O ano que finalmente olhei pra mim

Por aqui o trabalho não para, mas já estamos em clima de retrospectiva. Saturno regeu 2017 e, não à toa, foi um ano extremamente revelador e de atitudes, onde eu ganhei muita consciência dos meus desejos, do espaço que ocupo no mundo e de compreender mais sobre mim mesma.
A principal decisão foi sobre meu corpo e a forma como percebo ele. Durante os últimos anos eu negligenciei carinhos comigo mesma. Me maltratei, não percebia o todo maravilhoso que eu sou. Não me percebia bonita, tinha vergonha de ir à praia com minhas celulites e colecionei um eterno ar de cansaço, acompanhado de muitas reclamações (vocês notavam isso, eu sei, eu sei).
2017 foi o ano que eu olhei, finalmente, pra mim. Que cuidei de mim. Que me coloquei no colo. Que me acarinhei. Que me perdoei. Que me desobriguei. Que me enxerguei linda e incrível, um mulherão. Que comecei a compreender que preciso e devo comemorar minhas conquistas, por menor que possam parecer.
E isso se refletiu demais no blog e nas redes sociais. Queria compartilhar com vocês as minhas pequenas grandes vitórias de 2017:

1 – Postar foto de maiô

Durante um bom tempo eu evitava mostrar fotos de coleções especiais aqui para não exibir meu corpo. Eu era muito crítica com ele, tadinho. Um conjunto de maravilhosidades que foram melhoradas com pilates, hahaha, mas que antes eu só via defeitos. Se hoje eu posto sobre coleções de moda praia, foi porque eu consegui superar esse receio de me expor assim.
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Eu olho essa foto e vejo uma mulher maravilhoooosa! 🙂 Que libertador. Que emocionante conseguir fazer essa leitura de mim mesma!

2. Cuidei mais de mim

Tendemos a achar que parece bobagem, mas cuidar de nós mesmos é fundamental. No ano passado eu nem me olhava direito no espelho, justificando o ato com uma correria de trabalho desmedida. Evitava fotos de perto, me achava com uma eterna cara de cansada.
Parei de gastar dinheiro com bobagem e roupinhas para me tratar com dermatologista (que me passou um creme à noite e outro de manhã), uma tricologista para a saúde dos cabelos e couro cabeludo, uma esteticista parceira querida (Rosi maravilhosa!), pilates 3x na semana, nutricionista para me ajudar no cansaço, acupuntura, investi num bom corte e coloração com a parceira Carla Motta, do Fil, e meu alinhador ortodôntico transparente, dos parceiros da Odontoclínica de Copacabana (vou falar sobre em breve) e, o mais essencial de tudo, retomar a terapia.
Parece coisa pra caramba, né? E é. E foi tudo PRA MIM. E isso tudo se refletiu nessa foto em que eu me senti linda demais:
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3. Ressignifiquei minha relação com compras

Lembro que nessa época do ano eu passei pela loja OFF da Lenny e arrematei um chapéu de praia por 200 reais. Nunca consegui usar o tal chapéu, até porque, vamos combinar, não sou praiana. Passei pra frente e rasguei, mais uma vez, meu dinheiro com coisas que não usei.
Eu ainda acreditava que precisava ter mais e mais roupas legais, gastava dinheiro sem dó com algumas bobagens. Achava que estava consumindo menos e melhor, mas a real é que eu continuava gastando com artigos desnecessários.
Quando percebi que eu só precisava olhar com carinho pro meu armário e seguir minha identidade visual, tudo se transformou. Ainda fico surpresa como minhas roupas rendem entre si sem que eu precise recorrer às lojas, como nunca mais perdi tempo me arrumando e como estou em paz e feliz com meu visual. 🙂

4. Parei de usar sutiã

Essa foi a decisão mais polêmica dessa lista porque eu sei que muitas mulheres precisam de uma sustentação, sofrem com a imposição da sociedade de que seios precisam ser redondos e empinados, e, o pior de tudo, medo de assédio.
Mas preciso compartilhar minha experiência ao abolir o sutiã de 85% das minhas produções. Antigamente eu usava suitã com aro, preenchimento e bojo, pro peito ficar mais cheinho e redondinho. Quanto equívoco, se considerarmos que meus seios são naturalmente assim e pequenos. Pra que raios então eu queria deixá-los num formato artificial, se o natural de todo e qualquer seio é ser meio caidinho, com seus formatos variados maravilhosos?
Ficava incomodada com aquele treco me apertando e zuni com esses bojos da minha vida. Assumi meu pouco volume, passei a andar de camiseta sem nada por baixo, que os transeuntes engulam o fato de que nós temos seios e bicos dos seios e isso é inerente a toda mulher! Por que eu deveria ter vergonha disso?
Não percebi nenhum olhar mais avançado sobre eles, até porque prefiro quando estou com camisetas de malha mais grossinhas, o que ajuda a não marcar tanto. Tem sido transformador como mulher valorizar meu colo e declarar liberdade aos meus seios.
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5. Minha casa

Ter minha casa como cenário das fotos do blog e isso render sempre boas impressões é dos motivos de maior alegria desse ano, principalmente porque vocês devem lembrar do meu post desabafo do ano passado e que viralizou, Não banalizem a vida real.
Eu AMO minha casa, cheia de histórias, de fragmentos de momentos bons, de viagens, de lembranças de amigos, de vida que foi vivida. Colorida como eu sinto que eu sou na essência, não teve pra ninguém esse ano: fotografar os looks nesse cenário foi incrível!
Viva a parede azul! 😀

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Fotos: Denise Ricardo com tratamento de Adriana Cataldo

Cuidar e ter minha casa do jeito que sempre sonhei foi um dos meus mais importantes agentes transformadores, sentir meu lar, onde durmo e trabalho, como extensão de quem eu sou. Meu eterno agradecimento a Carol Dias, designer de interiores leitora do blog que trouxe seu olhar sensível e carinhoso para o meu lar.
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Post com os detalhes da decoração do meu home office
Post com detalhes da decoração da minha sala

Esses foram alguns dos importantes movimentos que fiz nesses 365 dias. Foram essenciais para que eu voltasse a me reconhecer, a buscar mais aquilo que eu valorizava.
Não à toa, nunca recebi tantos elogios como ultimamente. Infelizmente eu só comecei a me aceitar bonita quando ouvi esse elogio da boca de outras pessoas. Tem sido também um processo, mas eu já me percebo linda e magnânima (aahahahahaha), interiorizei o tanto de coisa boa que eu sou e o quanto eu sou capaz. Acho que na real isso tem vindo muito de dentro de mim e irradia todos à minha volta, o que retorna em elogios. Então esse ciclo tem sim começado por mim, yeah!
Que venham mais outros 365 dias de amor próprio. De auto conhecimento. E de auto indulgência pra todos nós. <3

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