Ontem, dia 20 de janeiro, a cantora Elza Soares encantou, aos 91 anos. Eu estou particularmente muito emocionada. Assisti apenas um show dessa deusa de voz rouca, e hoje eu percebo que eu sabia pouco da sua trajet\u00f3ria, que foi apagada e boicotada por tantos anos pela m\u00eddia. Toda vez que Elza aparecia, era mais para pontuar que ela estava se relacionando com um homem 50 anos mais novo, com roupas deixando muita pele \u00e0 mostra, as muitas pl\u00e1sticas. Mas Deus \u00e9 mulher e Elza pode continuar e modernizar sua carreira com lan\u00e7amentos aclamados principalmente pelo p\u00fablico jovem.<\/p>\n\n\n\n
Com a pot\u00eancia inigual\u00e1vel da sua voz, Elza rasgava e remendava nossa alma, como bem pontuou minha amiga Maria Karina. Esse atravessamento tocava porque ela cantava para os seus; a negritude, o povo. Elza veio do povo, nascida no que \u00e9 hoje Padre Miguel, depois moradora de \u00c1gua Santa, sub\u00farbio carioca, nunca deixou de olhar pra tr\u00e1s e compreender o que representava o seu canto. Sua voz e seu corpo vestiam seus protestos e \u00e9 sobre isso que vamos falar, algumas hist\u00f3rias dos figurinos de Elza Soares que foram pura representatividade.<\/p>\n\n\n\n