Virou tradição aqui no blog eu fazer um post com as minhas impressões sobre as coleções assinadas das lojas de departamento, para que todas vocês possam depois se expressar com as suas opiniões, as vivências nos dias dos lançamentos, a experiência com as compras.
Mas agora, com o ritmo frenético de lançamentos, parece que o fôlego está diminuindo e tudo tem ficado repetitivo…sempre tachas, shorts em couro, etc. Ou alguém ainda aguenta um bombardeio sequencial de novidades a todo instante? Eu não sei vocês, mas eu fico um pouco cansada. Achava mais interessante quando as datas das coleções eram espaçadas e aí sim era uma grande novidade, uma expectativa e também os itens eram mais originais.
Depois da primeira coleção da Santa Lolla para C&A e por conta da quantidade de comentários reclamando da qualidade das peças, confesso a vocês que não me interessei nem em passar na loja pra dar uma olhadinha rápida. Mas tive alguns retornos no facebook de pessoas que foram no dia que a coleção chegou nas lojas:
Quem quiser ler mais, tem aqui!
Vejam bem, não quero estimular e depois desestimular, mas como esse espaço é sempre de opinião pessoal, não vou dizer que estou mega empolgada do jeito que está. Acho que a gente precisa de um respiro perto de tantas novidades para sentar e avaliar o que é empolgação e o que é uma compra satisfatória, isso é para as consumidoras pensarem mesmo com tamanha demanda.
O interessante foi que a Tânia acabou descobrindo sem querer a verdadeira procedência dos sapatos da coleção: Bottero! Funciona assim, Tânia: a C&A assina a parceria com a marca, eles apenas colocam o nome na etiqueta, mas os produtos são produzidos em fábricas que tornem ele mais acessível, e, no caso das roupas, na China, onde a mão-de-obra é mais barata. Isso eu já sabia, mas fica o esclarecimento a outras leitoras.
“Ei Ana, ontem fui conferir a coleção da Santa Lolla para a C&A em uma das lojas aqui em BH. Olhando um sapato e outro me deparo com um lindo, super salto e com a etiqueta da Bottero.
Isso mesmo, junto com a etiqueta de preço estava a etiqueta da Bottero com os dizeres “Parabéns! Vc acabou de adquirir um calçado Bottero…”
Não que eu não goste da marca, pelo contrário, gosto muito. Acho que são bons produtos, confortáveis, bonitos, mas fiquei boba com a situação. Eles fazem uma super propaganda, um marketing enorme em cima da parceria, trabalham com o imaginário da consumidora em adquirir um produto Santa Lolla e na verdade nada mais é do que um calçado Botterro com a etiqueta da Santa Lolla. Não sei se retiraram a etiqueta de todos os sapatos e esqueceram de retirar deste, mas enfim, a etiqueta estava lá e achei a situação no final engraçada”
Aí também recebo um email da Kívia, que só respalda o que muitas leitoras tem falado comigo: que as peças estão se repetindo a cada coleção ou nas coleções das marcas-próprias da C&A. Ora, sei que posso parecer uma velha rabugenta reclamando, mas se o propósito é a exclusividade, o que justificaria o frenesi e os preços, é justo ver a mesma peça ou similar em uma arara da loja pouco tempo depois? A se pensar. E para as lojas pensarem, porque eu realmente quero que isso melhore!
“Oi tudo bem?
Acompanho seu blog e sempre vejo seus comentários sobre as coleções de algumas grifes para lojas de fast fashion. Comecei a acompanhar essas edições limitadas da C&A logo depois da coleção da Espaço Fashion e observar também outras lojas como a Riachuelo. Nunca fui fissurada na etiqueta que a peça de roupa carrega, mas compro o que me agrada ou faz meu estilo. Precisava compartilhar isso com alguém e vi que vc é bem sensata na hora de criticar as coleções, diferente de uma galera (blogueiras) que ‘baba ovo’ e fica trilouca nas expectativa de TER e MOSTRAR que tem uma roupa assim.
Pois bem. Todas tinham a proposta de trazer o conceito da marca com preços acessíveis e modelos exclusivos. É aí que eu fico chateada. Uma das coleções que mais me agradou foi a da Dress To por conter peças com tecidos que geralmente uso e gosto. A maior quantidade de peças que comprei também. Mas uma peça eu não encontrei no meio de tanta mulher enlouquecida. Um short jeans, de lavagem clara, molinho com detalhes dourados e um pouquinho, destroied. Achei a saia, vestiu bem, levei. Mas fiquei na vontade do short. Essa semana achei a mesma peça, com o mesmo jeans, a mesma modelagem e a mesma lavagem. Para a minha surpresa, até tecido do bolso é igual. Só que não era resto da coleção, a peça faz parte da nova coleção da C&A e tinha uma arara cheiiiinha desses shorts. Onde ficou a exclusividade mesmo?
Nas foto dá para perceber como as peças são idênticas. Quem tem o short vai reconhecer. O tom da cor da saia mudou depois de algumas lavagens, normal. A tacha com pedrinha no detalhe do bolso tb escureceu.
Outra coisa que me chamou a atenção foi na Riachuelo. Uma peça da nova coleção é uma saia plissada linda de malha preta e offwhite. Tem um caimento perfeito. Sei disso pq tenho a saia. Só que comprei faz um ano na C&A, na coleção da Dress to. Será que as empresas acham que a gente vai esquecer, achar lindo e comprar de novo?”
Eu gosto da C&A, mas ando saudosista das coleções antigas.
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