Semana do vestido – dia 2

Depois de mais um episódio de terror com o servidor do blog (ô urucubaca!), voltamos com a semana dos vestidos! Esse tem uma historinha em particular, que conto após as fotos! 🙂

Separei mais um vestido que estava encostado e logo o imaginei com um blazer por cima. Adoro a sua textura, ele simula o brilho do couro mas na verdade é algodão resinado! A tarefa era torná-lo usável para o trabalho, por isso a terceira peça. Mas senti falta de uma cor…e por incrível que pareça, derrubei mais uma cisma: mandei um lenço na cabeça! 🙂

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Pra mostrar o vestido sem o blazer:

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Só que ontem o tempo virou, estava horrível, um friooooooooooo! E agora, José? E agora que nós vamos improvisar!

Camisa branca por cima, com nozinho para acinturá-la e abotoada até o pescoço, pra proteger do vento gelado e fingir que é só estilinho, rs! O lenço continua, pra aquecer as orelhas de quem é desprovida de um cabelo comprido. Legging bem quentinha e texturizada para acrescentar a bossa que todo mundo comenta. E como sou tosca, sapatilha, pra deixar os pés gelados! hahahaha #errei.

Eu já sei que nem todo mundo vai gostar dessa versão, mas acho que fui bem criativa, de verdade! 🙂 Sei que, apesar de odiar meia-calça, realmente teria ficado melhor, mas foi mais forte, detesto meia-calça, odeio aquela textura! rs E não tem jeito: eu tento sempre sair do óbvio, mesmo que não seja o visualmente mais agradável. 🙂

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Vestido Leeloo – 90,00
Camisa Folic – armário da mãe
Blazer Stella McCartney para C&A – armário da amiga
Lenço comprado em brechó de Florença – 5 euros
Bolsa Aremo que ganhei da marca
Sapatilha Vizzano – 79,99
Scarpin Santa Lolla para C&A – 39,90

fotos: Ju Araujo

Eu acho esse vestido lindo, mas estava parado há tempos no meu armário por um motivo visível nas fotos: ele ressalta a minha barriguinha. Quando o comprei, tinha feito essas dietas que algumas nutricionistas recomendam, sem glúten, sem lactose, sem gordura e açúcar. Comia bem apesar da restrição de vários itens e, sem fazer exercícios, perdi 5kg e estava vestindo manequim 36 novamente. Mas e aí, depois que ganhei peso de novo, deveria me desfazer dele? Resolvi jogar isso pro alto e arriscar.

Fui mega magricela a vida inteira e odiava isso. Nenhum garoto queria ficar comigo! hahaahah! Era triste toda hora alguém vir comentar da minha magreza. Mas o tempo foi passando, continuei comendo no mesmo ritmo mesmo parando de ser atleta e, quando me dei conta, estava barriguda.

Claro que ninguém sustenta uma dieta com tantas restrições e meu prazer de sempre era comer. Engordei tudo de novo e posso dizer? Graças a Dios!!! Se vocês pegassem umas fotos mais antigas minhas, veriam a diferença! Fico estranha magra demais, amo minhas coxas roliças, minha pancinha de chopp e todas as gordurinhas que fazem ser quem eu sou hoje! Sou alguém feliz ao se olhar no espelho e que aceita (ou tentar aceitar) suas imperfeições. 🙂

Óbvio que, apesar disso, nenhuma mulher quer ficar balançando a pança pra geral ver, hahahaha, por isso atraio o foco para os pontos fortes do meu corpo quando me visto. Mas o que eu quero dizer com isso tudo, é: não deixe de fazer nada nem usar o que quer porque acha as suas pernas muito finas, as suas coxas grossas, as costas largas, o nariz torto, o braço cheinho, e por aí vai!

Imaginem só vocês: deixei de usar várias roupas por causa da minha barriguinha, deixei de usar biquini, de ir a praia com as amigas por vergonha, comprei várias blusas soltinhas. Deixei de me divertir com cada uma das pessoas que amo e de ser feliz por conta de um padrão besta, que pode até matar! Acho lindo quem se supera, vence o cansaço e vai malhar, perde peso e se sente mais bonita assim. Mas cada um é cada um, eu não seria jamais feliz sem comer de vez em quando uma pizza! Eu tento manter um equilíbrio: adoro comida natureba, pego leve durante a semana e vou malhar pra compensar meus chopps e fortalecer as carnes! Pronto, sem culpa, nem obsessão, se eu perder a pança, beleza, senão, vamos em frente porque existem problemas maiores que essa. Até porque, vamos cair na real, eu continuo magra, só que com um upgrade, hahahaha!

Por isso, galera, vambora nos permitir. O vestido marca a barriga? Ok. Sei que existe cinta modeladora, mas a pessoa aqui não estava afim de espremer o estômago, então vamos aceitar isso e sermos bonitas à nossa maneira!

Hoje de tarde, enquanto fazíamos as fotos, várias pessoas vieram elogiar minha roupa, sussuraram ao pé do ouvido o quanto eu estava bonita, pararam pra conversar, sorriam. Certeza que só eu e minha paranóia poderiam me impedir de viver um momento bacana como esse com meu look de hoje.

(E para vocês verem como esse padrões impostos pela mídia levam a gente à loucura: se bobear poucos perceberiam barriga, a unha por fazer, cabelo pra pintar e etc, se eu não falasse. Procurando bem, todo mundo tem pereba, tem cicatriz, tem barriga, tem compromissos, tem pelanquinha, tem pentelho. Esse é o normal, e é por isso que eu sempre lembro da ciranda da bailarina) 🙂

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