O difícil exercício do desapego


Eu sempre sonhei em ter um guarda-roupa cheio, com várias opções de saias, calças e vestidos. Passaram-se os anos e, de grão em grão a galinha (opa!!!!) encheu o papo. Cada peça de roupa comprada com meu suado dinheirinho era amada e por isso digna de vida longa no meu armário. Vai que um dia eu precisasse dela!
Por conta do meu trabalho com o blog, o armário encheu mais um pouquinho. Um sonho pra qualquer mulher, certo? Certo. Mas e quando se mora num apartamento pequeno, sem muito espaço e com um armário de 4 portas (pequeno pra guardar roupa, roupa de cama e toalhas)?
Caos, minha amiga. O nome do que se instaura na sua casa é caos completo!
Roupas espalhadas pelo sofá, poltrona, quartinho de fundos, pufes. Emboladas à sorte do micro espaço destinado a elas. Amassadas, esquecidas, amontoadas. E nem só por desorganização, mas por pura falta de espaço. Quer a blusa laranja? Pois vai ter que retirar a pilha imensa de lá de dentro, jogar tudo na cama e espalhar até avistar aquele ponto de cor.
Claro que isso não era prático, claro que isso me atrasava ou prejudicava na hora de compor um look com afinco. E que passa uma imagem péssima! (ok, ok, to abrindo meu coração pra vocês…)
E percebi que tenho dificuldade em me desapegar. Vejam bem, eu doo a cada 3 meses roupas em bom estado para instituições de caridade. Mas não era o suficiente. Eu estava doando o básico do básico, mas em algum momento você realmente precisa repensar seu armário. Eu não quero deixar de ter e comprar roupa. E sou bem comedida, compro roupa em doses homeopáticas, isso quando fico meses sem gastar. Mas se alguma coisa entra, outra precisa sair. Sem dó e nem piedade. Afinal, nem tudo que investiu, infelizmente, fica bem em você.
E foi assim, dotada de um olhar crítico, o olhar que nunca tive na hora de separar minhas doações, que eu comecei a limpeza nesse sábado. E a grande incentivadora, além da minha amiga Julia, foi a Cris, que me falou dessa matéria onde o pessoal tinha que se livrar de 50 itens em poucos dias. Ela foi responsável pelo estalo na minha cabeça: isso tinha que mudar! Será que eu preciso de tudo que tenho lá dentro mesmo?
Cinquenta. Cinquenta parece ser coisa pra caramba. E, apesar de amar minhas roupas, amar saber que possuo um acervo, nem sempre podemos ter tudo que queremos. E se minha meta era praticidade ao me vestir e um guarda-roupa arrumadinho que nem nas revistas, precisaria me conscientizar que isso é mais do que necessário. Organização e bom senso são minhas palavras de ordem para 2011.
Muito em breve vocês vão acompanhar essa espécie de reality aqui no blog: será possível conseguir se desapegar de tanta coisa em poucos dias? Logo que eu e a Cris começarmos, conto pra vocês. 🙂

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