#quemfezminhasroupas? O Fashion Revolution Day

Você já parou pra pensar quem fez a sua roupa? Já pensou se aquela sua roupa favorita vem de uma cadeia de produção honesta, em todas as suas etapas? Se ela te faz sorrir ao vesti-la, pode ter feito alguém chorar ao costurá-la nas piores condições possíveis? Você valoriza o trabalho de quem a fez? Como podemos mexer nesse cenário, como podemos atuar sendo agentes da mudança?

71 países irão divulgar o Fashion Revolution Day, movimento criado pela britânica Carry Somers e a italiana Orsola de Castro com o objetivo de sensibilizar a sociedade e os agentes da indústria textil quanto ao verdadeiro custo de seus processos. A data do Fashion Revolution é no aniversário do desabamento do edifício Rana Plaza, em 24 de abril de 2013, que causou a morte de milhares de trabalhadores têxteis. Nele, funcionavam diversas fábricas de roupas que produziam em grande escala para reconhecidas marcas globais. As ativistas querem conscientizar a todos do grande impacto ambiental e social, desde a extração da matéria prima até o consumo.

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A ideia da ação é a participação online além dos eventos que acontecerão em várias cidades (veja aqui os eventos no Brasil), onde cada participante posta uma foto de si mesmo vestindo do avesso uma de suas roupas favoritas e mostrando a etiqueta com a seguinte frase: Oi, eu sou a (nome) e quero saber quem fez essa (peça de roupa). Ou apenas questionando: Quem fez minhas roupas? e até agradecendo: Agradeço à quem costurou essa minha roupa, com as hashtags #fashrev, #whomademyclothes #quemfezminhasroupas, além das hashtags relativas à marca que está sendo questionada.

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A foto que vou postar nas redes sociais, hehehe:

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Por que não levarmos essas perguntas até o depto de marketing e donos das marcas? Por que não cobrar uma transparência da sua cadeia de produção? Antes de passar o cartão, questionar: “Vem cá, onde vocês fazem as roupas? Terceirizam? Usam mão de obra local? Vem da China? Ou de uma casa fundo de quintal no subúrbio de São Paulo?”. Se mantivermos a ideia de pressionarmos ou indagarmos as marcas sobre a origem do que consumimos, mostraremos a relevância dessa informação para nós consumidoras.

“Seja curioso. Informe-se. Faça algo.”

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