A coleção internacional da Issa London para C&A chega às lojas dia 11 de julho e já liberaram a lista de lojas que receberão as peças.
Subi em um álbum do facebook todas as peças da coleção, sem preços porque eles não divulgam, para vocês opinarem. Tem muuuuuuito, mas muito vestido, a maioria mais comportadinho, com comprimentos mídi, na altura dos joelhos, além de longos e com predominância de estampas. Nada me emocionou, só uma calça, mas no dia passarei na loja para ver o que sobrou, rs, e dar a minha opinião de sempre. 🙂
Enquanto isso, as meninas que leem o blog me avisaram há dias, mas eu esqueci completamente de falar aqui (memória de peixinho dourado, prazer): a rede já fechou com Adriana Barra para setembro. A Vogue já divulgou até um micro detalhe de um dos tecidos:
Crédito foto: Vogue.
A estilista é famosa pelos seus vestidos longos estampados principalmente com motivos tropicalistas. Achei bem de acordo com o mês da chegada da primavera, mas como já estou escolada, não estou esperando super novidades. Sempre defendo que acho importante essa abertura para as parcerias com marcas e estilistas, assim como pondero que devemos ser criteriosos mesmo quando vendem pra gente que é a oportunidade de comprarmos algo daquela marca. A defesa é de que são itens com o DNA do estilista que estão disponíveis a preços mais acessíveis em relação à grife, mas na prática vimos algumas vezes que não é bem assim.
Aproveitando o assunto, li recentemente uma matéria no IG Economia sobre as parcerias entre estilistas e varejistas aqui no Brasil, que seguem a tendência que já existe no exterior de popularizar o luxo, onde alguns admitem que, no início, tinham receio de associar a imagem e como adequar o padrão de qualidade ao varejo. Hoje em dia esse medo não só foi por terra, como o fazem e até mais pela divulgação que pela margem de lucro em si.
Separei alguns trechos da matéria para lermos aqui:
“Para Cynthia Hayashi, que fez parceria com as lojas Marisa, outro desafio está no próprio design das peças. “O maior desafio na parte de criação é manter-se estritamente comercial, mas sem mudar o seu perfil”, afirma. “Você tem de diluir a informação de moda na peça. Só dar um perfume mesmo”, concorda Sommer sobre sua experiência com o Extra.”
“A estilista Cris Barros conta que para sua coleção feita em parceria com a Riachuelo sair da maneira como ela queria, fez questão de participar de todas as etapas do processo de produção das peças. “Damos a mesma importância à qualidade e ao caimento que existe na marca Cris Barros. Para ter uma ideia de como funciona, aconteceram aproximadamente sete provas de roupa para aprovar um short”, revela Cris , que além da Riachuelo, fez parceria com a marca de calçados Grendha.”
Coleção Cris Barros para Riachuelo, lançada em 2011
“Para Silvio Passarelli, diretor do programa de Gestão do Luxo da FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado), outra vantagem para o estilista que firma parcerias é a criação de uma cartela de clientes futuros. “Mesmo que o material [das peças] não seja o ideal, você está criando consumidores futuros. Se a pessoa não tem renda, ela não compra marcas mais qualificadas, mas vai estar preparada para tal assim que tiver condições”, aponta ele, referindo-se ao aumento da renda do brasileiro.”
Esse último parágrafo eu destaco como um novo pensamento de consumo, até porque eu mostro na prática aqui no blog. Quantas vezes a gente pondera aqui sobre pensar mais na hora das compras e não sair pegando tudo tudo porque tá baratinho ou tem uma etiqueta com o ~perfume~ do estilista? A gente aprende aqui que as marcas fazem queima de estoque, têm lojas OFF, existem sites que vendem coleções passadas de marcas e estilistas a bons preços, as próprias lojas virtuais já têm em sua maioria uma parte só para remarcações…não existe mais só essa visão de “ah, não tenho dinheiro, só posso comprar em loja de departamento” ou “ah, eu tenho dinheiro vou passar longe de lojas de departamento”. Essas coleções vieram para mostrar possibilidades para os dois lados!
Gente! Tem peça em liqui de marcas que muitas vezes sai bem mais em conta. Só precisamos avaliar a qualidade (porque também aprendemos que nem tudo que é grifado é sinônimo de qualidade) e se está de acordo com nosso estilo e guarda-roupa. Se só temos poucas opções na nossa cidade, ou se a grana está curta, saber tirar o melhor proveito das poucas lojas e das limitações. Ou se queremos 20 peças entupindo o armário ao invés de poucas e boas. Tudo isso a gente pode e deve parar pra pensar. 🙂
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