Como salvar um vestido se desfazendo?

Em 2013 eu fui madrinha de casamento. Acho muita missão ser madrinha e, de verdade, muito tenso quando exigimos muito dos nossos convidados. Acho que por ter preguiça de pensar nesse processo todo e por odiar passar por situações que possivelmente me deixem ansiosa/estressada (mesmo sabendo que é uma celebração), não casei com cerimônia.
Explico: é um gasto de tempo e dinheiro ir atrás de roupa adequada – principalmente se existe exigência de cor/modelo –, salão, acessórios. Isso sem contar o presente. Mas vamos nos ater à roupa; sinceramente, nada contra de verdade quem casou com toda a pompa e especificou algo, mas, eu, Ana, acho um desperdício tanto esforço por poucas horas dentro de uma roupa, que nem chega inteira ao fim da festa.
Mesmo querendo ficar bonita e elegante, eu pegaria um vestido emprestado, usaria o que tenho no armário (já fiz post sobre o assunto, com várias ideias), pensaria numa peça que eu pudesse usar depois e até transformá-la.
Vejam vocês esse exemplo de um vestido que eu usei no casório, comprado por um preço bom na época (paguei 300 reais nele, mais um tico de ajuste, já que só tinha um tamanho maior), de um estilista que eu admiro, o Lucas Magalhães, e que eu acreditei que renderia mais looks. O tempo passou, usei pouquíssimas vezes de novo – adivinhem? aguardando uma ocasião! –, outros vestidos vieram, e agora o PU (esse material de textura que parece couro), que tem uma vida útil curta, é sabido, começou a se desfazer.
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Não levei ainda em nenhuma costureira para entender se existe a possibilidade de substituir por outro tecido, mas acredito que não. Não sei também se, tentando salvar, eu gastaria uma grana por algo que não vale a pena tentar salvar, pra ficar de novo parado no armário.
Estou pensando em cortar essa parte de cima e fazer uma saia, talvez só tentando trocar a faixa vertical, do mesmo material, que também começou a esfarelar.
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É bem triste constatar que roupas têm vida útil, principalmente nesses tempos em que as coisas têm data de validade e o tecido empregado não costuma ser de qualidade. Ou o tempo guardado vai realmente castigando a peça, com ação da umidade, ou em atitudes que contribuem para, como guardá-las sem lavar, manchadas.
Mas o post acabou sendo mais um desabafo: mesmo pagando um valor legal pra um vestido de festa, ele não foi um bom custo x benefício.
Nas fotos abaixo, dois registros das parcas vezes que ele foi usado: ele no dia do casório, e, depois, uma tentativa de deixá-lo mais versátil para o cotidiano, com um tricô por cima e tênis.

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O vestido para ser madrinha, em 2013

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Vou levá-lo na costureira e tramar algumas ideias. Ou, melhor ainda, consultar minhas amigas do upcycling para arquitetarmos alguma solução, transformando a peça.
É um post desabafo, porque dá sim uma tristeza no coração observar peças tão legais se desfazendo. Por outro lado, é uma oportunidade ótima para exercitarmos nosso lado mais consciente e tentarmos estender a vida útil da roupa, criando novos usos para ela, sem pensar em descarte, por exemplo.
O que vocês sugerem? Alguém sabe se dá pra salvar?

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