As mudanças dos tecidos da C&A e Renner

Estava zanzando pelo site da Renner para uma pesquisa, quando me deparo com um guia de tecidos feito pela marca, esmiuçando tudo sobre os diversos tipos de fibras têxteis que são encontrados nas suas roupas, com os prós e também os contras!
Eu fiquei tipo QUE? A Ana de 2012, que começou lááá atrás a falar abertamente sobre tipos de fibras, ficaria impactada demais! hahaha!

Retirei do site da Renner esse trecho em que eles ressaltam a importância de ler a etiqueta:

“Antes de mergulhar no nosso pequeno dicionário de tecidos (escolhemos aqui os mais comuns no armário), vale lembrar que as fibras podem ser naturais ou sintéticas. Outro lembrete importante é que a composição das roupas nem sempre é apenas de um material. Assim, podem haver misturas (o elastano, que aumenta a flexibilidade, é um mix frequente). Tudo isso consta nos descritivos das peças da Renner ou no link dos produtos. Depois da leitura, checar a etiqueta vai, sim, virar hábito!

Depois eu entendi que essas explicações vinham acompanhadas da descrição do Re Malha para promover essa política de economia circular da loja, que eles têm adotado inclusive na Ashua, marca plus size da rede. A Re Malha é o tecido feito com reaproveitamento de resíduos gerados pela cadeia de fornecimento da Renner. Eles usam as sobras doadas na sua caixa de descarte de roupas (que falei dela aqui). Com as sobras, eles reaproveitam algumas para desfibrar as selecionadas e processar para se tornarem fibras novamente, onde serão mescladas com algodão virgem, para virarem roupa e serem comercializadas nas suas lojas.
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Achei MUITO bacana a iniciativa, assim como da C&A, que têm também projetos importantes de sustentabilidade: além da sua política de descarte têxtil (também falei sobre aqui), estão com o objetivo de ampliar a oferta de produtos feitos com matérias-primas mais sustentáveis de, até 2020, 100% dos produtos de algodão serem feitos com algodão mais sustentável e 67% de todas as matérias-primas que utilizam em todos os produtos serão de origem mais sustentável.
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Claro que tudo isso faz parte de estratégias alinhadas com os novos desejos dos consumidores, da mudança que observamos nas próximas gerações em relação a práticas mais sustentáveis, origem dos produtos, descarte, economia circular.
As marcas de fast fashion têm investido pesado nessa mudança, além de se associarem a influenciadores que abordam o tema. E que ótimo isso! Principalmente se levarmos em conta que os produtos têm preços acessíveis (lembrando que eles trabalham com escala industrial, por isso conseguem ter preços menores) e que esse pensamento e atitudes podem chegar, através dessas lojas, em locais que não têm fácil acesso a marcas de slow fashion.

Mas economia circular não é só sobre reciclagem

Economia circular é menos sobre reciclar e mais sobre reduzir resíduos e prolongar o uso dos materiais, tornando eles mais duráveis, não gerando necessidade de compra o tempo todo. De acordo com o site Modefica, isso se refere a prolongar também o uso desses produtos (ou seja, não lançar tanta novidade o tempo todo e tanto desejo de compra), a melhorar o design deles para reduzir o impacto alto da sua produção, com itens não só bonitos, mas duráveis, como desenvolvimento de tecidos de poliéster que soltem menos microplásticos, e a regenerar os sistemas naturais.
O selo que eu ainda gostaria de ver nessas lojas seria o de Fair Trade, que é o comércio justo, prática de uma política de remuneração na cadeia de fornecimento e de desenvolvimento desses produtos mais justa para todos os lados.
Você comprou ou teve acesso alguma roupa dessas linhas? O que achou? Quero dar uma passada nessas lojas para ver de perto!

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