Minhas impressões da coleção Andrea Marques/C&A

Opção com legging e com casaquinho para quando o tempo virasse:

Ana veste:

Vestido Andrea Marques para C&A – 79,90
Cinto O Artífice – 15,00
Colar ManifestA – 38,00
Bolsa Asos – 100,00
Legging Espaço Fashion que ganhei da marca
Cardigan Maria Filó para C&A – 69,90

fotos: Eduardo Rocha 

Eu estava cogitando não me prolongar sobre esse assunto, mas algumas leitoras pediram tanto e perguntaram o que eu comprei! Aliás, achei uma fofura vocês comentarem no post do preview as suas impressões e relatarem o que compraram! 🙂

Vamos lá: na loja em que fui teve reposição no meio da manhã e as araras ficaram cheias para quem chegou mais tarde. Soube depois que nas outras lojas não foi assim.

Consegui as camisas com estampas de caveirinhas, a rosê e a preta. Tinham as estilo bata, mas preferi as camisas mesmo. Contudo, ainda vou pensar se fico com as duas…meio exagero duas blusas com a mesma estampa! Todo mundo também comentou por serem de viscose e amassarem com facilidade, mas a Dani observou bem: para cidades quentes, mil vezes melhor ter camisa de viscose que de poliéster!

Comprei também a camisa branca (sempre é bom ter uma de reserva!), dois vestidos: o rosa de flores e alcinha, que me deixou magra, haha, e o preto com flores brancas, verdes e azuis (o de hoje!). Além disso arrematei o cinto dourado de fivela de encaixe e a camisa tipo bata laranja.

Achei a numeração maior que o habitual, exceto as calças. Os paletós/blazers achei enooormes! Preferia um estilo mais sequinho, mais acinturado, eles praticamente me engoliram. Mas pode ser também porque eu já tenho blazer preto e branco no armário, seria exagero levar mais.

Gostei do caimento das peças, tirando uma ou outra que não vestiu bem em mim. Eu queria a bermuda branca, mas a achei transparente demais.

Esse vestido de hoje eu acho lindo, mas senti falta de um forro! Não gostei dos vestidos de coqueiro em mim, mas isso varia de gosto – e de corpo!

No geral fiquei bem satisfeita com a coleção. As camisas valiam muito a pena, assim como algumas peças mais básicas, como as calças. Não morri de amores pelas bolsas. Achei o caimento das peças bem bom, apesar de um ou outro detalhe que descrevi acima.

De qualquer maneira, sempre teremos observações a fazer. Eu fui em três lojas e em todas algum item da coleção acabou não indo. Não vi nem sombra dos cardigans, e não é porque acabaram não, simplesmente não foram para as araras. Em algumas cidades, como Curitiba, faltou também os vestidos, exceto os de coqueiros (como bem relatou a leitora Vivi). Parece que em cada loja faltou alguma parte da coleção. Levei os cabides, mas comprei em 2 lojas diferentes e não me deram as sacolas especiais da coleção. Os cintos prata e dourado vendidos juntos? Lenda.

Os preços estavam ótimos, preço de C&A mesmo. Coisa que eu só vi anteriormente na coleção da Maria Filó. E justamente nessa coleção eu reparei a origem das peças nas etiquetas: made in China. A mesma coisa para essa coleção. A Claudia Cruz, leitora do blog, chamou também a atenção para essa nova logística.

Pois é, gente, a maior parte do que consumimos vem de lá. Se nos acostumamos com o “indústria nacional” impresso nas etiquetas, ao mesmo tempo não conseguimos mais acompanhar o aumento da inflação, taxas e impostos que sobrecaem sobre as indústrias. Nosso bolso não aguenta mais tanto aumento. E como as empresas continuarão a manter os preços mais acessíveis?

Bingo: China. E para as que estão acostumadas com a Zara, também tem Vietnã, Marrocos, e até bolivianos em nosso próprio país. Mas claro que existem grandes empresas querem só manter a margem de lucro e, como disse a Marisa nos comentários, aumentam os preços, exploram e importam produtos chineses, colocando preços altos nos produtos finais apenas para ganhar mais em cima disso….não sei se meu pensamento está correto, comentários sobre o assunto de alguém que entenda mais dessa parte serão muito bem-vindos. Adoro debates e adoro aprender.

Na sexta fui a um ciclo de talkshows sobre moda sustentável do Instituto Rio Moda e um dos participantes foi o estilista Ronaldo Fraga. Dentre tantas pautas debatidas, ele ressaltou que não existe criação em moda sem estímulo a pesquisa, e isso é urgente por uma questão econômica. Temos um potencial em cultura e material e parece que estamos sendo engolidos pela produção oriental em massa. E os a indústria chinesa cada vez mais se especializa em design: estão aprendendo a criar, após tantos anos copiando. E querem ser os melhores! Como faremos frente a isso? Valorizando nossos produtos, nossos designers. Infelizmente uma gestão que deveria ter incentivo fiscal, apoio governamental e intervenção para que essa indústria volta a produzir e a criar suas próprias ideias, ainda é inexistente. Bom, palavras que repliquei do Ronaldo, mas o que vocês pensam disso?

É uma questão que deveríamos pensar e nos questionarmos até quando consumir moda será apenas o ato de comprar por comprar.

Bom, deixem aqui suas impressões sobre o assunto! 🙂 Quem comprou o que, o que acharam, principalmente quem está na cidade que não recebeu a coleção: reclame!

Update: Para quem, assim como eu, quer saber mais sobre o assunto de China e incentivo fiscal, tá rolando um debate muito bom nos comentários. Quem tiver mais matérias/textos sobre o assunto, agradeço demais se puderem compartilhar.

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