Você tem roupa com etiqueta no armário?

Roupa com etiqueta dentro do armário, quem nunca? Aliás, é bem raro eu encontrar algum guarda-roupa que não contenha roupa com etiqueta de loja pendurada, sinalizando ainda que não foi usada.
Alguns palpites sobre este fenômeno que assola os nossos lares:
– Compras em excesso. Aquela maniazinha de sair e comprar alguma roupinha nova com assiduidade, aproveitando aquela promoção im-per-dí-vel também ou, pior ainda, comprou porque a vendedora empurrou e você não conseguiu dizer não.
– Compras esperando ocasião. Para garantir a roupa de um futuro evento que nem sabemos se vai rolar, ou então você já garante uma que possa ser usada, mas aí você encontrou outra muito mais interessante que assumiu o posto. Você não sabe quando, mas certamente vai usá-la em algum momento, ah, vai sim, vai pintar uma oportunidade.
– Perdeu o prazo para troca/devolução. Vida corrida, cheia de afazeres, sem tempo para parar e ir à loja, ou então sem paciência mesmo para escolher outra coisa ou devolver a roupa ao site, e, pum, quando você se deu conta, já passou o período da troca/devolução e já era, entubou a roupa.
– Valorização para vendas. É quase um atestado de “nunca usei, por isso estou cobrando quase o preço que paguei na loja”.
– Coragem. É incrível, mas ainda temos medo de vestir uma peça que achamos o máximo, com medo do julgamento alheio.
roupa-etiqueta
Marie Kondo, profissional de organização, best-seller com seu livro A Mágica da Arrumação, é categórica sobre roupas com etiquetas: ela corta to-das quando faz trabalho na casa dos clientes. Não tem por que a roupa ficar ali, com etiquetas penduradas, que isso atravanca a energia e não promove nada de bom – é quase como um estímulo até para que a pessoa continue sem vesti-la!
Eu adotei essa prática e, ao menor sinal de roupa com etiqueta, eu corto. Saiu da loja, perdeu o prazo, foi, passou, é tipo carro saindo da concessionária, desvaloriza. A etiqueta afixada não é garantia de uma roupa nova-zero-bala. Roupas guardadas mancham, estragam, são roídas por traças, mofam, etc etc.
Realmente, a sensação de ter roupas com etiqueta e tags de lojas no armário é bem ruim, quase como um fracasso por não conseguir usar tudo que tem, ou o atestado de que estamos exagerando nas compras. Como adicionar mais itens no armário se você ainda está com peças sem uso nele e elas estão gritando ali, na sua cara?

Eu dou algumas dicas para as clientes superarem essa questão:

– Peça com etiqueta? Priorize para não perder o prazo de troca, separe ela para isso. Experimente com o que você já tem, teste combinações, sente, se locomova com ela, veja se atende suas necessidades. Depois disso, não rolou? Troque ou leve aos correios para devolver.
– Na troca, tente pesquisar antes o que a loja oferece, para não trocar seis por meia dúzia.
– Antes de comprar itens novos, observe o que você tem ainda sem uso e conte. Ou você vai perceber que está comprando peças que não gosta ou não tem a ver com você (o famoso comprar por comprar) ou vai entender que precisa usá-las antes de pensar em trazer algo novo.
– Tire as etiquetas! Mulher! Seu guarda roupa é show room de loja por acaso? Hahahaha! Bola pra frente, tag de loja pendurada não contribui em nada!
– Use o que você tem. Use o que você tem! Ou, na pior das hipóteses, desapegue sem dó. E tente não repetir esse ciclo.
Sobre a foto acima, a única peça que encontrei, nessa arrumação de final de ano, ainda com tag pendurada. E, detalhe: está manchada! Ganhei, usei para uma postagem e não troquei. Estou pensando o que fazer, se a uso, se dou para alguém…
E vocês, têm muita peça com tag no armário ou estão melhorando nesse quesito?
 

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