A falência iminente da Forever 21 e os novos tempos

Saiu na exame e uma leitora mandou o link sobre a matéria que revela como a estratégia de vender roupa baratinha para a Forever 21 está custando a iminente falência da empresa de fast fashion.
Lembrei desse meu post de 2014, ano da chegada da rede aqui no Brasil, e como fiquei horrorizada na época com as filas quilométricas que se formaram na inauguração. Cheguei a ser convidada para conhecer, mas acho que fui a única a declinar o convite, rs. Não estava disposta a contribuir com aquela correria desenfreada, o supra sumo do estímulo do consumo pelo consumo.
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Tempos depois, com mais abertura de lojas, inclusive no meu bairro, pude conhecer de perto e não gostei de nada ali. Araras amontoadas de roupas amassadas, com tecidos e acabamento ruins, qualidade péssima e tendências gritando sua efemeridade, em roupas quase que fantasiosas. Entrei no provador com muitas peças e odiei todas no corpo, com modelagem e caimento sofríveis.
Certamente não sou o público alvo, mas até os mais jovens estão com outra postura sobre consumo, mais alinhados com veganismo, experiências com trocas e roupas de segunda mão, sustentabilidade, mais conectados com marcas que dialoguem com o que representam e slow fashion.
Com o aumento do dólar, mais um impeditivo para comprarmos lá. O que era barato rapidamente chegou na casa dos 200 reais, e afugentou quem garimpava itens da moda com preços módicos. Quem viaja e conhece a marca do estrangeiro, viu até mais vantagem em continuar comprando lá do que aqui.
Segundo a matéria, “Para continuar operando, a empresa precisaria de 150 milhões de dólares. De acordo com o Wall Street Journal, o fundador, o sul-coreano Do Won Chang, usou um empréstimo recém tomado do JP Morgan Chase para cobrir as perdas da companhia, mas ficou sem caixa para comprar novos produtos e abastecer suas lojas.”
Lembro que na época avaliávamos o sacode da chegada da F21 no país dos preços altos, e vimos mudanças significativas da Renner e C&A, que se mantiveram intactas no mercado, reavaliando coleções, trazendo conceitos mais atuais e diversificação do portfólio de produtos, com mais produtos para diversas faixas etárias e grupos sociais, além da Ashua, do grupo Renner, voltada para o público plus size.
Sinal dos novos tempos, de que mudamos a forma de consumir, reduzimos, até, e estamos valorizando mais o que é feito aqui. Uau!

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