pelo site é possível ver os itens disponíveis, além de atenderem pedidos para calças, jaquetas, shorts e blusas. Como a produção é reduzida e as peças são garimpadas, existe uma quantidade limitada e variação do material empregado.
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A marca abriu os custos de produção, bem como o tempo investido em cada parte da confecção de uma peça. Achei incrível para dar a noção do trabalho que é criar, costurar e viabilizar uma roupa, além de mostrar que criar uma roupa é um processo que toma tempo, principalmente se for numa produção menor, que valorize a mão de obra.
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MIG jeans

A marca das amigas cariocas começou com um projeto de um curso de moda, com a criação e customização a baixos custos a partir de peças jeans no fim da sua vida útil doadas, de resíduos têxteis e garimpadas em brechós e bazares, e hoje elas facilitam oficinas para marcas como Levi’s e AHLMA. A marca aceita doação de peças jeans e oferece de contrapartida desconto na compra das suas roupas. As etiquetas das roupas da marca são confeccionadas a partir de retalhos, e botões reciclados e em desuso são escolhidos para a produção.
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COMAS

Augustina Comas era modelista de marcas como Daslu e do estilista Jum Nakao, e, já nessa época, observou como roupas e camisas eram descartadas por pequenos defeitos, que não comprometiam o resultado final. A sua marca, baseada em São Paulo, se propõe a reutilizar as camisas masculinas descartadas pela indústria e, num processo de modelagem extremamente criativo e brilhante, criar peças femininas, como blusas, vestidos, saias, reaproveitando e inserindo nas suas peças até as sobras dos cortes do tecido. A Comas também facilita oficinas e workshops de upcycling.
Em entrevista ao site Lilian Pacce, Augustina contou mais do seu novo empreendimento, com upcycling em peças de jeans, em parceria com a empresa Souza e Cambos: “Eles fazem tratamento de água, gestão de resíduos sólidos, fiz questão de ver de perto e é uma empresa muito bacana. Estamos usando o jeans reciclado deles, que é desfibrado de sobra e misturado só com algodão. Não aceitaria se fosse com pet, poliéster nem a pau, porque o que pouca gente sabe é que quando você lava em casa micropartículas de plástico se desprendem e vão pro oceano do mesmo jeito”.
Os jeans da marca seguem o conceito do patchwork, que, ainda de acordo com a matéria, usa tanto o avesso quanto o lado certo do tecido e tem o mínimo de sobra de corte possível.  Também reaproveita as ourelas, que são as sobras da barra do tecido que geralmente são descartadas e de pedaço que também sobra do corte para incorporarem em detalhes.
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Não precisamos de tanto jeans no armário. Ninguém, repito, ninguém consegue usar todas de uma maneira que faça valer mesmo o custo x benefício e, sinceramente, jeans usado de maneira básica não promove a versatilidade do guarda roupa, nos limita nas ideias e, mesmo que tenham variação, é usar mais do mesmo.

Coleção Cinco Mares da C&A

E, como era de se esperar, a C&A encerra o ano com uma coleção de moda praia que chega às lojas selecionadas dia 27/11, já de olho na chegada do verão, férias e festas de fim de ano. Um ano com 5 coleções especiais, acho. Realmente, não cabe mais mesmo aquela loucura desenfreada nos dias de hoje. Que bom.
As marcas parceiras trazem o repeteco com Lenny Niemeyer, Água de Coco, Blueman e Triya. Um mix de marcas sofisticadas com mais divertidas, vão reproduzir seus clássicos, além de roupas com proteção UV 50+ para as família toda, além de saídas de praia, bolsas de palha e outros acessórios.
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A Cibele, colaboradora dessa seção do blog, mandou essas prints de algum evento de pré lançamento, além de imagens de imprensa. Pelo pouco que da pra ver nas fotos, gostei dos itens Lenny.
Ainda não sei os preços, mas esse tipo de coleção não costuma ser muito caro – além de serem produzidos no Brasil. A coleção do ano passado tinha peças bem executadas e bonitas!
Farei as impressões semana que vem aqui pra vocês 🙂

Onde encontrar roupas de fibras naturais?

Desde que comecei a falar mais sobre a preferência por fibras naturais, muita gente veio comentar aqui da dificuldade de encontrar lojas que priorizem tecidos com essas fibras e que sejam de qualidade.
Eu sempre vasculho primeiramente em brechós, onde encontro peças de seda a 30 reais, além de opções boas em linho e algodão, principalmente de peças mais antigas ou de marcas muito caras, que aí ficam fora do meu alcance.
É mais difícil mesmo até por questões mercadológicas, das marcas conseguirem manter um custo mais elevado sem ficarem tão caras, como de estamparia – as fibras sintéticas comportam melhor o tingimento. Mas procurei listar várias que possuem opções de roupas exclusivamente de fibras naturais como aquelas que dispõem de uma mescla em seus produtos. nesses casos, vale o olhar para entender o que está levando.
Não considerei fast fashion porque muitas vezes o algodão deles não é bacana em termos de qualidade, mas também não consigo atestar a procedência das marcas citadas, exceto a Flavia Aranha, que trabalha só com fibras orgânicas.

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Flavia Aranha

Deixem aqui nos comentários as suas indicações, vamos fazer reverberar!

Natural Cotton Color

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Trabalho maravilhoso de comércio justo com algodão orgânico paraibano, a marca usa a cor natural da fibra, sem processo de tingimento.
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SALL

A Sall é feita de Seda, Algodão, Linho e Lã, daí a origem do nome. A marca gaúcha trabalha exclusivamente com fibras naturais.


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COMAS

Marca de upcycling que cria roupas femininas a partir de camisas masculinas.


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BASICO.COM

Marca que vende peças básicas com fibras naturais, como algodão pima.


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JOUER COUTURE

Marca de slow fashion que prega uma cadeia mais justa na moda, usam tecidos de reaproveitamento e algodão orgânico.


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MYBASIC

Roupas casuais (para grávidas inclusive), com várias em linho e tecidos premium.


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MYFOTS

Marca que preza coleções atemporais, com design simples e confortável.


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FLAVIA ARANHA

Flavia é referência na pesquisa de fibras de origem orgânica e tingimentos naturais. Pesquisadora incansável, trabalha com comércio justo, ético e transparente.


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DELPHINA DESIGNS

Marca de moda exclusivamente plus size, a Delphina tem peças de fibras naturais, mas observei que usam forro de poliéster em muitas delas. Vale a indicação porque sei que o segmento está crescendo e vão se aperfeiçoar cada vez mais


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+AHLMA

Multimarcas e também marca própria que preza por práticas responsáveis e marcas de pequenos produtores.


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Agora somos Moda Pé no Chão!

Depois de uma década assinando Hoje Vou Assim OFF, abracei a evolução e mudei. Agora somos Moda Pé no Chão! E, melhor, assinado por Ana Soares, euzinha aqui hahaha!

Vocês já devem ter reparado aqui porque mudamos o logo, projetado por Gabi Barbosa, e também o domínio. mas quem digitar hojevouassimoff vai cair aqui no modapenochao, claro.
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Já tem muito tempo que eu queria promover essa mudança de nome, só não sabia para qual. Foram anos usando o OFF como brincadeira do Hoje Vou Assim, que foi o blog que inspirou esse. A brincadeira na época fazia sentido, pois os blogs eram conhecidos. Hoje, com o instagram como principal rede de postagens, ninguém mais compreendia a proposta.
Fora o tanto de confusão que causava – até hoje as pessoas acham que sou mineira, por causa da Cris Guerra, rs. Ou então de me acusarem de plagiá-la, sendo que foi ela quem incentivou a continuidade do blog, que começou de brincadeira numa tarde ociosa do trabalho. Eu já olhava pro nome hoje vou assim off e não me reconhecia há muito.
Mas e o medo de mudar? De deixar tanta história pra trás?
Foram anos e anos nessa proposta de achados, preços baixos, liquidação, tudo a ver com o OFF. Ao longo do tempo eu amadureci, comecei a perceber que fazia mais sentido optar por boas escolhas, custo x benefício, comprar em bazar sim, mas de uma forma mais consistente, sem consumismo desenfreado. O discurso e o trabalho mudaram, entraram numa seara mais voltada para ressignificação do que temos do que necessariamente só oferecer dicas de roteiros.
Também há um tempo eu tenho usado o moda pé no chão, registrando ele e adotando para os projetos, de uma criação minha, que surgiu a partir de um projeto que não teve prosseguimento. Até que tive uma epifania: o meu trabalho já se definia assim. Fui trabalhando para que as pessoas me conhecessem como a blogueira/consultora MODA PÉ NO CHÃO, VIDA REAL, que abrange todos, que dialoga com todo mundo, sem exceção!
Claro que pensei na opção de assinar Ana Soares, mas eu queria uma assinatura que fosse mais significativa, não sei. Esse será o nome do livro, então acredito que traz mais força ao propósito.
Assim, fui acostumando todo mundo com o novo nome até fazer a transição com total tranquilidade. Adotei o pé no chão como movimento por uma moda pró pessoas, que fala com elas e e da realidade delas e não para marcas. 

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Arte por Isa Wright

Ainda vamos melhorar várias coisas que demandam tempo (infelizmente não consigo mobilizar todo mundo pra executar as coisas no tempo que preciso), mas, aos poucos, vamos ajustar e mudar as artes para adequar tudo a nova fase do blog, da minha vida, carreira e dessas nossas trocas maravilhosas diárias!
Vida longa ao Moda Pé no Chão! 

Comprar ou não na Black Friday

Tem um bom tempo que ignoro emails de promoção de lojas – muito porque não estou interessada no momento em gastar com roupas. Claro que também me dá a sensação de estar perdendo alguma promo incrível, mas, na real, estou perdendo MESMO?
Desde que comecei a enxergar muito mais potencial no meu armário com o que tenho eu fui acalmando meu coração sobre essas falsas necessidades que incutem nas nossas mentes – esse look mesmo eu montei com essa blusa que tenho há séculos e NUNCA tinha coordenado ela com alguma peça vermelha! Já tinha até pensado em doá-la ou vendê-la, mas a sua cor, super da minha cartela, sempre me fazia voltar atrás. Que bom que dei essa chance, porque já estou pensando em várias possibilidades com ela, apesar de ser de poliéster.
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Cardigan Farm comprado em brechó
Blusa espaço fashion
Calça Wymann
Brincos Trocando em Miúdos

Já aproveitei algumas Black Fridays, claro. Em 2013, eu comprei a minha bolsa preta bucket bag da Adô Atelier, que vocês já estão carecas de ver diariamente aqui, hahah. Foi uma compra tão boa, num valor tão bom, que, em 2014, eu comprei a versão dela em caramelo!
As que comprei, da mesma marca, mais para aproveitar a promoção do que necessariamente por entender que seriam mais usáveis, estão paradas no armário.

Desfiz o cadastro de vários emails de marcas. Além disso, deixei de acompanhar com fervor todas as novidades, para não entrar nessa de PRECISO DISSO

Acho que está todo mundo mais atento a algumas promoções fajutas, estilo compre pela metade do dobro, mas também nos deparamos com movimentos tão bacanas, como esse da Básico.com, marca que vende no online itens básicos de qualidade, que chamaram de Black Friday Transparente, em que dão três opções de valores para você escolher quanto pagar, sendo que o menor valor você paga o preço de custo da peça e o maior cobre os custos de transporte, equipe, impostos e comunicação. Achei muito pertinente essa estratégia, para mostrar o quanto de valor agregado tem nos produtos que consumimos e o quanto é ruim para algumas marcas aderirem a descontos maiores.
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Ter consciência das nossas escolhas é fundamental para compreender o quanto um período desse de promoções que abarrotam as nossas caixas de emails podem ser prejudiciais ou não às suas finanças. Mesmo que gastar essa grana não vá te afetar tanto, acho válido pensar que passar grandes períodos de tempo olhando, pensando em aproveitar alguma coisa, mesmo que não esteja precisando, é igualmente ruim.

O melhor a se fazer é observar o que realmente vai fazer diferença no seu vestir e enxergar como oportunidade para fazer valer o custo x benefício. Por exemplo:
– Peças curingas que ajudem a criar liga com o que se tem e compor mais looks;
– Peças de tecidos melhores, mais frescos, etc;
– Roupas para ocasiões especiais, em que não se quer gastar muito (no meu caso, biquinis e maiôs, praias são ocasiões que frequento uma vez na vida outra na morte hahaha);
– Roupas de marcas que admiramos o trabalho e que têm a ver com nosso estilo ou com numeração que vista nosso corpo;
– Acessórios que ajudarão a compor looks;
– Sapatos confortáveis;
E, meus preferidos:
– Livros <3
– Coisas pra casa, como jogo de cama, toalhas, esses lances que precisamos repor de tempos em tempos
– Algum aparelho que esteja precisando (tv, ar condicionado, etc)

É bem impossível determinar o que se torna realmente interessante ou não para compras nesse período, mas é válido analisar mais se nossas escolhas estão sendo guiadas por nossas reais necessidade ou se estão apenas indo no embalo de um frenesi.

Minhas impressões Missoni for C&A

E, assim, meio como se fosse uma surpresa, a C&A anunciou a chegada da coleção da Missoni nas suas lojas e site. Muita gente reclamou dessa nova forma de lançamento por não conseguir, assim, se programar para ir em alguma loja próxima. Mas fato é que gostei dessa forma menos megalômana e com menos histeria coletiva. Gera menos ansiedade, comoção por filas e outras coisas, que, sinceramente, são muito ruins pra todo mundo. Ninguém precisa correr por baixo de portas, levar namorado/marido pra segurar cabides de roupas, atacar vendedores com reposição de produtos, se estapear com outras pessoas e muito menos gastar com peças que ficarão quase sem uso.
Sobre Missoni para C&A: bom, achei algumas peças muito sóbrias, outras já tinham um brilho, um lurex colorido, que trazia alguma jovialidade. A grife italiana tem suas indefectíveis padronagens em zigue e zague nos tricôs copiadas mundo afora. São pra quem curte um clássico, o que não quer dizer necessariamente que seja bacana, mas vamos lá. Achei bem caro – peças maiores entre 200-400 reais – com esse valor você compra em outras lojas.
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Esse vestido foi das poucas peças que gostei: vestiu super bem, corte bonito, mas por 300 e tantos reais, com forro de poliéster (mesmo sendo aquele tule bem fino), e sendo vestido (que considero uma peça pouco versátil, que limita mais o uso pra um valor mais alto), não rola. Se fosse mais meu estilo, beleza, mas acredito que, sabendo que é uma parceria internacional e os valores seriam mais altos mesmo, ainda assim isso é motivo pra questionarmos se queremos uma peça que tem um leve perfume de uma grife que às vezes não nos diz nada ou se podemos escolher melhor em outros momentos.
O mesmo para esse vestido preto, que ficou lindo, amei mesmo, com um movimento maravilhoso – fios com mistura de viscose com poliamida, o que melhora muito o toque dele –, mas custava 300 e tantos. Acho mais curinga que o anterior, por não ter padronagens, mas mesmo assim, acho quente pro Rio de Janeiro.
 
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Achei os dois vestidos de cima os mais bacanas e bons para eventos.
Outro fator a se considerar: são peças extremamente frágeis no manuseio. Cheias de nove horas com lavagem e manutenção, o que até possibilita já termos peças com fios puxados (muita gente não toma cuidado no provador), então é pagar mais caro pra algo que vai exigir muito depois de cuidado mesmo.
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A calça é confortável, sentei e fiquei de boa com ela, mas o forro é de poliéster e achei a trama delicada demais pra uma calça, o que limita seu uso. Além do mais, o tricô de máquina impossibilita ajustes, como bainha.
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Essa estampa tinha versão em calça e blusa, mas, vamos lá: toda de po-li-és-ter. Esquenta. Muito. Limita o uso.
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Esqueci de mencionar que o top também é da coleção, e tinha na versão preta. Basiquinho bom, mas caro porque custava 160 reais. A saia é riponga demais pro meu estilo.
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Essa saia mais curta, de tricô de máquina, não tem forro, é muito mais fininha, o que marca mais a silhueta. Não gostei do caimento.
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O mesmo para o short – eu engordei um pouco e estava inchada de menstruação, ele marcou bem no corpo.
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A jaqueta bomber, também da estampa colorida, tinha um brilho acetinado legal, e entendo que algumas impressões só rolam em tecidos sintéticos, por isso ela é de poliéster. E é uma jaqueta, então entendemos ela ter a função de esquentar. Achei bonita!
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Não curti esses vestidos sem forro muito fininhos. Achei feio mesmo, mais nenhuma consideração, hahaha!
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Detalhes da trama e forro:
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Tinha também moda praia, que eu não provei, não tive tempo. 🙁 Masssssss eu AMEI a viseira! Achei chic, coisa fina, de verdade e combinou comigo, hahahaha! Essa custava 90 reais.
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Bom, não me emocionou, acho que por esse valor eu compro algo nacional mesmo, de tecidos mais frescos e com mais possibilidades.

Quem foi, o que achou? Eu odiei as luzes dos novos provadores, aliás! Péssimas! Hahahaha!

Preços Missoni para C&A

Clientes cadastrados receberam ontem o link da pré-venda das peças de Missoni para C&A, e a Cibelle, leitora do blog, mandou alguns prints dos preços dessa coleção.
A C&A está com uma estratégia mais low profile de divulgação das suas coleções, que, acredito eu, ganharam muito menos peso nos dias de hoje, em que falamos e aplicamos cada vez mais a ideia de comprar menos e melhor, sustentabilidade, consumo consciente. Não cabe mais as lojas fazerem muito daquela histeria coletiva e nem nada megalômano, vocês não acham?
Dito isso, bem na maciota, divulgaram que seria hoje a chegada da coleção no site (e nas lojas? não entendi bem essa parte), mas de qualquer maneira darei uma passada numa loja já já para conferir e mostrar pra vocês (quem vai no instagram vê primeiro, hahaha)!
Mas, vamos às vacas frias: os preços, como era de se calcular, bem surreais. Quer dizer, agora 200 e poucos reais é até um valor que se encontra em muita fast fashion, como a Renner, por ex, mas é caro demais se considerarmos que temos marcas menores fazendo um trabalho autoral muito bom por valores similares – a C&A mira no público que entra vez ou outra na sua loja porque descobriu que lá tem bons achados com valores que podem comprar aos baldes. É sabido que muita gente ainda pratica esse tipo de consumo “Ah, tenho dinheiro, posso comprar tudo dessa coleção sem ser uma facada tão grande”. E dá-lhe guarda roupa lotado, numa rotatividade alta de roupas que jamais serão usadas.
Não estou apontando o dedo, mas mostrando que essa atitude é desgastante não só para quem consome, como para o planeta. Mas acredito que algumas posturas mudaram após o boom de coleções e com o cenário atual. não vejo pelo menos aqui aquela correria doida nas lojas.
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Dito isso, a coleção, que tem de acessórios, a calças jeans, bolsas, moda praia, a roupas (estou atualizando esse post, já já coloco mais), traz preços na faixa dos 200-300 reais, com peças, como o vestido abaixo, por 450 reais. Tudo por uma marca? Achei bem absurdo pra um vestido, que é uma peça menos versátil, ainda mais com uma estampa, que é marcante.
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Algumas leitoras disseram que leram a composição e viram forros de poliéster, mas não posso ainda confirmar isso. A coleção não faz meu estilo, são peças mais clássicas e em cores neutras, o que pode render alguma variedade no armário, mas vamos acompanhar que trarei novidades com as impressões.
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Movimento colorido

A última semana foi confusa: viagem pra Pernambuco, planejamento de mudanças nas redes sociais e blog, cursos novos. Além desse tanto de coisa pra fazer, fiquei doente às vésperas dessa viagem e com três turmas de workshop, hahaha! Por isso não dei conta de atualizar o blog.
Essa semana voltamos com a programação normal, com novidades que contarei já já, mas, enquanto isso, já mostro o look que usei para dar curso em Recife, que montei rapidinho e gostei bastante! Muito mesmo, tinha algum tempo que eu não amava um look com força como amei esse, e o melhor: fresquinho! 🙂
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Top Wymann na promoção no Shop2gether
Saia Karamello
Sandália Josefina Roscar
Brincos Trocando em Miúdos
Fotos: Isa Wright

Como eu – e muita gente também! – sinto falta de blusas bacanas, diferentes! Por isso não pensei duas vezes quando avistei no site essa, cropped, que tô usando nesse look! Aliás, uma reclamação constante também é o fato de tudo agora ser cropped (mais curto mesmo), o que limita mesmo alguns usos, mas como muita parte de baixo minha é cintura alta, deu pra conciliar bem. Arrematei essa blusa na liquidação da marca e, olhe, foi uma compra muito feliz! Onde eu passo com ela, chamo atenção, e qualquer look fica incrível na hora. Também, pudera, esse corte dela é muito incrível!
Eu sabia que pegaria dias de calor em Pernambuco, então a companheira de look da blusa foi essa saia super levinha, mesmo em camadas, mas toda em algodão também. O tom é mais claro, mas mantém a ideia do monocromático em azul, sendo os pontos extra coloridos marcados pela sandália e brincos. O look quase todo é marcado pela assimetria, o que dá essa sensação de movimento na roupa constantemente. Curto isso.

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Adoro uma pose com o sovaco pra jogo hahaha

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Como vocês podem notar pelos registros, eu me diverti bastante também posando com este look. Hahahaha! Aliás, deveríamos sempre pensar em looks que nos deixassem assim, felizes, com vontade de se divertir, rir, não é? 🙂