Minhas impressões DVF para C&A

Para minha surpresa, a C&A lançou uma parceria internacional, com a marca DVF, da estilista Diane Von Furstenberg! Fiquei surpresa positivamente, mas sempre estranho como fazem hoje em dia, lançando as coisas em cima da hora, rs. Antigamente rolava todo um suspense, e tal.

Achei interessante principalmente pelo que Diane representa pra moda – ela lançou, há quase 50 anos, seu icônico modelo de vestido envelope, o wrap dress, e foi com ele que ela ficou conhecida. Sou fã da sua trajetória.

Diane von Furstenberg attending the UNICEF Snowflake Ball on Dec. 3, 2019, in New York. The fashion designer’s potent personal profile masked the fact that her company, DVF, had been losing money for years. (Krista Schlueter/The New York Times)

“Quando o desenhei, pensei em algo que fosse sexy, elegante, feminino e, ao mesmo tempo, prático e fácil de vestir. A mulher precisava de tempo para pensar em outras coisas, em vez de só se produzir”, contou a estilista ao Estadão em 2010, quando esteve no Brasil para a abertura da exposição “Journey of a Dress” (A Jornada de um Vestido), uma retrospectiva da carreira da estilista, realizada no Shopping Iguatemi, em São Paulo.

Aí uma leitora me chamou atenção para o fato da promoção da marca frente a uma grande crise que estão passando desde 2015, potencializada pela pandemia, resultando em demissões em massa nos EUA e encerramento de algumas lojas. Mantiveram a de São Paulo, e algumas marcas já usaram essa estratégia para valorizarem sua imagem, projetarem nome, acredito eu – lembro desses mesmos assuntos na época de outras coleções assinadas.

De acordo com matéria na revista Exame, “Em quatro meses, as operações britânicas e francesas da empresa de von Furstenberg haviam pedido falência para se reorganizar. Pouco mais de 60 por cento da equipe corporativa e de varejo nos Estados Unidos, no Reino Unido e na França foi demitida, os credores reclamavam de contas não pagas e von Furstenberg estava fazendo planos para fechar 18 de suas 19 lojas diretamente operadas nos EUA. Ela está transformando sua empresa física em um negócio focado no valor da propriedade intelectual de sua marca, que pode ser anexado a produtos e iniciativas de e-commerce.”

Análise coleção – online

Bom, por cota também da pandemia, não estou fazendo análise presencial. Pelo que eu vi no release, as peças seguem o estilo da marca e estampas. Obviamente adaptaram para fast fashion, para valores não tão altos, digamos, mas ainda me surpreendo parcerias internacionais não primando por algo realmente diferente. Essa blusa custa 140,00.

Eu peguei como exemplo o detalhe dessa manga, dessa costura. SA estampa é legal, mas não curti acabamento. Peguei uma foto do detalhe dela de um vestido wrap à venda no enjoei:

Os tecidos majoritariamente são feitos de viscose, alguns são de poliéster, como é o caso dos vestidos envelope, e um tanto de elastano para esticarem. São peças boas para amamentar, conferem elegância, são o carro chefe da marca, atemporais. Mas manga 7/8, de poliéster…só usando no ar condicionado mesmo. Custa 250 reais, acho caro por isso,

Os tamanhos das peças variam, algumas são do P ao G, outras do PP ao GG.

Os macacões são lindos, eu gostei do corte e da modelagem, são de viscose, uma fibra mais fresca, achei chic. O tecido parece ser um crepe. 250 reais também.

Fora ele, que gostei, tudo mais clássico, meio europeu, com estampas também sóbrias, daquelas peças que não saem de moda, mas também não emocionam. Acho até que atingem melhor o público do vestir mais formal.

Esse look, por exemplo, nada me emocionou, ainda achei as mangas pouco práticas. Não parece ter bom caimento, nem a saia. 🙁

A coleção ainda tem blusas mais básicas, biquinis, mas no geral as impressões ficam com esse gostinho de nhé, puxa, uma estilista com esse nome e tudo tão água com açucar até na divulgação…pena.

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