A parede e a roupa da gente.

Essa paredona vazia, ausente de quadros, ainda não me incomoda. Prefiro pensar que, aos poucos, ela terá seu tempo de receber adornos, de se perceber inteira ela. Uma parede que aguarda pacientemente seus melhores acessórios é a metáfora que peguei para mostrar que podemos ser como ela: telas em branco, desnudos de interessância, para não desviar o foco e nos voltarmos mais pra nossa essência.

Entender o que realmente gostamos, o que nos veste bem, o que completa a nossa aparência em frente ao espelho, também é um processo. Às vezes furamos errado e aquele quadro não se encaixou lá – mas tapamos o furo e assim seguimos experimentando outro, e outro, mais um.

Nesse dia eu me senti uma parede completa, com quadros, colagens, até alguns riscados, vai – quem é perfeita nessa vida? Eu olhei no espelho e gostei do que vi, o resultado de anos espelhando aos poucos a Ana de dentro aqui pra fora. Com estrutura, formas, cores na medida e até um pouco de irreverência.

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Blusa Jardin de linho, ganhei da marca
Calça pantacourt Andrea Marques para C&A – deu branco, mas acho que foi 130,00
Oxford Via Mia que ganhei da marca
Brincos Karamello e pulseira presente de leitora

fotos: Denise Ricardo

É um look sem muitas cores e misturas, mas sintetiza bem o meu atual momento, em busca de conforto e de simplicidade para conseguir ter mais leveza em alguns aspectos. Tem sido assim e isso me agrada, vejam: é um privilégio conseguir parar e se perceber.

A gente pode olhar pra nós mesmos e só enxergar uma parede sem graça. Eu prefiro enxergar uma parede pronta pra receber novas experimentações e possibilidades. 🙂

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