Eu me visto pra mim

Durante algum tempo eu me vesti pros outros. Em uma década de blog, por um período eu vesti o que poderia dar audiência, o que ninguém estranharia, tinha receio de parecer ridícula demais com minhas experimentações.
Durou pouco. Não é possível sustentar por muito tempo quem não somos, na essência.
Durante algum tempo eu tinha receio de parecer fútil ao contar que trabalhava com moda. Já me justificava, falava que tinha conteúdo, que não era nada superficial.
Durou pouco. Moda é parte da história da humanidade, e parte essencial para contar essa história. E por que tudo relacionado ao feminino é subjugado?
Bato no peito, puta orgulho de fazer o que faço, de contribuir com a essência de tanta gente.
Hoje, eu me visto pra mim, eu trabalho pra mim. E procuro nunca mais me distanciar do que me faz feliz. 🌟
red
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Vestido Karamello
Sapatilha Estúdio NHNH
fotos: Denise Ricardo

Foto assim, meio na penumbra rubra, luz bem aquecida, para acompanhar à altura esse look vermelho. Eu tenho visto tantos looks nesse tom colorado (referências diretas a la casa de papel e wild wild country?), que ando com desejo de vários assim no meu guarda roupa. E não é à toa: a cor roja tem simbologias muito boas, de força, poder, paixão, amor, luta, intensidade.
Tenho vivido um pouco disso tudo aí, acho que por isso tenho tido esse magnetismo pelo tom, que também está relacionado ao nosso sincretismo, essa energia pombagiresca, que transforma, inflama e faz e acontece.
Acho que todo mundo deveria experimentar desse poder interno, esse que vem das vísceras e nos move sempre adiante. Roupa, meus amigos, apenas acompanha o que vem de dentro pra fora. ⚡️⚡️

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