Marcas de joias e bijuterias no caminho consciente

É inegável reconhecermos que as discussões sobre consumo consciente e impacto ambiental vem pautando cada vez o mundo da moda. Sim, ainda temos um looongo caminho pela frente. Na maioria das vezes, nos preocupamos com o processo de produção das roupas. Às vezes também rola o questionamento sobre os métodos de confecção das nossas bolsas e sapatos, mas até outro dia, eu nunca havia me perguntado sobre as minhas joias ou bijuterias.
Em uma olhada rápida, vi que desconheço as condições em que a maioria dos meus brincos, colares e pulseiras foram feitos, mas acredito que muitos deles vieram da China, provavelmente às custas de trabalho escravo ou infantil.
Pensando nisso, apresento neste post alternativas para quem está buscando sair da mesmice também nos acessórios. Algumas destas marcas abriram suas fábricas nas redes sociais para responder à pergunta inspirada pelo Fashion Revolution: Quem faz as suas bijoux? Outras fabricam peças sob medida ou com material reaproveitado, ajudando a reduzir o impacto de lixo tóxico na natureza. Os materiais, estilos e meios de produção são diferentes, mas a intenção é uma só: diminuir os impactos socioambientais na criação de novos produtos.

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Josefina Rosacor na campanha do Fashion Revolution

Josefina Rosacor
Foi uma grata surpresa ver as postagens da marca nas redes sociais apresentando seus funcionários de diversos setores e mostrando um pouco mais do processo de produção das peças (eu podia jurar que a loja era apenas uma revendedora). Com 15 lojas espalhadas por quatro cidades do Rio de Janeiro, a rede de franquias vende, além de bijuterias, bolsas, sapatos, óculos de sol e itens de decoração. As referências são em sua maioria bem românticas, como brincos e pingentes de objetos fofos, frutas e doces, por exemplo.
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Com um conceito a ser inspirado em cada coleção os designers Eduardo Aiello e Alex de Oliveira vem, há 15 anos, fazendo os chamados “objetos de objetos”. A partir de viagens e garimpos em lojas de antiguidades são criados brincos, colares e anéis em formatos únicos e exclusivos, confeccionados muitas vezes após a desconstrução de outros objetos.
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As obras de arte da Montageart

PP Acessórios
O que para a indústria calçadista é considerado lixo – o excedente do couro que seria descartado -, para a PP Acessórios é a matéria prima de todas as suas bolsas, carteiras e pulseiras. A marca possui uma loja-atelier em Porto Alegre, onde é possível acompanhar parte da produção, e também uma loja em São Paulo. Por se tratar de um processo totalmente artesanal, as lojas não possuem estoque, recebem apenas as peças (que são, em sua maioria, exclusivas) produzidas na semana.
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Estúdio Ripa
A Ripa mescla a versatilidade da prata com a ideia ecologicamente correta de usar madeira de reflorestamento e restos de madeira doados por marceneiros e designers. A madeira é manualmente “lapidada” e “cravejada” nos anéis e brincos, podendo também utilizada como pingente nos colares. Em todas as peças vem explicado o tipo de madeira utilizada, o que é bem bacana para quem quer saber melhor de onde veio a matéria prima das suas joias.
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Sassy Joias
Com suas “joias que contam histórias”, a Sassy é a marca mais nova dessa lista. Criada há pouco menos de um ano, todas as peças são feitas à mão em prata, podendo receber banho de ouro tradicional ou rosé. Poucos são os modelos de peças em estoque, pois o grande barato da marca é deixar que o cliente escolha o recado que ele quer dar em seus anéis, cordões ou pulseiras. Os tamanhos são sob medida – quem tem dedos, pulso e pescoço mais gordinho pode se jogar sem medo -, e a Gabi, ourives responsável pela marca, faz também peças desenhadas exclusivamente de acordo com que é pedido.
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Nenhuma dessas empresas utiliza mão de obra barata e a maioria das peças é feita de maneira artesanal, por isso os valores são mais altos que o que estamos acostumadas a ver nas varejistas por aí. A dica da Ana no post sobre investir em peças que vamos usar muito também vale para os acessórios, tá?
Quem mais podemos acrescentar nessa lista? Contem as suas marcas preferidas!

Rolé na web: marcas de lingerie para todas

Do fio dental à hot pants, comprar calcinhas tá longe de ser tarefa das mais fáceis. E o que dizer dos sutiãs, que podem vir com ou sem bojo, strappy, transparência, bordados e outras tendências?
Como na maioria das vezes não há a possibilidade de experimentarmos lingeries nas lojas, hoje apresentaremos opções de lojas virtuais que oferecem peças sob medida ou com uma grande variedade de modelagens para corpos diversos, não importa o tamanho do seu manequim ou seu estilo preferido de lingerie.

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Campanha da Tulli

A maioria das marcas indicadas são pequenas empresas de mulheres empreendedoras, que fabricam artesanalmente suas peças e se preocupam com conforto sem seguir padrões. Em seus catálogos, o respeito à diversidade de corpos que contam histórias de grandes mulheres, mostrando o quão importante é estar confortável com o próprio corpo e deixando para trás a ideia de que lingeries necessariamente precisam ser sensuais para deleite masculino.
The Bralette Boutique
Com apenas dois anos de funcionamento, a marca consegue captar tendências e fazer catálogos que mostrem bem o caimento das peças em corpos completamente diferentes, além de contar a história pessoal de cada modelo e a relação delas com o próprio corpo. Todas as peças são confeccionadas à mão, e sob medida. As novidades do site feitas com o queridinho da estação, o veludo. Ah, no site você ainda conta com uma super ajuda para tirar suas medidas.
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Campanha da Bralette Boutique

Lacelab
A Lacelab é uma marca de lingerie que busca valorizar o corpo da mulher ao natural. A maioria de seus sutiãs não possui bojo, mas contém alças que ajudam no controle de ajuste entre tamanhos de busto e costas. Suas peças possuem uma pegada bralette, quando a lingerie pode simplesmente ser usada sem blusa por cima. Além de calcinhas, a marca possui bodies e camisetas para mulheres que gostem de ousar mais com transparências em seus looks.
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Campanha da Lacelab Intimates

For All Types
A For All Types entrou no mercado da moda Plus Size para aliar modernidade, conforto e praticidade. A marca -que fabrica peças acima do 46 e não tem tamanho máximo- faz peças inspiradas nas novidades do mercado da moda regular, e ensaios conceituais inovadores no mercado Plus Size. O grande objetivo da F.A.T é o conforto do corpos maiores, já que calcinhas de cós baixo, por exemplo, machucam mulheres que tem dobras na região da cintura.
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Peças da F.A.T

GG.rie
Apesar do nome, a GG.rie não atende só tamanhos grandes. A idealizadora da marca revende lingeries que vão do manequim 38 ao 54 em diversas feiras e bazares do Rio de Janeiro. A GG.rie tem diversos tipos de calcinhas, da malha à renda, espartilhos, camisolas e baby dolls, para que a hora de dormir também conte com conforto e estilo.
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GG.rie e CanCan Store

CanCan Store
Ligada nas tendências e visando um público mais jovem, a CanCan possui um catálogo de peças fofas e com referências à super heróis, que primam pelo conforto e praticidade. Muitas de suas lingeries são perfeitas para serem usadas com blusas e vestidos transparentes, uma das maiores tendências deste inverno. Os tamanhos vão do 34 ao 58, mas a marca também faz peças sob medida, além de produzir uma linha diferentona de moda praia.
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Campanha da Linge

Linge
Marca cearense com preços super justos e produção artesanal. Vários modelos da marca não têm bojo e nem arame, além da gama linda de tops rendados inclusive para quem está amamentando, com preços máximos de R$79. As calcinhas são uma graça e custam desde R$14 até R$25. A Ana já comprou e ganhou alguns itens deles, tem relato dela aqui nesse post.
Loungerie
Foi a primeira marca a trazer para o Brasil o conceito norte americano de tamanhos de sutiãs, que permite uma combinação de tamanho da taça e tamanho do tórax. A Loungerie veste até o tamanho 52 e tem peças mais confortáveis para o dia a dia, e também aquelas mais trabalhadas para ocasiões especiais. A média de preço de um sutiã é R$80,00, o que não é caro, se considerarmos o tempo de vida útil das peças da marca. A Loungerie possui também lojas espalhadas em 18 cidades do Brasil.
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Mulher trans em campanha da Tulli

Tulli
Com um showroom aberto ao público em Copacabana, a Tulli tem uma das campanhas mais diversas no ramo das lingeries. Já passaram pelos catálogos da Tulli mulheres gordas, magras, negras, tatuadas, trans, idosas, pós-mastectomia. A diversidade está presente também nas peças vendidas, que vão de calcinhas simples à saídas de praia. A Tulli conta também com um serviço de assinatura em que você paga mensalmente e recebe uma peça surpresa, renovando sempre o estoque de peças no seu armário!
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Mulheres e corpos reais nas campanhas da Tulli

É sempre bom frisar que lingerie também é roupa, e como tal, para “cair bem” no seu corpo, o segredo é que ela esteja confortável, tá?

mari-rodrigues-hoje-vou-assim-offMariana Rodrigues
Carioca, 29 anos, gorda. Tagarela de carteirinha, fã de chá gelado e viciada em bons debates na internet. Apaixonada por moda e televisão, escreve sobre esses e outros assuntos também em seu blog aquelamari.com

Guia de tendências para este inverno na moda Plus Size

Houve um tempo em que mulheres que usam manequim acima do 46 tinham dificuldades em encontrar tendências de moda que as vestissem. Sim, por muito tempo ficamos reféns dos tecidos de baixa qualidade, cortes esquisitos e estampas de gosto duvidoso.
Há cerca de dois anos, se uma gorda quisesse uma peça considerada “da moda”, teria que pegar inspirações nos catálogos regulares e pedir para uma costureira fazer. Agora não mais. Para o próximo inverno, marcas com diversos tamanhos e faixas de preços oferecem tudo o que você vê nas passarelas e nas vitrines.
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Veludo

As marcas enlouqueceram e estão socando veludo em tudo. Além de peças de roupas, calçados, bolsas, bijuterias, adereços de cabelo e tudo mais que conseguirmos imaginar tem pelo menos, um toque aveludado. A blusa de alcinha tamanho EXG é da NaBeca Tamanhos Reais, e combinou com outra novidade que veio com tudo, falarei dela logo abaixo!

Onde comprar peças em veludo em tamanhos Plus Size?
Rouge Marie
Julia Plus
VK Moda Plus Size

Metalizado

Aparentemente, no inverno passado os sapatos serviram de introdução para peças metalizadas que se vêm se multiplicando nas araras desde a coleção de verão. Essa saia que eu usei na foto é da coleção regular da Renner (meu manequim é 54), tamanho G. Além da dourada, a Renner tem também versão dela prateada (mostrei no post de garimpo que fiz aqui)

Onde comprar peças metalizadas em tamanho Plus Size?
Ashua
Oh,Querida!
Xica Vaidosa

Bomber

Desde o inverno passado, tomou o posto de casaco queridinho até por quem não tem um estilo tão esportivo. Com uma pegada College, direto das escolas norteamericanas, a jaqueta é geralmente é implacável contra o frio, além de ser confortável e básica. Eu tô apaixonada por essa da Ashua! Por ser neutra, acho que rola até com um look mais arrumadinho, pra dar uma quebrada na formalidade.

Onde comprar Jaqueta bomber em tamanhos Plus Size?
Posthaus
Chica Bolacha (all sizes!)
Flaminga

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Slip dress

Na onda das referências aos anos 90 que desde o ano passado andam nos revisitando, o slip dress chegou para ficar neste inverno. Trata-se de um vestido simples de alcinha, que pode ser usado só com sutiã, ou, como invadiu as ruas, com uma camiseta básica por baixo. O modelo tem esse nome por lembrar uma camisolinha, apesar desse que eu estou usando – também de veludo, da NaBeca Tamanhos Reais – ter mais cara de balada mesmo.
Nesse look eu aproveitei para usar também uma meia soquete arrastão, que veio com tudo para o inverno. A minha eu comprei na Renner, mas se você curte em versão meia-calça, o Clube da Meia-Calça tem modelos que vão até o manequim 64.

Onde comprar Slip Dresses em tamanhos Plus Size?
Chica Bolacha (all sizes!)
Xica Vaidosa (all sizes!)
NaBeca Tamanhos Reais

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Transparência

Mais uma tendência ditada por Kim Kardashian e suas irmãs! Com uma pegada mais sensual e deixando muitas vezes aquela lingerie linda aparecendo, a transparência vem com tudo pra você que como eu é calorenta. Dá pra usar uma blusa ou vestido de manga comprida, porque os tecidos de peças transparentes geralmente são bem fininhos. Como não é algo que faz parte do meu estilo, e nada do que eu vi realmente me atraiu, vou ficar devendo o look com transparência para vocês.

Onde comprar peças com transparência em tamanhos Plus Size?
Chica Bolacha (all sizes!)
Posthaus

Como vocês podem ver, algumas vezes a tendência aparece mais de uma vez em uma mesma peça, e às vezes até em um mesmo look – como foi o caso do Slip Dress de veludo. O importante mesmo é sacar bem seus gostos e seu estilo, para saber se você possui peças que vão combinar com essas tendências e fazer com que essas novidades habitem seu armário por bastante tempo.
Quais peças você usaria? Tem algo nesse guia que não usaria de maneira alguma?

mari-rodrigues-hoje-vou-assim-offMariana Rodrigues
Carioca, 29 anos, gorda. Tagarela de carteirinha, fã de chá gelado e viciada em bons debates na internet. Apaixonada por moda e televisão, escreve sobre esses e outros assuntos também em seu blog aquelamari.com