Você tem roupa com etiqueta no armário?

Roupa com etiqueta dentro do armário, quem nunca? Aliás, é bem raro eu encontrar algum guarda-roupa que não contenha roupa com etiqueta de loja pendurada, sinalizando ainda que não foi usada.
Alguns palpites sobre este fenômeno que assola os nossos lares:
– Compras em excesso. Aquela maniazinha de sair e comprar alguma roupinha nova com assiduidade, aproveitando aquela promoção im-per-dí-vel também ou, pior ainda, comprou porque a vendedora empurrou e você não conseguiu dizer não.
– Compras esperando ocasião. Para garantir a roupa de um futuro evento que nem sabemos se vai rolar, ou então você já garante uma que possa ser usada, mas aí você encontrou outra muito mais interessante que assumiu o posto. Você não sabe quando, mas certamente vai usá-la em algum momento, ah, vai sim, vai pintar uma oportunidade.
– Perdeu o prazo para troca/devolução. Vida corrida, cheia de afazeres, sem tempo para parar e ir à loja, ou então sem paciência mesmo para escolher outra coisa ou devolver a roupa ao site, e, pum, quando você se deu conta, já passou o período da troca/devolução e já era, entubou a roupa.
– Valorização para vendas. É quase um atestado de “nunca usei, por isso estou cobrando quase o preço que paguei na loja”.
– Coragem. É incrível, mas ainda temos medo de vestir uma peça que achamos o máximo, com medo do julgamento alheio.
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Marie Kondo, profissional de organização, best-seller com seu livro A Mágica da Arrumação, é categórica sobre roupas com etiquetas: ela corta to-das quando faz trabalho na casa dos clientes. Não tem por que a roupa ficar ali, com etiquetas penduradas, que isso atravanca a energia e não promove nada de bom – é quase como um estímulo até para que a pessoa continue sem vesti-la!
Eu adotei essa prática e, ao menor sinal de roupa com etiqueta, eu corto. Saiu da loja, perdeu o prazo, foi, passou, é tipo carro saindo da concessionária, desvaloriza. A etiqueta afixada não é garantia de uma roupa nova-zero-bala. Roupas guardadas mancham, estragam, são roídas por traças, mofam, etc etc.
Realmente, a sensação de ter roupas com etiqueta e tags de lojas no armário é bem ruim, quase como um fracasso por não conseguir usar tudo que tem, ou o atestado de que estamos exagerando nas compras. Como adicionar mais itens no armário se você ainda está com peças sem uso nele e elas estão gritando ali, na sua cara?

Eu dou algumas dicas para as clientes superarem essa questão:

– Peça com etiqueta? Priorize para não perder o prazo de troca, separe ela para isso. Experimente com o que você já tem, teste combinações, sente, se locomova com ela, veja se atende suas necessidades. Depois disso, não rolou? Troque ou leve aos correios para devolver.
– Na troca, tente pesquisar antes o que a loja oferece, para não trocar seis por meia dúzia.
– Antes de comprar itens novos, observe o que você tem ainda sem uso e conte. Ou você vai perceber que está comprando peças que não gosta ou não tem a ver com você (o famoso comprar por comprar) ou vai entender que precisa usá-las antes de pensar em trazer algo novo.
– Tire as etiquetas! Mulher! Seu guarda roupa é show room de loja por acaso? Hahahaha! Bola pra frente, tag de loja pendurada não contribui em nada!
– Use o que você tem. Use o que você tem! Ou, na pior das hipóteses, desapegue sem dó. E tente não repetir esse ciclo.
Sobre a foto acima, a única peça que encontrei, nessa arrumação de final de ano, ainda com tag pendurada. E, detalhe: está manchada! Ganhei, usei para uma postagem e não troquei. Estou pensando o que fazer, se a uso, se dou para alguém…
E vocês, têm muita peça com tag no armário ou estão melhorando nesse quesito?
 

Entrevista sobre minha trajetória de empresária na DRAFT

Fiquei muito feliz quando o DRAFT, site que se dedica a mostrar plataformas, empreendedorismo criativo e pessoas com projetos inovadores, cogitou meu nome para ser pauta ao lado de outras mulheres empresárias que eu admiro muito.
Não faço a humilde quando o assunto é bater no peito e contar minha trajetória. Não porque eu ache que sou detentora de méritos só porque me esforcei muito, mas porque eu acredito numa sociedade igualitária, faço minha parte para que tenhamos um dia todos a mesma vantagem no ponto de partida, além de ter orgulho por não ter medo de me jogar nas ideias e seguir adiante, fugindo bem desse padrão que observamos em profissionais do meio. Eu vim para fazer a diferença e, melhor, levar mais e mais mulheres comigo, ao meu lado!
Convido vocês, as principais pessoas envolvidas nesse meu projeto de vida, com quem tenho a honra de compartilhar diariamente minhas ideias e aprender, a lerem mais sobre todos esses processos, incluindo meus erros, acertos, números e rendimentos, tudo que envolve a construção de um projeto de vida, que ganharam muito fôlego e gás em 2018. Gratidão!
LEIAM AQUI A MATÉRIA COMPLETA
“De blogueira a empreendedora: com o Moda pé no chão (antigo Hoje Vou Assim OFF), ela busca desenvolver o autoconhecimento feminino. Ana Soares começou escrevendo sobre comprar roupa barata e, hoje, oferece conteúdo e workshops que ajudam mulheres a se conhecerem e consumirem moda de forma mais consciente.”
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2018 foi o ano mais feliz da minha vida

2018, meu irmão, que revolução você provocou em minha pessoa. Uau.
Coragem foi a palavra que mais me marcou esse ano. Coragem pra burro, eu tive.
Coragem pra escancarar sobre os processos pós-separação, incluindo as dores e as descobertas. Coragem para olhar meu corpo com outros olhos, os de admiração e de amor (e olhem que comecei o ano mais magra e, mesmo agora, sem nenhuma parte de baixo cabendo, eu estou me sentindo maravilhosa). Eu fui livre para amar muito, quebrar a cara, aprender sobre mim mesma nesses tropeços e encontros, de aceitar que não tenho que sofrer por quem não me compreende – incluindo amizades aí. Coragem para começar o ano com a conta bancária zerada e terminá-lo mais aliviada, fruto de MUITO esforço, trabalho, ideias e entrega. A bravura de encontrar sua missão e visão, finalmente, no trabalho e se jogar nisso. Coragem para começar a falar mais em vídeos, em um diálogo diferente do meu habitual nos stories do instagram, de chamar mais pessoas queridas pra perto de mim. Coragem de me posicionar politicamente, coragem de falar mais nas coisas que acredito. Corajosíssima ao aceitar melhor que nem sempre tudo dá certo e tudo bem. Coragem para amar e casar de novo.

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A pose da Mulher Maravilha!

Ano passado eu iniciei esse projeto corajoso de finalmente tomar a minha vida pra mim, de assumir a sua condução, e, minha gente, eu tô que não caibo de ORGULHO da minha pessoa!
Eu olhava pra trás e me cobrava demais pela minha postura passiva “Ana, Ana…quanta insegurança, quanta satisfação você deu, quantas desculpas você pediu (e ainda peço), quanta coisa você abriu mão por medo”. Mas dessa vez foi diferente. Vivi uma vida em um ano e eu só consigo olhar e pensar o quão incrível eu fui, que mulher foda eu vislumbrei e eu me toquei que eu sou e sempre fui, que só precisava abandonar de vez o exoesqueleto.
Tantas mudanças de pensamentos, tanta evolução na caminhada, que refletiu como nunca na forma como me apresentei para vocês, que comentavam essa energia mais alta do que nunca, esse brilho que vem da alma, a beleza escancarada, o discurso alinhado e amadurecido.
Aliás, 2018 foi o ano que eu mais me senti bonita, como nunca antes na minha existência terrena. E é nítido, basta olhar alguma foto mais antiga, dois anos mesmo, para sacar que fui lapidada. Quando escrevi bonita não apenas me referindo à aparência, preciso esclarecer. Claro que tem a Ana Mulher que despontou como nunca, se afirmando linda, gostosa, mulherão, dona da poha toda, capaz de alcançar seus objetivos, mas a beleza veio muito da forma como trabalhei minha mente, graças a terapia. Ela me libertou plenamente, trazendo mais à tona a minha lucidez, que foi o que me salvou a vida inteira. Saúde mental salva vidas. Inteligência emocional e empatia são as principais virtudes de um ser humano.
Nesse processo de cura, perdão e libertação, eu me senti mais apta para falar com mais mulheres. Meu discurso nunca esteve tão alinhado às minhas mensagens, o que desencadeou em tantas mensagens maravilhosas, de mais mulheres se libertando, se tratando com mais amor, respeito, carinho. Eu me emocionei, chorei e agradeci aos astros por ter essa missão. A ficha caiu e eu pude compreender meu papel, ao lado de tantas outras mulheres maravilhosas. Compreender isso foi poderosíssimo e decisivo para o rumo que conduzi meus projetos esse ano.
Foi o ano em que a brincadeira de blog saiu e finalmente Ana Soares assumiu os rumos da sua Moda Pé no Chão. Coerência e afirmação de tanta dedicação a esse conteúdo que vem sendo construído há uma década na internet.
Cara. Uau. Podem vir, 40 anos. Cheguem chegando, que eu não preciso mais temer. Eu tenho uma história linda de vida, mesmo tendo sido tão conturbada. Eu já revisitei meu passado e me arrependi, hoje não mais. Cada tijolo dele construiu a fundação, os alicerces da mulher que sou hoje. É a minha história e eu só posso sentir orgulho pela pessoa corajosa que eu sempre fui, e eu só precisava mesmo me valorizar mais. <3
Eu escolho ser feliz!
Cada mulher que me acompanha aqui eu tenho certeza que pode e merece tanto quanto perceber isso em si. Comecem!

Ainda vou fazer posts de retrospectivas e os melhores do ano, aguardem!

Vale a pena fazer contas dos gastos?

Já que estamos conversando sobre contas e organização, uma que considero importantíssima e, confesso, sou uma negação, é a organização financeira. Tanto é que foi minha mãe, secretária executiva e capricorniana, quem assumiu essa parte da minha empresa e dos cursos, senão eu já teria enlouquecido, além do acúmulo de funções.
Não lembro onde foi (agora com esse tanto de redes, eu me perco mesmo), mas uma leitora comentou que organizou suas roupas em planilhas para saber o que tinha no armário e, além disso, ainda lançou quanto havia gasto em cada uma das peças.
Resultado: ficou em choque. Pelo valor, teria viajado para a Europa muitas e muitas vezes.
Há quem seja a favor do choque de realidade, mas eu gosto de entender primeiro qual é da pessoa, porque também o que ela vai fazer agora? Vender tudo que nem louca pra reaver o dinheiro de alguma maneira? Se açoitar em punição pelo leite derramado?
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Se você for mais direta e precisar desses tapas na cara, é isso aí. Se for como eu, mais sentimental, prefiro entender que não há nada que possa ser feito com o que já foi. Que errar faz parte dos ensinamentos para que não erremos novamente. Agora é olhar pra frente e compreender o que fazer a partir de agora!

Minhas estratégias para controlar gastos:

  1. Se tem alguma roupa que eu queira muito e acredite que vou usar várias vezes após fazer uma análise minuciosa, eu compro. Se não for assim nada que mude meu guarda roupa, espero liquidar.
  2. Faço uma previsão do que posso gastar, a partir da análise dessas necessidades, para separar o dinheiro para isso. Mesmo assim, não tenho colocado compras em roupa como prioridade: as minhas, no momento, são a casa e viagens.
  3. Pago no débito. Parece coisa de rica, mas isso acontece lá fora, onde não existe a opção de parcelamento! Se eu me planejei para aquela compra, eu tenho dinheiro para ela. Se não tiver, nada feito.
  4. Se eu precisar parcelar, uso um cartão que me permita ver os próximos lançamentos, porque senão eu esqueço daquele gasto. O meu é o Nubank e eu acompanho tudo pelo app. Aliás, apps de gastos são ótimos!
  5. Evito usar cartões de lojas de departamento, porque quando eu usava, esquecia de pagar e perdia mais grana com os juros, além de não ser um lugar concentrado para todos os gastos nesse quesito. A não ser que você seja super organizada e coloque tudo na agenda – o bom é que pagar online tá bem fácil!
  6. Na hora das compras, a análise do custo x benefício é essencial para saber diferenciar a compra só porque é de ocasião e está baratinha, da que realmente vale a pena.
  7. Evito passear aleatoriamente em lojas, sem objetivo e sempre sempre sempre fico pensando horas nos tipos de combinação com aquela peça. Se eu estiver na dúvida, deixo na loja e volto outro dia. Outra estratégia é comprar online e experimentar em casa para ter a opção de devolver em até 7 dias úteis.

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Eu gosto de salvar numa pasta meus objetos de desejo, mas evito passear também em sites de lojas, para não cair em tentação. Mudei o foco para ler outras coisas e seguir outros perfis no instagram – mesmo que eu fique com a sensação de que posso estar perdendo alguma novidade, mas, acredite, isso passa!
Comecei também a prestar mais atenção nos gastos “inocentes” em cada viagem minha, justificando estar trabalhando demais ou, quando eu voltaria lá. Ok, algumas valeram demais, mas outras foram só fogo de palha mesmo. Quando eu olhava meu saldo, o susto: milhares de reais, se somarmos uma coisinha aqui e outra ali (alô povo de humanas!) e esse montante é algo que o débito mostra muito mais do que o crédito.
Eu estava gastando muito além do que poderia, mais por não lembrar de todas as compras e, principalmente, pela desorganização com meu suado dinheirinho.

E vocês, como fazem? Controlam esses gastos ou são do time que chora quando chega a fatura do cartão? Kkkkkkkkkkk (cada k é uma lágrima)!

Organizando para 2019: como tenho feito

Fiquei de mostrar aqui o desapego da sapateira, mas acho que ainda falta muita coisa para apresentar algo bacana pra vocês. Mas tem sido muito bom compartilhar como estou nesse processo de aliar comprar menos + desapegar mais.
Hoje mesmo me mandaram uma mensagem no instagram pedindo que eu desse a dica de ouro para que todos os excessos sumissem, como num passe de mágica; a pessoa tinha sido consumista por anos e anos, e agora, por mais que se desfaça de muita coisa, ainda tem um moooooonte de roupas e sapatos acumulados, o que tem deixado ela agoniada. Cara, não tem o que fazer, as coisas não apareceram lá da noite pro dia e acho até o processo de tirar tudo de uma vez um pouco desastroso e precipitado.
A não ser que a criatura vire nômade e faça um bazar vendendo geral, num exercício de desapego louvável, acho tenso sair se livrando de tanta coisa em pouco tempo, porque é transferir o problema para outros lugares. É melhor estudar para onde as roupas sem uso irão, entender que existem consequências de assumirmos levarmos algo pra casa. Eu mesma estou nessa luta há anos, mas estou bem satisfeita com o saldo de 2018.
Eu já cheguei a gastar mais de R$2 mil em um brechó, há dois anos. Tudo bem que trouxe muita roupa boa e incrível comigo, mas outras foram muito desnecessárias. Aliás, eu achava que precisava SEMPRE garimpar todo mês alguma coisa incrível. Por isso comprar em brechós, apesar de sustentável, pode ser um desastre se não tivermos autocontrole.
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Voltando ao tema, a Rafa Duarte, minha organizadora profissional, vai vir aqui em casa depois das festas para encontrarmos uma solução pra sapateira que, alie parte estética com aproveitamento de espaço e conservação – porque quando empilhamos os sapatos, acabamos estragando mais eles e sujando também. Vamos investir em produtos organizadores, mas, antes, quero tirar mais pares dali, reduzindo em 40% o volume.
O problema é que muitos pares eu usei, usei, usei, mas nunca se acabavam. Aí eu ficava com dó de me desfazer. 🙁

Separei os sapatos que dei, assim:

– Os pares gastos, mas que ainda eram usáveis, assim como aqueles que ainda estão em ótimo estado ou novinhos, foram para entidades que ajudam população de rua;
– Os em péssimo estado, eu, sinceramente, não sei o que fazer. Existe algum descarte de sapatos? Normalmente eu contrato os serviços da Ecoassist, empresa que você paga para recolherem e descartaram corretamente lixo e objetos.

Os sapatos que ficaram eu fiz assim:

– Separei os que precisavam limpar ou levar na lavanderia para este serviço;
– Separei os que precisavam de conserto para o sapateiro;
– Os que não usei mas quero tentar ainda, ficarão em prateleiras superiores para que sejam lembrados;
– Também aproveitei para hidratar o couro deles
– Observei quais não uso há muito tempo. Assim, se continuarem sem uso, sairão do armário. Dá para montar uma planilha com essas informações, se você for muito organizada.
 
Me comprometi a não comprar sapatos novos durante esse processo de organização da sapateira. Mesmo que eu traga um e tire outro, vou continuar com a mesma quantidade de sapatos, e eu não quero isso.

Para o armário

Vou mostrar pra vocês como tem sido para o guarda roupa. Eu engordei, então não estou cabendo em boa parte do armário, por incrível que pareça. Ainda tenho bastante coisa, mas, tirando meu acervo de peças que uso em editoriais, tenho redescoberto outras que estão me ajudando muito nessa fase, como as peças de elástico, que não apertam a minha barriga.
– As que estão longe de servir, mas eu uso e gosto, separei em packs para que não fiquem ocupando espaço;
– Tirei MUITA camisa de poliéster. Ainda tenho e gosto de roupas nesse material, mas camisas de botão não fazem mais tanto o meu estilo, por isso manterei poucas e boas;
– Separei uma bolsa só com as roupas que tenho que levar para ajustar ou pregar um botão;
– Observei com afinco as roupas que estão guardadas há muito tempo para lavá-las (é bom para manter a fibra) ou mandá-las para lavanderia;
– Retirei do armário todas as que não tem mais a ver com meu estilo, em definitivo.
– Uma dica boa de uma leitora é organizar mais a parte de verão nessa época, para não tirar no impulso alguma peça que você vá usar depois. Eu só tirei as que eu não usei MESMO, em anos.
Essa revisão é maravilhosa e necessária ser feita de tempos em tempos. Estive em SP para dar um workshop e levei uma sandália que acabou arrebentando, uma calça cujo botão soltou e uma blusa de tricô que estava manchada e eu não vi.

Vestidos problemáticos

Ainda vou compartilhar mais desse processo, mas preciso dizer que, mais do que nunca, estou em crise com meus vestidos. Tem vários que não amo e não uso, mas na hora de tirar de lá de dentro, eu titubeio. Vou mostrar para vocês essa semana o que concluí dessa parte.

É, ter muita roupa dá trabalho. Antigamente o pessoal até dedicava muito tempo para, mas nos tempos de hoje, é muito surreal escrever sobre, porque me dá a real noção do TEMPO e DINHEIRO gastos não só na compra, mas na manutenção e organização de tanta coisa. BI-ZAR-RO.

Podcast Moda Pé no Chão Ep 13: Como parei de comprar por comprar

Nesse episódio eu compartilho como consegui abandonar o vício em compras. Principalmente no final de ano, somos induzidos a presentear e nem sempre esse ato, que deveria ter um significado, se torna algo prazeroso.
Sabe também quando afirmamos que precisamos comprar alguma coisinha, nem que seja um esmalte? Ou aquele hábito de entrar o tempo todo nas lojas para conferir as novidades, aquela comprinha sem maldade, só para aproveitar a promoção, está tão baratinho, não vai afetar meu orçamento do mês, imagina…
Comprar por comprar não acrescenta nada de interessante no seu estilo. Não te faz pensar nas suas reais necessidades, no que é importante de fato, no que fará a diferença no seu guarda-roupa, o que é um bom custo x benefício. Acumulamos compras sem necessidade e roupas ainda com etiqueta no armário. Vamos conversar sobre como podemos rever isso e, assim, ressignificar nossa relação com compras. Precisamos mesmo de tanto, o tempo todo?
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Para quem não sabe, podcasts são conteúdos em audio, transmitidos pela internet através de apps. Aqui no Brasil ainda estamos nos iniciando nessa forma de comunicar conteúdo, que têm várias categorias, de humor a notícias. O meu é um dos poucos sobre moda, já que é uma mídia mais difícil de passar um tipo de informação que se apoia muito em imagens.
Dá pra ouvir na academia, enquanto amamenta, lava a louca, a caminho do trabalho, durante uma viagem. Pausar, ouvir mais tarde, re-ouvir algum trecho. 🙂
O Moda pé no chão trará periodicamente temas práticos para quem quer ser feliz com o que tem sem gastar muito, com convidados para discutirmos assuntos pertinentes sobre consumo consciente para todos os tamanhos, bolsos e idades. Para quem quer vestir-se de si mesma sem complicação, com ideias simples, dicas certeiras, críticas e opiniões sempre muito sinceras.
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O episódio já está disponível nos aplicativos de podcast pra IOS e Android, como Spotify, Soundcloud, Itunes, Castbox, Overcast, We Cast e muito mais.
Aqui já tem o link direto para ouvir todos os episódios e baixar!

Posts sobre o assunto:

A ESTÉTICA MINIMALISTA ME SALVOU DO CONSUMISMO
NÃO COMPREI NENHUM PRESENTE DE NATAL E ESTOU EM PAZ
UM BASTA ÀS COMPRAS IMPULSIVAS
POR QUE ABRIR ESPAÇO NO ARMÁRIO É TÃO IMPORTANTE

Organizando para 2019: sapateira!

Para esse final de ano eu resolvi realmente abraçar o destralhamento e acúmulo de tudo que guardei sem necessidade. Quero adotar de vez uma postura mais simples, acho que a virada pros 40 anos está me deixando cada vez mais irrequieta hahahaha!

Por isso vou começar essa série de posts do antes e, no dia seguinte, do depois, para vocês verem em tempo real o que estou conseguindo realizar desse projeto de desapego e organização!

Vocês lembram que escrevi esse post que tenho sapatos demais e do meu desejo por uma sapateira? Desde então eu realmente não tenho comprado quase nada de sapato. Esse ano foi maravilhoso, porque só comprei um (uhuuuuuuuuu!!), mas ganhei dez pares (lembrem que faço publicidade e etc e algumas marcas me mandam), e, desses todos, fiquei com dois. Acontece que os sapatos antigos não se desfizeram completamente, hahaha!
Pois bem, comprei esse ano o bendito móvel, que só serve para deixar claro como continuo tendo sapatos demais e como ela não organiza NA-DA.
Eu acabo tendo mais roupas e sapatos do que gostaria por conta dos editoriais que faço pro blog e instagram, para tentar abranger mais ideias. Mas, sinceramente, estou revendo essa proposta também. Não estou mais dando conta de abrir o móvel e me deparar com isso:
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Eu já tinha separado alguns sapatos para limpar/lavar, aí a moça que limpa aqui em casa atochou tudo de volta no armário. O que estava organizado pela organizer, terminou virando esse caos 🙁
Eu ficava ainda num apego bobo de querer manter os que estavam em bom estado, sem saber que destino dar a eles. Nesse final de semana eu tirei DEZ pares e doei todos para minha prima, que calça o mesmo número que eu, e ficou mega feliz. Ainda assim, sobrou isso tudo, vish.
Mas quero mostrar amanhã aqui pra vocês o resultado do novo desapego que farei hoje e o saldo da organização. Vamos torcer pra dar certo, serei implacável!
Vamos juntas? Quem mais vai tirar sapatos sem uso junto comigo? hehehehe!

Me contem também o que vocês têm feito ou mudado nos hábitos para não acumular mais assim e nem deixar tudo desorganizado!

Viajando com mala de mão pra Portugal – parte 1

Depois de um ano denso e intenso como esse 2018, onde comecei pra valer minha nova fase na vida, ralei, viajei e aprendi e aperfeiçoei um tanto de coisa, me dei de presente de 40 anos uma viagem pra Portugal – Lisboa e Porto!
Como não tenho dindin sobrando, fui na passagem mais promocional que consegui, só que ela tem um porém: não permite despacho! Ou seja, irei passar 10 dias só com mala de mão e mochila. Se fosse em outra época, eu entraria em desespero. Mas depois de tanto tempo viajando pra lá e pra cá esse ano a trabalho, dividindo espaço na mala com roupas do curso e material de trabalho, acho que fiquei escolada no assunto. Eu quero é praticidade!

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Mala de mão azul feroz que vai viajar comigo

Sei que nessa época o clima será mais chuvoso e de frio. Não de frio intenso como os que passei quando estive em Praga (-9 graus), por isso não sei se esse casaco térmico, que comprei na capital da República Checa, será um exagero. Mesmo assim, é certo que viajarei com o casaco de maior volume na mão, e levarei apenas um, porque já vi na prática que não adianta levar mais de um casaco em viagens no inverno.
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Meu casaco térmico, comprei na Mango e custou 500 reais

Eu tenho também esse sobretudo de lã da coleção da Stella McCartney para C&A que comprei de segunda mão, mas ele está justinho nas mangas, então acho que precisaria estar com uma blusa de malha mais fina por baixo. Além do que, por conta das chuvas acredito que seja mais jogo levar um casaco que seja impermeável, coisa que não tenho, hahahaha! Precisarei pegar emprestado.
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As malhas que eu penso em levar são essas e ambas também vieram dessa viagem: a cinza é SUPER quentinha e protege bem o pescoço, veio da H&M. A azul é meu amor, minha paixão! De lã, esquenta horrores e é linda, além de macia. Foi uma compra certeira na COS! Por desencargo, vou colocar também duas camisetas/camisas na mala, para usar por baixo delas, quando entrarmos em lugares com calefação.
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Ainda não defini a mala, mas já estou agitando as opções. Já sei que vou levar uma legging de lã azul, bem quentinha, vou viajar com uma calça preta de elastano para colocar calça térmica por baixo, talvez uma saia de malha com uma meia calça mais grossa por baixo e uma bota para dar conta dos períodos chuvosos.

Possível mala (a ser estudada)
– Casaco quente e impermeável
– Três camisetas/camisas
– Uma saia
– Uma calça com elastano
– Uma legging de lã
– Duas malhas, uma cinza e uma azul
– Uma saia reta
– Segunda pele
– Pashiminas
– Acessórios
– Uma bota
– Calcinhas
– Vou comprar shampoo, condicionador e creme quando chegar

E SÓ, gente! Não quero levar mais nada, além de alguns lenços, acessórios, batons coloridos e pashiminas, que são leves e ocupam pouco espaço. Vou tentar arranjar o casaco impermeável, mas não teremos mais novidades que essas.
Ainda vou montar e fotografar os looks e mostro aqui para vocês. Estou animada com esse desafio minimalista! 😀
Quem tem mais dicas para viajar com pouco volume? E quem tem dicas da temperatura nas cidades (Porto e Lisboa) e do clima nessa época? 🙂

Aliás, estou com inscrições abertas pro Workshop Conheça suas Cores em Lisboa, indica para as amigas que moram na terrinha!

Agenda Conheça suas Cores Rio, SP, BsB e Lisboa – início 2019

Já fechamos algumas datas para o Workshop Conheça suas Cores em algumas cidades, apesar de ainda ficarmos devendo algumas (como Fortaleza, Natal e Juiz de Fora, que estamos pesquisando passagens e dinâmica), estão aí as datas iniciais com pré-vendas das inscrições para quem já quiser garantir seu presente de natal! 🙂
Todas as outras cidades sem previsão, já que diminuirei as viagens de início do ano para finalizar meu livro.

A grande novidade é que o curso vai além mar e chegaremos em Lisboa, Portugal, em fevereiro! Estou MUITO animada com a oportunidade de levar tantas cores para a terrinha! =D Já batemos o martelo com a data para 17 de fevereiro (passagens compradas, YAY!) e estamos só definindo essa semana o espaço, mas as inscrições já estão abertas. Em breve escreverei um post bem detalhado, mas quem quiser já pode mandar e-mail com as dúvidas.

São 4h30 de duração – se alguma turma extrapolar, abriremos turma extra.

Fizemos um video institucional para apresentar o workshop para vocês, o conteúdo e também alguns depoimentos de quem passou pelo processo! Deem o play que está lindo demais! 🙂

Atenção! Mães de bebês pequenos e crianças, que não têm com quem deixar os filhos, são bem-vindas!

AGENDA WORKSHOP CONHEÇA SUAS CORES 2019

26 DE JANEIRO – RIO DE JANEIRO/RJ

Local: Lapa
Horário: das 10h às 14h30, com intervalo pro café
Valor: R$500
LOTADO em breve divulgo nova data
Quem quiser se inscrever por depósito ou transferência, basta pedir os dados bancários por email: cursos@hojevouassimoff.com.br Por favor, só peça os dados se tiver certeza da sua inscrição

 

17 DE FEVEREIRO – LISBOA/PORTUGAL

Local: Alvalade
Horário: das 9h às 13h30, com intervalo pro café
Valor: R$750
Ou então solicite link para transferência internacional com custos mais baixos pelo TransferWise
Quem preferir pelo Paypal, por favor, mande email para cursos@hojevouassimoff.com.br solicitando o link para pagamento. 
Quem quiser se inscrever por depósito ou transferência, basta pedir os dados bancários por email: cursos@hojevouassimoff.com.br Por favor, só peça os dados se tiver certeza da sua inscrição

16 DE MARÇO – SÃO PAULO/SP

Local: Vila Romana
Horário: das 10h às 14h30, com intervalo pro café
Valor: R$550
Inscrições aqui!
Quem quiser se inscrever por depósito ou transferência, basta pedir os dados bancários por email: cursos@hojevouassimoff.com.br Por favor, só peça os dados se tiver certeza da sua inscrição

30 DE MARÇO ADIADO PARA 13 de ABRIL – BRASÍLIA/DF

Local: Co Piloto
Horário: das 9h30 às 14h, com intervalo pro café
Valor: R$550
Inscrições aqui!
Quem quiser se inscrever por depósito ou transferência, basta pedir os dados bancários por email: cursos@hojevouassimoff.com.br Por favor, só peça os dados se tiver certeza da sua inscrição

PARA QUEM É O WORKSHOP?

É direcionado para quem ainda não “encontrou” seu estilo pessoal e se perde na quantidade de informações que recebe todos os dias, para quem tem dúvidas na hora de se vestir ou fazer compras e não sabe por onde começar ao montar um guarda- roupa versátil, consciente e atemporal.
Entender sobre suas melhores cores ajuda nesse filtro na hora das compras, a perceber como podemos ser nossa versão mais incrível em várias ocasiões, abre um leque de possibilidades no seu guarda-roupa, estimula a criatividade e ajuda a sairmos da mesmice!
Ajuda também na decisão de desentulharmos o armário, tirando aquela roupa da dúvida, essa que você nunca consegue usar e que, talvez, a culpa seja da cor, hehe.
Atenção: não é um curso para consultoras de estilo e nem para ensinar sobre análise cromática.

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CONTEÚDO:

– Cada participante vai passar por uma análise cromática e descobrir a cartela de cores que mais te favorece, e como ela nos liberta para escolhas melhores e para abrirmos um mundo de possibilidades no nosso vestir, ó que beleza!
– Vamos conversar sobre círculo cromático, coordenações de cores dentro das cartelas, contraste pessoal, coordenações de neutros, misturar estampas;
– As mensagens das cores <3
– Vamos falar sobre processo criativo na hora de montar os looks e colocarmos algumas ideias em prática com acessórios;
– Se você só usa preto, branco e cinza, eu juro que não vou querer te jogar um balde de arco-íris, mas certamente vamos abrir seu leque de possibilidades para sair um pouquinho da zona de conforto e explorarmos outras cores em potencial – mesmo que sejam variações dos próprios neutros, só que mais…coloridos! hehe!
– Se você usa todas as cores possíveis, também vamos ajudá-los a entender mais sobre as cores da sua cartela, os seus tons mais específicos;
– Como aumentar o número de combinações com o que se tem no armário e trazendo mais impacto nas produções só com coordenações cromáticas, em truques de estilo atemporais;
– Teste dos batons e maquiagem de acordo com cada cartela de cores;
– Tentar dar uma força pra perder o medo de combiná-las, até porque, roupa não morde ;P
– Vamos aprender principalmente a quebrar regras, porque essa é a graça toda do negócio, usar o que te faz bem <3
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E ainda, bônussssss:
– Cartela digital para cada participante
– Material em PDF sobre sua cartela e como usar suas cores

INSCRIÇÃO E PAGAMENTO

Para fazer inscrição você pode clicar no botão do PagSeguro referente ao curso que você quer fazer. O pagamento é em ambiente seguro e você pode pagar através de transferência eletrônica ou de cartão de crédito (com opção de parcelamento). Depois, basta enviar email para cursos@hojevouassimoff.com.bravisando.
O email é respondido em até 24 horas com a confirmação da inscrição. O PagSeguro avisa quando o pagamento foi feito e se está tudo ok. Não há garantia de vaga sem o pagamento efetuado.

POLÍTICA DE CANCELAMENTO

Atenção! Se houver necessidade de cancelamento de até 7 dias antes da data do workshop, o valor total do curso é reembolsado. A partir daí, nenhuma solicitação de cancelamento será reembolsada — mas é possível indicar outra pessoa para ir no seu lugar aproveitando a mesma inscrição. Desistências de última hora dificultam novas ofertas para participantes com interesse, por isso não dá pra efetuar devolução.
Se a turma não atingir o número mínimo de 6 pessoas, o valor pago pelos outros inscritos será devolvido.

Roupas e ansiedade

Ansiedade. Tá todo mundo ansioso, tem um pá de gente se entorpecendo pra esquecer que é ansioso. Tem muita gente justificando um tanto de coisa por ser ansioso, tem outro tanto deixando de lado as suas coisas por culpa dela.
Falando do vestir, a ansiedade se configura nesse desejo veemente e impaciente, que nos paralisa e causa essa agitação. Os fake feelings causados pelas redes sociais (fotos perfeitas de vidas perfeitas em looks perfeitos e sorrisos mais perfeitos ainda) causa essa sensação constante que tá todo mundo bem resolvido menos a gente.
Ontem mesmo, passei o dia ausente atendendo cliente de consultoria, cheguei em casa e tive que fazer pagamentos, resolver problema de banco, tudo muito estressante, além do trânsito e calor inerentes a dezembro. E, mesmo tendo feito coisa pra chuchu, abri o twitter e o instagram e acreditei que eu não tinha feito nada, só porque não tive forças pra escrever no blog e no instagram.
A mesma coisa têm acontecido cada vez mais com o nosso vestir. Roupa antigamente era um bem, enxoval montado, herdar o vestido de alguém, até pouco tempo (uns 36 anos, vai) era minha vó quem costurava as minhas roupas, assim como ela costurava as das suas filhas. E não venha com essa de que ela tinha mais tempo livre do que eu, mulher contemporânea, porque minha vó na verdade era tão ou mais incrível, já que criava duas filhas sozinha, trabalhava de dia e cantava à noite e ainda bancou casa, colégio e mais um trem de coisas por conta própria, sem ajuda de homem.
Mas, anos depois, vovó sucumbiu a produção em massa e comprava roupa como se não houvesse amanhã. Ficava ansiosa em ir ao shopping e voltar com sacolinhas e mais sacolinhas. Não provava as roupas e, muitas vezes, repassava o que não funcionava pra ela.
Ontem mesmo, minha cliente linda e maravilhosa, cheia de roupa legal no armário, proferiu que precisava comprar roupa pra passar o final de ano na praia. Eu olhei, incrédula, o armário abarrotado de roupas – mesmo após ter tirado muita coisa de lá – e fui pegando os itens mais frescos e estampadinhos para formar um monte de combinação colorida e com cara de praia. Montei looks para um mês de viagem, muito menos tempo que ela ia passar na Bahia.
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Eu não sou melhor só porque pude observar isso, mas, através do meu ofício, eu identifico como trabalham a nossa cabeça para gerar essa sensação de que não temos o suficiente, que repetir roupa sempre é errado, que novidade que é legal, que não temos tempo de olhar para as nossas próprias coisas e experimentar, já que é muito mais “fácil” ir ao shopping e comprar uma blusinha.
Aí chegamos no shopping, rodamos, rodamos, provamos  e não cabemos, aí acreditamos que a culpa é nossa porque comemos brigadeiro no dia anterior e não porque a modelagem da roupa tá toda cagada, aí ficamos ansiosas achando que precisamos emagrecer, rodamos mais, provamos, cansadas, antes das lojas fecharem, o décimo vestido da noite, e levamos ele mesmo porque não vai dar tempo de sair e procurar de novo e você não tem mais tempo pra isso e quer resolver logo tudo. Você olha pra sacola quando chega em casa e pensa “puxa, nem gostei tanto dele assim, mas agora tenho que levá-lo”.
Vou revelar pra vocês que, em fevereiro, vou passar dez dias na europa, mais precisamente em Portugal. Estará frio, e eu comprei uma passagem promocional que só me permite uma mala de mão.
Sim, vou atravessar o oceano com uma mala de mão apenas, metade dela, aliás, ocupada por material de análise cromática. E eu não estou nervosa, nem ansiosa, porque eu já passei pela experiência de carregar uma mala de 20kg pra Praga, cheia de casaco que não usei lá. Porque não havia necessidade de desfile de moda, só de praticidade e de não morrer de frio, hahaha!
Tenho certeza que alguém pode, nesse ínterim, exclamar “MEU DEUS VOCÊ CONSEGUE COMO, EU IA SURTAR”. E, se eu estou segura de que não há nada a ser feito, não vou me deixar contagiar pela ansiedade alheia. Eu não sei se consigo, mas vou tentar, e tudo bem, eu me viro.
Dezembro é outro mês permeado pela ansiedade. Encontrar todo mundo, comprar todos os presentes, arrumar o armário que ficou bagunçado o ano todo e te confundiu, a sapateira zoneada, os looks de natal e ano novo, a mala de viagem, socorro.
Já tem um ano que desapeguei de várias coisas inerentes a esse período, como comprar presentes por comprar (hoje em dia eu presenteio quando dá vontade), me preocupar com roupa de final de ano (eu sempre passo MUITO calor e suo horrores, então vou o mais fresca possível), já que não ligo também pra máxima ficar arrumada vendo TV na sala durante a ceia, hahaha; eu gosto de arrumar a casa antes do final de ano, mas mantive tudo no lugar boa parte de 2018, para facilitar minha vida. Não consegui sempre, mas tudo bem, não dou conta de perfeição o tempo todo.
Está tudo bem, gente, mesmo. Eu repito isso pra mim diariamente. Tá tudo bem não dar conta de arrumar o armário todos os dias, só aos sábados, está tudo bem repetir roupa, não se sentir obrigada a se arrumar pra eventos natalinos.
Está tudo bem se sentir ansiosa porque tem preocupações extras, mas imaginar também que processos deveriam fazer parte das coisas, que tudo tem o seu rumo natural. Começar numa área nova demanda tempo de prospecção e experiência, erros são comuns e até necessários para aprendizado e reflexão, que ninguém consegue montar os looks mais coloridos e estampados do mundo da noite pro dia, que isso exige treino, olhar pra si mesma com mais resiliência e amor, observar as inspirações para se sentir mais animada e não deprimida; que não precisa ter roupa nova sempre, nem estar incrível o tempo todo, que é humanamente impossível acompanhar um estilo de vida que não condiz com o seu.
Quando eu me sinto muito ansiosa e entro nessa espiral louca de cobrança e comparação, eu tento observar o que provocou aquilo e o que posso fazer para melhorar. Olho pra trás e vejo o tanto que percorri, para sentir mais orgulho de mim mesma. Não é fácil, mesmo, mas tem ajudado demais agir assim.
E para você, como tem sido?