Gente querida, há alguns anos eu não atualizo este blog com informações de bazares e pontas de estoque – e foi assim que começamos, falando de achadinhos, garimpos e promoções –, mas tenho repensado e resolvi retomar esse tipo de postagem aqui. Eu parei para não estimular consumo desnecessário, porque não queria também focar meu conteúdo somente em achados.
(foto antiga, só para ilustrar o texto)
Mas achei importante retomar e vou dizer os motivos, me falem o que acham:
Primeiro que, por conta da alta dos preços dos tecidos, conta de luz, gasolina e aviamentos, comprar roupa nova está custando muito caro. Como sou a favor da democratização e acesso à moda, achei importante trazer opções que possibilitem mais pessoas a ter condições de conseguirem voltar a sentir desejo, a terem uma roupa nova pro trabalho, para a entrevista, para viver e seguir nesse Brasyl 2022.
Há anos eu falo sobre fazer boas escolhas, a importância da etiqueta interna de composição para não se deixar enganar por peças caras de baixa qualidade, ou de tecidos que esquentam e não vão te deixar usar a roupa muitas vezes, de entendermos sobre nosso estilo, multiplicar possibilidades com o que temos variando cores, e repetindo sem medo de ser feliz. Saber a importância do meu papel analisando coleções, falando a real, trouxe conhecimento a quem me acompanha e senso crítico para poder comprar com mais consciência.
Também vou começar a focar o conteúdo em dicas para garimpar em lojas online, sejam parte OFF das marcas, sejam as que vendem peças de segunda mão, como enjoei, Repassa e Mercado Livre.
Dito isso, vou voltar a divulgar o que eu conseguir sobre bazares e roteiros de lojas OFF. Não recebo mais tantas informações quanto antes, mas quem souber e quiser me encaminhar, vou aceitar. Pode ser pelo instagram @modapenochao ou pelo email [email protected]
Também vou refazer alguns roteiros pelas lojas – não sei quantas ainda estão funcionando, assim como os brechós, também não viajo mais como antes para outras cidades, mas também temos a opção do online né? Vamos aqui fazendo nossa parte.
Lembro que há uns anos atrás eu pedia muita roupa emprestada para as amigas, principalmente para eventos tipo casórios, que eu achava as roupas caras e fora do meu estilo. E eu emprestava também, além de vestidos, os acessórios. Era comum trocarmos mensagens e ligações (!) e perguntar o que a outra tinha que poderia servir para alguma ocasião. Super comum na minha família foi também pegar emprestadas as roupas da minha tia, avó e mãe.
Na gravidez não pedi nada emprestado, mas uma amiga me deu algumas roupas bem legais que foram dela. Aliás, acho que deve ser o momento em que mais rolam empréstimos, porque dá muita pena mesmo comprar algo específico para gravidez ou de tamanho muito maior para um período relativamente breve – e que possivelmente você nem vai querer mais olhar aquelas roupas na sua frente, de tanto que usou, haha!
Mas pq estou abordando esse assunto? Porque eu sinceramente sinto falta de receber amigas e ter novamente essa troca boa que a gente fazia, e nem sempre era empréstimo, virava “Ah, eu te dou, ficou lindo em você”, e pronto, ganhava uma peça novinha sem gastar dinheiro hahahaha.
Não sei se esse hábito permance entre amigas, aqui sendo bem sincera, não tenho mais recebido essa solicitação, considerando que temos uma pandemia aí no meio atrapalhando tudo, não rolou mais isso aqui, infelizmente. Não sei se o acesso a produtos e informação de moda favoreceram o consumo ao invés dos empréstimos, o aumento das compras online (que chegam até no mesmo dia) e das compras em brechós deixaram os empréstimos em desuso…como tem sido aí pra vocês?
Tem quem tenha medo de emprestar ou pegar emprestado e rasgar, manchar, mas vamos levar em consideração o contexto das coisas: já peguei um vestido pra ser madrinha, e na hora da festança eu queria ficar à vontade e troquei de roupa, por um vestido meu. E foi engraçado ver a reação das pessoas com a troca de roupa hahaha!
E ter algum nível de desapego sobre essas peças, porque acidentes acontecem né? Eu já emprestei e não me devolveram, o que foi bem chato, assim como já emprestei uma roupa de frio para uma amiga que ia viajar, ela perdeu, e comprou uma peça equivalente pra trazer pra mim.
Serviços de guarda roupa compartilhado
Já falei algumas vezes desse assunto, mas estou desatualizada no momento. Pelo que acabei de ver, a Roupateca continua firme e forte com seus planos de acordo por período e número de peças para que as assinantes possam ter acesso às peças do acervo para usar no dia a dia, para ocasiões e etc e depois devolver.
Não é um serviço barato (veja os planos aqui), mas levando em conta o valor de roupas novas hoje em dia e que nem todo mundo quer gastar com um vestido pra usar em um evento pontual e acabou, talvez seja uma. Principalmente para não lotar o guarda roupa, mas entendo que tem quem não veja vantagem em pagar algo que não vai ter no armário.
E vocês, como tem sido, tem emprestado muitas roupinhas? Qual é a sensação? ADORO!!
Reuni nesse post as principais informações para quem sempre quis saber o que fazer com peças de roupa, sapatos e lingeries que não quer mais, que estão em péssimo estado inclusive para doação. Antes de tudo: nunca jogue nada disso no lixo!
Depois, é importante entrar em contato com as empresas e cobrar um posicionamento delas sobre a logística reversa. Muitas não deixam claro, mas se perguntarmos e exigirmos uma solução em conjunto, certamente elas terão que nos oferecer opções. A Política Nacional de Resíduos Sólidos prevê co-responsabilidade entre empresas, consumidores e governo na destinação correta dos resíduos, por isso as marcas precisam oferecer soluções: pressione, pergunte.
Esse post do jornalista Daniel Sonim sobre a saga para saber onde descartar seu par de havaianas velhinho mostra o descaso e a falta de transparência das empresas quando o assunto é sustentabilidade. Talvez isso tenha melhorado – o post é de 2018 –, mas vale a pena ler para entender as perguntas a serem feitas e como podemos ficar mais espertas sobre essas políticas sustentáveis que podem ser apenas fachada.
E por mais que a reciclagem seja apresentada hoje como uma solução, o marketing é mais eficiente do que a ação em si. Como bem pontuou Daniel em seu texto, a reciclagem de qualquer material é um processo complexo que demanda recursos, energia e tempo, não sendo assim tão vantajoso para o meio ambiente. O que vale a pena então? Parar de comprar por comprar. Para que ter dez pares de sapatos se mal usamos dois ou três no dia a dia?
Onde descartar corretamente sapatos velhos?
Sapateira lotada e aquele problemão: o que fazer quando os pares estão se desfazendo, descascando, não dá nem pra passar pra frente de tão velhinhos, arrebentados e encardidos? Mais uma vez: jogar no lixo é a pior das opções, vão poluir ainda mais os aterros sanitários. Sapatos são feitos de materiais diversos e é praticamente impossível recicla-los, as soluções são paliativas, o ideal seria reduzir o consumo e a produção.
Havaianas e Melissa possuem caixas coletoras em diversas lojas para levar seus pares arrebentados, mas sinceramente não acredito que seja proporcional à quantidade que é descartada e vendida. A @insectashoes, que tem nome quando se fala em sustentabilidade, também recebe pares antigos da marca e deve ter uma logística muito melhor em relação às outras empresas.
Quando não tiver jeito, vale levar na loja da Somos Alme, que fica na rua Oscar Freire, 1105, em SP. A marca tem como iniciativa recolher calçados de qualquer marca que viram combustível fóssil para a indústria do cimento.
A Recicalce é uma ONG que recebe pelos correios ou em caixas coletoras. A Recicalce conta uma serie de parceiros na coleta de calçados usados. Além das lojas Oscar Calçados que possuem caixas coletoras, contam com a ajuda de escolas, condomínios, indústrias, etc. Os pares são encaminhados pra iniciativas de inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, que renovam os que tem solução para serem vendidos na lojinha da ONG com lucros revertidos para seus projetos ou para virarem combustíveis fósseis.
Outra opção é contratar os serviços da Ecoassist que faz o descarte de qq produto, eu já usei uma vez e gostei muito, eles até mandam imagens para você acompanhar como foi feita a destinação e reciclagem do seu item descartado.
Conserte e doe
No mais, conserve bem seus sapatos – sapato parado estraga, descola a sola e esfarela! -, leve no sapateiro pra dar aquela geral e aumentar a vida útil deles ou reserve os que estiverem em bom estado e limpos para doação – e saiba a quem destiná-los para não ser uma doação jogada, ok?
Onde descartar corretamente sua lingerie?
É comum acharmos que o único destino de calcinhas e sutiãs velhos é o lixo, né? Somos ensinadas desde sempre que é sujo, além de não serem muito divulgadas as alternativas ao descarte doméstico.
Assim como roupas, peças íntimas não devem ser jogadas no lixo, que vai para os lixões e não degradam em solo. Suas peças íntimas podem ter diversas finalidades sem ser o lixo. Vou enumerar algumas, além de marcas de lingeries que aceitam logística reversa de peças velhinhas: em bom estado, lave e higienize, coloque em um saquinho de tecido e leve a alguma instituição que receba (a Missão Eucaristia Voz dos Pobres recebe) ou doar diretamente a quem necessite, junto de absorventes menstruais. pique em pedacinhos que podem tanto ir para a compostagem (sem o elástico e se for de algodão quanto virarem pano de limpeza, enchimento de almofadas ou brinquedos de pet também podem virar manta de bidim, no fundo do vaso de plantas a Leninha Roupa de Baixo e a Caon Lingerie recebem as peças para iniciativas em cooperativas de artesãs, consertos e doação para pessoas em vulnerabilidades e reaproveitamento para criação de embalagens.
A Demodê Atelier, marca de lingeries de algodão sustentável, mostrou em suas redes sociais como compostar as calcinhas de algodão: retirando o elástico, que é material sintético e reaproveitando para enchimento de almofadas, picando em pedacinhos o tecido da calcinha e enterrando.
Onde descartar corretamente roupa que não serve pra doar?
Roupa não se joga no lixo. Primeiro, que roupa não degrada em solo, muitas tem plástico na composição e tecidos que não são biodegradáveis. Segundo que dá para aproveitar transformando em outras coisas, enchimento de almofada, até como pano de limpeza antes de pensar em descarte. Mas entendo que muitas não podem estar em bom estado para doação, então o descarte pode e deve ser bem direcionado.
Gosto de indicar os coletores de lojas grandes como C&A e Renner porque elas tem um trabalho importante em seus institutos na área de sustentabilidade e logística reversa e recebem roupas de qualquer marca, que encaminham para reutilização das fibras têxteis em novos tecidos, reuso em projetos de upcycling, para doação das peças em bom estado e para transformação das fibras em cobertores para abrigos. Editado: a Zara e Zara Home também tem, inclusive para roupas de cama.
Buscando nos sites das duas redes varejistas sobre o tema, leia as instruções do que é aceito e do que não é (peças sempre limpas, importante frisar!), além da lista de lojas que recebem. Muitas vezes os funcionários não sabem dos coletores, mas eles estão sempre visíveis e não precisa pedir autorização, é só colocar neles. É importante frisar que podem ser roupas de qualquer marca!
Acesse aqui a política de sustentabilidade e relações de lojas da C&A
Onde descartar embalagens de maquiagem e perfumaria?
Marcas de maquiagem e perfumaria possuem um trabalho de logística reversa mais claro. Empresas como O Boticário, Quem Disse Berenice?, Eudora, MAC oferecem inclusive benefícios (descontos, trocar por batom) no retorno das embalagens dos seus produtos.
Mas e quando não sabemos onde descartar? E vidros de esmalte, perfumes, hidratantes labiais, estojinhos de make antigos, embalagens de shampoos, e afins, o que fazer?
Na Renner possuem também os coletores de itens de perfumaria e de beleza: podem tanto ser embalagens cheias como vazias, de qualquer marca, não só as que vendem lá, sendo uma opção para descarte desses itens de forma adequada.
Antes de comprar, pergunte na loja da marca que você está comprando como é a política de logistíca reversa da empresa, para armazenar as embalagens e saber como retorná-las.
Mas e meias?
A Puket tem o projeto Meias do Bem, que há anos direciona milhares de pares de meias para projetos sociais. É só levar para qualquer loja Puket e depositar as meias nas urnas – vale de qualquer marca. 40 pares de meias usadas viram cobertores a serem distribuídos a pessoas em situação de vulnerabilidade social e também um par de meias novos doados.
Compartilhem esse post para que mais pessoas possam saber como realizar o descarte correto do que tem em casa!
E aí, você já comprou na Shein? Eu nunca comprei, recentemente entrei no site e me espantei com a variedade de opções, principalmente plus size e maternidade e com preços realmente excelentes. O post vai falar justamente sobre isso: eu não sou o público alvo, não me conecto mais a tendências por isso não tenho interesse em comprar, mas vi muitas coisas vantajosas para públicos específicos e quero falar como essa discussão vai além do papo de “consumo consciente”.
A gigante varejista escolheu o Brasil, mais especificamente o Rio de Janeiro, para inaugurar a sua pop up store – parece que abriram uma também em Shangai –, em um shopping de alto luxo, o Village Mall. Isso me lembra demais quando a Forever 21, também com preços bem abaixo do mercado nacional, veio para o Brasil em 2015 e o Village foi também o primeiro destino, o que repercutiu na época já que os frequentadores se incomodaram com o público “fora do padrão” do shopping, destilando preconceito. Como esquecer das filas quilométricas que se formaram e até viraram meme? O período de loja física será bem curto: entre 19/03 a 27/03, e somente para provar as peças, que deverão ser adquiridas no app.
O que é essa Shein?
Ano passado fui bombardeada por anúncios no meu twitter sobre uma tal Shein. Não estava entendendo o que era, até encontrar os vídeos de quem mostrava as comprinhas no site, e saquei que era um desses e-commerce: pensei que seria algo tipo a febre que foi uns dez anos atrás o Aliexpress. Fui ler algumas matérias sobre a misteriosa empresa chinesa que vendia somente por e-commerce itens de moda para mais de 220 países, com mais de 4 mil itens à venda, porque eu me senti muito por fora por não ter visto alguma divulgação sobre ela antes. Seu começo remota em e-commerce de vestidos de noiva, a Sheinside.com – que eu lembro muito bem, porque uma amiga comprou seu vestido de noiva nesse site! Na época, com o dólar 1:1, era uma febre entre as noivas.
De acordo com matéria na revista Elle, o grande diferencial da varejista não é criar tendências e convencer seu público a comprar; eles rastreiam as principais tendências mundiais, as cores, formas e desejos de imagens através do Google Trends e de plataformas como Tik Tok e Instagram, e acompanham essas tendências geracionais, embarcando em diversos estilos e, o principal, desenvolvendo sob demanda, sem estoque – facilita estar sediada na China, o que ajuda na velocidade da entrega da produção. A empresa trabalha com centenas de fornecedores que, de acordo com a avaliação do público aos produtos, são retirados da plataforma se não obtiverem um resultado satisfatório, e, ao contrário do que é comum, ela não tenta impor o seu gosto aos consumidores globais, é um espelho que reflete o estilo atual de cada país para ele mesmo, em tempo real, baseado em dados, onde os pontos fortes da marca são o preço, agilidade na entrega e a variedade de tamanhos, que possuem uma grade até o 5XG. O fato de oferecer as medidas exatas de cada peça facilita muito a compra. Com todas as medidas em mãos, fica mais fácil escolher o que comprar.
Alguns dos diferenciais que contribuem para a empresa chinesa ser um sucesso:
– os reviews dos produtos; quem compra posta uma foto com a roupa ou a peça de moda e faz comentários sobre, avaliando material, caimento, tempo de entrega. Você então consegue visualizar o que está querendo em diversos corpos, e com avaliações reais sobre o produto. Achei uma sacada muito boa!
– possuir uma grade de tamanhos que contempla pessoas gordas em toda a sua variedade de corpos e estilos e por preços bem acessíveis. A variedade de tamanhos da marca vai do PP ao 5XL (cinco vezes o tamanho “G”). Para se ter uma ideia da relevância dos números maiores, na versão brasileira do site o chamado segmento “curvas + plus” tem aba própria na página inicial.
– preços acessíveis, em contrapartida aos valores que são cobrados no Brasil e que possibilitam o acesso de mais pessoas às tendências e roupas que caibam nelas.
De acordo com a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), 19% de todas as vendas de varejo no planeta em 2020 foram online, em comparação com os 16% do ano anterior pré-pandêmico. Parece pouco, mas é muito. No início de 2020, a plataforma de inteligência de mercado CB Insights estimou o valor da empresa em 15,8 bilhões de dólares. Veículos de comunicação chineses levantaram que a marca, apenas entre janeiro e dezembro do ano passado, lucrou 10 bilhões de dólares. (fonte: Revista Elle)
Mas peraí, então é pra comprar em fast fashion? E o consumo consciente?
Claro que enumerei tudo que faz da Shein um expoente no mercado das fast fashion, mas isso não quer dizer que a empresa tenha um modelo de negócios transparente e nem que seja isento de impacto sócio ambiental, pelo contrário. Um modelo acelerado de produção, que não condiz com a necessidade de observarmos melhor nosso consumo, de onde compramos e quais são as condições de trabalho por trás dessa produção. Acho isso tudo péssimo, principalmente porque o que viraliza nas redes sobre a Shein é a trend de mostrar as recentes comprinhas na varejista, na velocidade que surgem as novidades, estimulando um consumo preocupante, ainda mais entre os jovens.
Gordofobia, xenofobia e classismonas discussões.
Em contrapartida, quero pontuar outras questões levantadas que trazem uma nova ótica sobre a discussão, como é o caso de observarmos um público finalmente contemplado, as pessoas gordas e gordas maiores, que são insistentemente excluídas das grades das lojas. Quando têm, são peças de estilos limitados, que não contemplam a diversidade e pluralidade. Eu li e vi diversos vídeos e stories de influenciadores gordos falando que recebiam críticas, 99% vindas de gente magra, sobre consumirem da Shein, quando o que observamos notoriamente é que pessoas magras sempre tiveram acesso a itens de vestuário e agora podem dizer que buscam o minimalismo, porque nunca deixaram de ter opção. Então eu entendo e apoio que pessoas gordas tenham sim acesso a itens de vestuário não só para cobrir seus corpos, mas para se sentirem inseridos, pertencentes, livres para vestir o que gostam, fazerem suas escolhas, de acordo com seus estilos. Isso é dar dignidade, acessibilidade principalmente se considerarmos que estamos também falando de pessoas com baixo poder aquisitivo que se beneficiam com os valores, descontos e frete grátis.
Também podemos observar muita xenofobia nos comentários sobre produção chinesa. Recebi os relatos de seguidoras que vivem na China e o quanto as questões trabalhistas são uma verdade, porém, se reduziu a “feito na China” já ser associado a algo ruim, de péssima qualidade (ainda mais se lembrarmos todas as fake news e recentes casos relacionados a pandemia de Covid-19, de discriminação com o povo chinês), de exploração, enquanto muita coisa é feita com um ótimo padrão e seguindo os acordos sobre comprometimento com exigências trabalhistas. A C&A, por exemplo, foi a primeira fast fashion no Brasil a assinar um acordo mundial de comprometimento da luta contra trabalho escravo – tanto que nunca ouvi nada relacionado a eles –, e parte da sua produção é chinesa, enquanto nos deparamos constantemente com casos de trabalhos análogos a escravidão aqui mesmo no país, em São Paulo, no Rio de Janeiro.
Cópias, greenwashing e origem desconhecida
A Shein afirma que seus armazéns trabalham com tecnologia “green friendly” e que cada modelo de peça é reproduzido apenas entre 50 e 100 vezes até que sejam classificadas como itens best-sellers. Isso, em tese, ajudaria “a reduzir desperdícios”. Frequentemente, porém, a marca é atribuída ao “greenwashing”, que nada mais é do que uma apropriação, sem base, de valores ambientalistas.
Ninguém sabe ao certo também quem são os nomes à frente da Shein, é tudo meio desconhecido, assim como a localização da empresa.
Além disso, as muitas acusações de plágio envolvendo designers que escancararam as cópias, vide uma das matérias que encontrei. Coisa que vimos acontecendo aqui também com as grandes varejistas, aliás. 🙁
Quem já comprou, quais foram as impressões? O que vocês acharam das questões levantadas? Acho tudo tão complexo no contexto que estamos, ao mesmo tempo que sabemos de diversas questões sobre esse modelo de negócios. 🙁
Se tivessem feito essa pergunta pra mim, há dez anos, eu responderia o que estava descrito na cartilha sem pestanejar: sou adepta de um estilo mais arquitetônico com doses de criativo e flertando o esportivo. Pronto! Uma consultora de estilo entenderia e balançaria a cabeça afirmativamente.
Mas eu cresci, rs, e to mais questionadora do que nunca. Acho que isso tem a ver com os rumos que estou desenhando para minha vida, algo mais academicista, não sei, mas outro dia precisei responder qual era o meu estilo e eu não consegui responder algo encaixado no que esperam dos 7 estilos universais, porque há muito tempo aliás eu não considero mais esses parâmetros. Aliás, me deu uma preguiça enorme de ainda ter que pensar em responder isso, porque sempre acho que aprisiona mais do que liberta o vestir.
O que são os 7 estilos universais?
Precursoras da Consultoria de Imagem e Estilo, Alyce Parsons e Mimi Dorsey elaboraram no livro Style Source a teoria dos 7 estilos universais que é hoje amplamente difundida e utilizada por personal stylists de todo o mundo. Os 7 estilos universais são o Natural Esportivo, Tradicional, Refinado, Romântico, Criativo, Sexy e Dramático Urbano. Cada um dos 7 estilos possui peças chaves características e transmitem uma mensagem diferente para o mundo e que refletem nossas personalidades, identidades e características pessoais.
Quando eu atendia consultoria individual (hoje só estou trabalhando com análise cromática e a formatação de novos cursos online), era muito comum eu explicar para a cliente quais eram os traços de estilo que ela poderia se identificar. Ao invés de colocá-la numa caixinha “você é estilo Tradicional”, eu mostrava as características do estilo do vestir para ela que poderiam agradá-la, que seriam adequadas às suas necessidades e estilo de vida. Ainda assim elas me cobravam sobre o nome do estilo, queriam pesquisar mais sobre, não se conformavam com as direções em cores, estampas, materiais, linhas e acessórios.
Em contrapartida, as vezes que falei que a pessoa, por exemplo, tinha um estilo romântico, na mesma hora rolava um olhar mais assustado, carregado dos estereótipos que atribuem a mulheres românticas, assim como as sexies, assim como as criativas, assim como TODOS os estilos!
Sexy = já remetia ao vulgar
Romântica = já remetia a fragilidade
Tradicional = já remetia a caretice
Elegante = mulher branca, magra e rica
Criativa = extravagante demais
Dramática = remetia a pessoa que causava distanciamento
Esportiva = pessoa mal arrumada
E é uma questão de gênero, porque os homens são classificados em outros estilos universais, e quase nunca atrelados aos estigmas e os pesos dessas conotações que os estilos femininos carregam. Sem contar que ele não contempla pessoas agênero, que via de regra não precisam se adequar nem a um nem a outro.
Sempre considerei entender melhor a personalidade e características que coordenam melhor cada pessoa a partir, por exemplo, da sua cartela de cores, do que necessariamente intuir um estilo ou, pior ainda, usar um estilo que não fosse a essência dela para contrapor algum traço da personalidade ou se adequar a um ambiente de trabalho que não respeite as individualidades dentro de cada dresscode.
Eu entendo que as pessoas tenham a necessidade de saber o nome. Isso faz parte de uma cultura que diz respeito ao rotular, ao pertencer, ao se identificar e entender onde comprar exatamente, o que dizer para as pessoas como resultado de um trabalho analítico. Mas não acho mais que dizer simplesmente o estilo seja algo essencial, porque reafirma estereótipos ligados a gênero.
Como eu faço hoje?
Eu identifico as preferências, necessidades, possibilidades e traços pessoais. Então, por exemplo, eu, que sou uma cartela de inverno frio, que coordeno melhor com cores frias, mais azuladas, arroxeadas e rosadas, além de contraste alto entre cores (como preto e branco), é uma característica inerente à minha coloração pessoal me sentir melhor em roupas com cores bem contrastantes, estampas gráficas, geométricas, estilizadas e abstratas, grandes (nada de estampa delicada e miudinha), peças de corte minimalista, modelagem mais arrojada, design limpo, formas pontudas, arquitetônicas, tecidos estruturados e de material natural por conforto térmico.
Aliás, estou revisitando pra valer meu estilo pessoal nesses últimos dois anos e estou mais uma vez tirando um monte de roupa que não me representa mais, experimentando cada peça e avaliando o que pode entrar, fiz até um vídeo usando meus looks antigos que tenho peças até hoje no armário:
Minha necessidade atual é que as roupas permitam uma livre movimentação, conforto acima de tudo, nada apertando, que permitam a amamentação da minha filha, além de não querer mais usar sapatos apertados: estoua depta das papetes e tênis. Bolsas que permitam colocar minhas coisas e da minha filha, que sejam fáceis de transportar com uma bebê, no caso mochilas e pochetes.
Ao invés de só dar o nome do meu estilo, eu entendo todos os símbolos dele, o que me agrada e onde posso me encaixar, como uma peça que pode parecer romântica por ter renda, mas ser uma renda estruturada, em tecido mais grossinho, uma trama mais fechada. Entendem o ponto? Isso não exclui que eu tenha peças que seriam do estilo romântico, com babados e rendas, mas entender o que na identidade visual que me contempla, pode ser adequado para o estilo que eu quiser vestir.
E você, o que acha disso? Prefere ter os nomes dos estilos ou não se liga?
Um post emblemático aqui do blog e que repercutiu bem foi sobre as roupas que detonam nossa saúde, e o quanto nos convencem que é normal vestir peças desconfortáveis na vida. Por conta desse furacão que é a maternidade e desse tempo em casa, não considero ter mais nada que me deixe apertando e limitando meus movimentos no armário. Com isso, meu estilo ficou mais livre, eu percebi melhor o que eu realmente gosto de usar e passei a ficar muito mais feliz com os meus looks!
Eu tenho muitos momentos de correria, de trabalho duplo cuidando de uma bebê e tocando meus projetos, mas a diferença que faz no meu dia quando eu calço uma Poofyda Usaflex, gente! Basta calçar para virar a chavinha e se sentir leve. É como andar nas nuvens, as pernas não cansam, é conforto traduzido em forma de calçado, eu ouvi um VIVAAAAA!!?
Montei dois looks que eu morri de paixão e vou mostrar pra vocês:
Aliás, estou em um momento de me arrumar mais em casa, para usar mais minhas roupinhas que estavam paradas, só que a questão sempre foi o que calçar para combinar. Veio aí a solução! 🙂 Esses são os looks que escolhi para trabalhar com muito conforto: peças de algodão, frescas para esse calor carioca, soltinhas e muito, muito coloridas. Achei que funcionaram bem com a intensidade dos tons das Poofys! Meu macete é escolher estampas que tenham cores em comum com as sandálias, o que faz o link perfeito entre elas!
A Thereza Chammas fez um tweet sobre uma marca famosa nos anos 00, a Espaço Fashion, que começou na igualmente saudosa Babilônia Feira Hype, que lançou tantas marcas que abalaram nossos corações. Aliás, a Espaço foi a primeira marca que fechou parceria comigo, no início do blog – saiu até notinha no jornal! Tenho roupas dela até hoje, de tanta coisa que eu ganhava todo mês, foram anos assim.
Ainda falando de moda anos 00, vcs lembram da Espaço Fashion? Surgiu junto com a Farm na Babilônia Feira Hype, bombava até no Fashion Rio e de uns 8 anos pra cá “desapareceu”? Sabia que as donas, irmãs Bastos, estão agora a frente de uma outra marca de forma bem mais low profile? pic.twitter.com/LaWhX9oBQw
Para além da informação que fizeram uma péssima administração e faliram sem pagar muita gente, os comentários nesse Tweet renderam boas doses de suspiros da moda nessa época, de marcas que a gente era cadelinha total e fecharam, deixando toda uma geração órfã.
No meu caso eu não tinha um tostão furado para comprar nessas marcas, MAS se teve algo muito bom nessa época, foram as lojas OFF das mesmas. Sendo assim, minha principal alegria era garimpar peças com preços inacreditáveis e postar em um certo blog de looks OFF…este aqui, claro hahahaha!
Quais marcas deixaram saudades?
Eu lembro demais da Equatore, nunca vou esquecer daqueles jeans PERFEITOS da marca, isso era anos 90 ainda! Amava uma frente única da adidas que comprei na loja, usava muito com minha calça de cintura baixa 😆
Eu era aficcionada pela Checklist, gostava muito das coisas da Shop 126, mas era muito cara pra mim – tinha uma coisa ou outra da liquidação. Outra que fez meu coração juvenil morrer de felicidade foi a icônica Yes, Brazil! que abriu loja no shopping perto de casa e tinha uma arara toda OFF: eu tinha umas 5 calças da marca que haviam custado uma bagatela, algo tipo 49,99 cada uma (adquiridas em tempos diferentes, claro)! Foram as calças mais estilosas da minha vida, pernas amplas (tinha uma que chamava pata de elefante) e modelagem impecável ❤️
Rio de Janeiro, Brasil 31/05/2010 – Desfile da Espaco Fashion durante o Fashion Rio – Verão 2011. Foto : Marcelo Soubhia / Agência Fotosite
Como não lembrar da maria bonita extra, outra marca caríssima, super hype entre as blogueiras, mas que me possibilitava realizar alguns desejos de consumo na loja OFF do centro do Rio, com preços muito muito muito bons! Gente, eu cheguei a comprar roupa por 50 reais lá!
Alguém aí babava na multimarcas Novamente, da Fátima Lomba? Começou no Shopping 45, da minha Tijuca, depois ficou anos numa loja que era um andar inteiro (e ficava acima da loja outlet da Maria bonita extra!) no centro da cidade, com uma curadoria de peças de estilistas ma-ra-vi-lho-sa. Saudade dos garimpos na época de bazar!
Relíquias do meu armário
Eu gosto de garimpar até hoje algumas peças dessas marcas em sites de usados, vocês sabem né? É algo que me traz satisfação inclusive, porque agora eu até posso comprar, coisa que não conseguia na época. Muitas são românticas demais, era a tendencia, mas dá pra aproveitar algumas coisas pela qualidade.
Sendo assim, ainda possuo relíquias dessas marcas até hoje comigo, e uso inclusive! Tenho uma saia da Yes Brazil, um tênis dourado que amo da New Order, algumas peças da Espaço Fashion e maria bonita extra, um vestido de festa lindíssimo da Clô Orozco…nossa, que delícia ter recordações materiais dessa época, um período tão criativo pra mim, mesmo com muitas limitações eu era feliz nos meus garimpos ❤️
E vocês? Quais marcas não existem mais e até hoje te deixa suspirando?
Outro dia estava tão quente, mas tão quente que, como todo verão carioca, olhei pro closet e esbravejei que não tinha nada fresco para vestir. Já rola meio que uma má vontade aí por conta do suadouro, rs, então eu sempre vou nas peças que me sinto segura, aquelas que uso há anos e sei que funcionam nesses momentos de pavio curto.
Escolhi uma blusa que eu adoro as cores e, apesar de ter mangas, é bem fresca, de um tecido muito leve e gostoso no corpo, toda em algodão. Sempre uso com bermuda branca e não tenho problema em repetir essa informação até não poder mais. Foi quando parei em frente ao espelho e me toquei há quanto tempo a tenho: nove anos! Comprada em um bazar em 2013 por 50 reais (achei caro na época, rs), mantida até hoje pelo conforto, por ser folgadinha, uma delícia mesmo.
A mesma blusa em dois momentos e duas Anas diferentes. 🙂
Comecei a reparar na quantidade de peças que tenho há quase uma década, e são elas que tomam boa parte dos meus cabides. Claro que muitas deixaram de servir e se foram ou estão guardadas sabe-se lá por que (talvez esperança de Nina usar? hahaha), mas as que tem como esticar ou são mais folgadinhas, permanecem. Eu tenho muito a sensação que não se fazem mais roupas como antigamente e agora eu tenho a certeza que virei a minha avó, hahaha! Mas de qualquer maneira muitas tem também muita sorte por terem sobrevivido, pois nem todo tecido aguenta o tranco do tempo, das lavagens, da falta de uso constante, do desgaste do dia a dia.
Em contrapartida perdi peças que eu achava maior investimento – duas blusas da Flavia Aranha, uma estilista eco, sendo uma de malha de linho e outra de organza de seda – compradas numa liquidação, mas ainda carinhas, que se desfizeram nessa retomada da vida. Não por baixa qualidade, pelo contrário, mas por não terem aguentado, com suas delicadezas têxteis, o corre da vida materna. Cumpriram seu papel em seis anos comigo.
Roupa boa que dura pode ser uma soma de fatores como: ótimo design, excelente qualidade de tecidos e acabamentos, cuidados na manutenção, pouca lavagem, ambiente livre de umidade. E isso não significa exatamente gastar muito com elas, nem ser algo de marca. ome aí sorte, tempo disponível e dinheiro para cuidar ou ter quem cuide, facilidade de ter numeração disponível nas lojas, um mercado que investe em roupas para mulheres magras (coisa que o mercado plus size rala pra conseguir, pq em sua maioria são pequenos empreendedores que não conseguem bancar tecidos melhores, por serem mais caros), não ter coxas grossas que fiquem roçando uma na outra, não ter um bebê pendurado o tempo todo na teta.
Obsolescência aqui, não!
Vejam, eu amo coisas de época, peças vintage, brechós e antiquários, guardo as louças da minha avó como relíquias e eu sou contra a obsolescência programada: meus computadores tem uma década de uso comigo, kkkkk, é sério! Fico triste quando descubro que ainda funcionam mas não tem como atualizar mais nada, acho um absurdo essa coisa de lançamento o tempo todo.
Mas também questiono muito esse discurso do durável, porque já vi marca grande ser desonesta e justificar que é culpa de quem lava o tempo todo as peças elas se desfazerem, e não a qualidade safada dos tecidos e acabamentos. O durável é atravessado por hierarquias e construções sociais: em famílias pobres, as roupas são muito bem cuidadas porque passam para outros familiares, que as herdam, e são sobrevivência de quem precisa estar alinhado pq tem medo de ser perseguido e morto por causa da cor da pele. Mas claro que ter peças duráveis também é mais sustentável, uma forma de não gerar mais demanda da indústria, nem mandar roupas para lixões como virou o Deserto do Atacama, vocês viram, que horror? 🙁
Lembro das consultoras ricas falando das roupas que duram. A gente enjoa e tudo bem, a gente quer mudar radicalmente pra tirar um ranço de uma vida com episódios de tristeza e dor, a gente aumenta de tamanho, tanta coisa pode mudar. É bom demais ter algo há tanto tempo, porque é economia de tempo e dinheiro, é ótimo se reconhecer no que se tem e não precisar buscar por aí, se frustrar, é a segurança de saber que aquela roupa cai bem em você, dá conta da sua rotina, é a solução para os momentos sem criatividade ou a escolha que você sabe que é certeira.
Que durem o que tiver que durar e que a gente possa sempre ter nossos momentos de segurança, novidade e alegria. Vou fazer render até onde puder.
Polêmica 😅: tenho visto muitos lookinhos com bermuda esportiva – a biker shorts – e top, complementados com jaqueta jeans grandona, camisa larga abertinha e até blazer. Nos pés, papete, tênis e até mocassim. Preciso dizer que não faz muito meu estilo, haha, não me gosto em roupa de academia e por isso não uso sem ser para essa atividade, nem pra fazer faxina em casa eu cogito, até porque acho zero confortável. 😆
Mas entendo que é prático demais. E quando levo Nina para brincar eu sento no chão, subo nos brinquedos com ela, me abaixo o tempo todo e, dependendo da roupa, meus movimentos ficam tolhidos e até formiga já mordeu minha bunda 🥲 Por isso, pensei: por que não tentar looks com essa bermudinha? Eu queria uma preta, mas vi mais sentido em comprar uma estampada, achei que daria uma graça ao que eu já estava meio resistente, rs. Essa tava na liquidação na Centauro, da Adidas!
Mostrei esses dias nos stories que continuo achando vibe academia, o q não curto. Segui então a sugestão de vocês e montei vários looks – só não tenho mais camiseta larguinha, me desfiz dela.
Hoje já pensei que de repente uma versão mais neutra, com fundo escuro, me agrade mais. E os looks que montei tem alguns aí – como o do colete – que vão até pro barzinho, achei elaborado demais pra pracinha, haha! Mas foi um exercício muito divertido, há tempos eu não ia pro closet empolgada para experimentar, tava com saudade disso! Não desgosto e no geral foi bom, eu tenho agora opção pra ginástica e para brincar com Nina hahahaha ☺️
Acho q se ela fosse preta eu estranharia menos, não sei. Aaaaaah, na real a maior vantagem foi que achei o meu bumbum mais empinado com ela, eu tava também precisando disso hahahahaahha!!
Vou postar aqui também alguns looks que curti:
Me contem, vocês usariam? Eu tô até cogitando fazer posts de onde comprar!
Durante a minha gravidez eu fiquei muito na dúvida sobre os sutiãs de amamentação. Não sabia que tamanho escolher, qual melhor modelo e acabei não comprando nenhum porque na época fiz uma publicidade para uma marca que ganhei também os sutiãs, que uso até hoje.
Achei bacana trazer esse assunto para cá porque vi marcas lançarem novos modelos e tamanhos maiores, mas conversei com algumas mulheres e ainda existe infelizmente uma limitação do tamanho em relação às medidas das costas e busto.
Bom, vou falar primeiro sobre critério para escolha e depois indicarei as marcas (lembrando que não testei as peças, mas pelo que conheço de algumas devem ser de muito boa qualidade).
Qual tamanho escolher?
Vamos lá: dependendo do tamanho do seu busto, se tem silicone, costas largas, você tem que escolher uma numeração confortável mas que te dê sustentação, porque a mama fica BEM cheia nos primeiros meses. Eu compraria no último mês de gestação, quando se está mais inchada, ou compraria medindo em loja as costas + busto para numerações mais precisas alguns modelos para os primeiros dias, depois, se for o caso, comprar outro quando o leite tiver descido.
Pensa também que você estará com um mini ser humaninho nos braços se esgoelando para mamar, hahaha, então dificilmente terá sempre auxílio nesses momentos, e o modelo precisa ser muito fácil de liberar a mama com uma das mãos.
Em algumas lojas elas medem o tamanho das costas, com busto e chegam às medidas intermediárias – na Liz Lingerie é assim, apesar de não terem tamanhos muito maiores. Entre em contato com as marcas de lojas físicas para poder medir, lembrando que o tamanho dos seios quase que dobra quando acontece a apojadura, que é a descida do leite após o parto.
Quais são os melhores modelos?
Bom, eu tenho os que soltam na alça, um que abre os botões na frente (da Liz Lingerie) e outro da mesma marca que é só puxar – e é o que menos gosto.
Tenho um com bojo e particularmente não gosto e não vejo necessidade. Com aro também não, mas aí vai da necessidade de cada mulher, mas lembre-se que esse período você tem que se preocupar mais com a condução da amamentação, o que pode ter alguns perrengues como hiperlactação, mastites, e candidíase mamária (essa acontece muito com peito abafado com materiais sintéticos ou aquelas conchas), além de ajustes na pega do bebê, cansaço referente ao puerpério, do que parte estética.
Mas, para muitas a sustentação é importante por causa do aumento do peso das mamas para evitar produção excedente de leite que pode engurgitar a mama e causar mastite, então o melhor é que as alças e tiras abaixo do busto sejam fortes o suficiente para te deixar bem. Eu, que tenho pouco busto, já sinto, imagina as peitudas!
A marca de produtos feitos à mão tem modelos lindos e com materiais super confortáveis, mas a grade é limitada do 38 ao 44. Tem em preto e branco e custa 195 reais. Retirei do site:
“Feito com tules apropriados para haver a rápida evaporação de líquidos ( transpiração, saliva e leite) e com média compressão para dar sustentação aos seios fartos e doloridos.
Além dessas duas característica importantes, ele tem elásticos de sustentação adequados para abraçar o busto, os ombros e o tórax dessa mamãe poderosa e também dois absorventes laváveis para conter o vazamento de leite.
É um produto social da marca Intensify.me e a cada um top vendido, uma calcinha é doada para uma mãe em situação de vulnerabilidade.”
Quando eu comecei a escrever esse post, semanas atrás (vida de mãe que só concluiu agora), a marca de lingerie plus size tinha uma opção de amamentação, mas agora não achei mais. 🙁 Vou perguntar a elas se volta pro estoque e atualizar aqui.
A marca de calcinhas menstruais lançou o sutiã absorvente, custa 159 reais e vai do P ao GG. Segundo o site “criamos o primeiríssimo sutiã absorvente reutilizável do mundo para proporcionar para as mamães segurança e conforto. o bralette, o nosso sutiã de amamentação, é sustentável, tecnológico e evita os vazamentos de leite. depois de usar é só lavar: dura em média 50 lavagens (mais ou menos 2 anos, dependendo da quantidade de peças que tem para revezar). todos possuem forro interno preto.”
Achei esse modelo o mais chic de todos! Adorei que tem opção mais elaborada, menos casual, apesar de não saber se é confortável ou prático. Segundo o site, é de poliamida, vai do tam 42 ao 48 e custa 99 reais. A marca tem outros modelos.
A marca de roupas especialista em maternidade também tem diversos modelos de sutiãs, esse inclusive estava com um preço bom, 59 reais. Segundo o site, é feito em poliamida, Apesar de não ter bojo nem armação de ferro ou plástico, possui uma modelagem e tecido que proporcionam muita firmeza ao seio.
A marca possui vários modelos com diversos fechamentos, a que apresentou maior variedade nesse sentido: tem modelo envelope (foto acima), tem com botões em fecho de clique na frente, tem versões também mais elaboradas, com rendas e bojo. Custam em média de 150 a 220 reais.
Custa 150 reais, vai do P ao GG e, segundo o site: “Um sutiã de amamentação versátil e que acompanha o crescimento dos seios, por isso pode ser usado do início da gravidez até o pós- parto. O fecho click frontal facilita a amamentação com conforto para você e para o bebê. Possui alças e laterais mais largas, dando sustentação para os seios com total conforto. Combine com as calcinhas da linha Gestante durante a gestação e com as peças modeladoras Control no pós-parto.
– Fácil abertura frontal com fecho click – Laterais e alças mais largas – Sustenta seios mais pesados – Tecido suave e elástico acompanha o crescimento dos seios – Abertura nas costas com 3 regulagens – Sem costuras laterais – Poliamida Sensil® super macia – Exclusivo tratamento hidrófilo que deixa sua pele respirar livremente”
A marca de roupas de ficar em casa chics, rs, também tem a linha maternidade e essa peça é cara, custa 230 reais e é de algodão. Tem preto, branco e cinza e tam do 42 ao 48. Tem mais dois modelos disponíveis.
Segundo o site “Sutiã de amamentação sem aro e sem bojo, em algodão macio com elastano e detalhes em renda aplicada manualmente. Alças com fecho click que possibilitam a abertura total para facilitar a amamentação.”