Quatro filmes para mudar sua visão sobre pessoas e consumo

Uma vez eu estava falando sobre a necessidade do consumo consciente para um grupo e o quanto é um processo mudarmos nosso pensamento, quando uma pergunta surgiu:

“– Mas não tá meio que modinha falar de consumo consciente? Não é tipo uma tendência de moda que daqui a pouco todo mundo vai largar pra lá e voltar a comprar tudo de novo?”

Sim. Está super em alta falar de comprar de quem faz. De perceber a origem das suas roupas e se negar a consumir. Sim, deve ter alguém se aproveitando para falar disso e obter likes.

Eu que o diga, né? Se quando eu comecei o blog era mal vista por falar de se vestir bem sem gastar muito, agora o que tem de gente defendendo essa bandeira porque viu que esse é o futuro, não tá no gibi, hahahaha!

Mas a questão é que não se trata de mais uma tendência, mas de uma necessidade real: ou a gente toma uma atitude ou FERROU. E ferrou feio!

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foto retirada do Roupa Livre

E não é bom, de certa forma, termos esse assunto sendo discutido em todos os meios, em vários veículos? Das pessoas serem impactadas por esse tema, não importa se por modismo ou por consciência? E o fato é que uma vez impactadas, a percepção muda, mesmo que inconscientemente. Ela passa a sentir na pele a diferença de usar uma roupa de tecido natural. Ela vê o quão interessante é garimpar por brechós para economizar e garimpar peças exclusivas. Começa a olhar com outros olhos quando entra em lojas com quantidades absurdas de roupas e a se questionar, mesmo que lá no fundinho “Será mesmo que eu preciso comprar mais?”.

Por isso quero indicar pra vocês alguns videos e filmes que estão me ajudando a melhorar mais e mais a forma como eu compro – como eu já disse, é um processo não muito fácil, mas eu quero cada vez mais a minha balança pendendo mais pro bem do que pro mal.

O primeiro tem 10 minutinhos e foi elaborado pela Box1824, que é uma empresa de pesquisa especializada em tendências de comportamento e consumo. Ele contextualiza bem o quanto fomos massacrados pela indústria da propaganda para consumir e aquecer as indústrias e agora as nossas necessidades mudaram pra sempre, pois estão diretamente relacionadas a perpetuar nossa existência.

The rise of lowsumerism (legendado) from Box1824 on Vimeo.

O segundo é bem curtinho, mas tão impactante quanto: Mari Pelli, do coletivo Roupa Livre, está morando na Tailândia e visitou um dos grandes depósitos de roupas usadas em Chiang Mai e a quantidade é tão absurda que nos convence na hora de que já existem roupas demais no mundo. Abrindo aspas pra fala dela, “pilhas e mais pilhas com todo tipo de peças à venda por preços absurdamente baratos (bermudas tipo alfaiataria por R$ 2.50, por exemplo). Uma boa parte delas em ótimo estado de conservação e com muita vida útil pela frente. Era preciso uma enorme dose de boa vontade pra se enfiar, literalmente, nas pilhas pra explorar. Os Tailandeses são super adeptos da cultura de usar as coisas até o fim e reutilizar ao máximo.

Esse vídeo e o texto dela nesse post nos faz pensar que somos sim responsáveis pelas roupas até o fim da sua vida útil. Para onde elas vão depois disso? As que não tem chance de serem doadas, como pode ser feito o descarte? Como reaproveitá-las de alguma forma?

O próximo é o filme mais comentado e o mais conhecido: The True Cost, que mostra quem realmente paga o preço das roupas que compramos. Um soco bem dado no estômago da gente. Esse não tem opção de não querer assistir: é necessário! O filme está disponível no Netflix.

E o documentário Human é sobre, literalmente, humanismo. O que nos define como seres humanos, nossas experiências, nossa existência, nossa curiosidade? Foram coletadas mais de 2 mil histórias de homens e mulheres para captar relatos sobre amor, homofobia, pobreza, riqueza, futuro e é de uma sensibilidade absurda. O VOL.1 trata dos temas do amor, das mulheres, do trabalho e da pobreza e tem uma fala consagrada do ex-presidente do Uruguai, José Mujica.

Sensível, pungente. Assistam!

Para incluirmos cada videozinho desses na programação da semana e nas nossas vidas 🙂

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